Olha aí o convite de lançamento do livro "Desenho Industrial e Desenvovimentismo - As Relações de Produção do Design no Brasil" do Professor, Arquiteto (e amigo "musical" e "xará") Marcos Esquef.
É bom ter amigos de altíssimo nível intelectual e com uma produção que agrega valor ao mundo que vivemos.
Parabéns Esquef!
Sobre o livro:
"Versa sobre uma área específica, mas tem muitos aportes que podem, tranquilamente, ser transpostos para qualquer outra que convive com o lado projetual, do consumismo exacerbado, da pós-modernidade etc. O texto tem muitas reflexões compartilhadas com outros autores (educadores, filósofos, sociólogos, designers, engenheiros, empresários etc.) de grande renome nacional e internacional."
E mais:
"O livro Desenho Industrial e Desenvolvimentismo: as relações sociais de produção do Design no Brasil é o resultado de uma longa, contínua, rigorosa e frutífera pesquisa acadêmica realizada por Marcos Esquef entre os anos de 2002 e 2009 e trata com profundidade como o avanço em progressão geométrica da tecnologia para todas as esferas da vida humana tem pressionado o designer a utilizar de forma indiscriminada softwares gráficos, sendo, por conseguinte, pressionado a abandonar gradativamente a imaginação como principal fonte de criação do seu trabalho. Corretamente, Esquef analisa que a permanecer tal tendência, a automação, o trabalho vivo do designer será, em breve, substituído pelo trabalho morto, isto é, pela máquina.
Nesse sentido, o autor observa que o Design vem perdendo progressivamente uma de suas características mais importantes que é a inovação estética e assumindo na mesma velocidade e proporção, uma característica padronizada e pouco atraente. Também mostra como se dá o processo do que ele denomina de “evangelização da mercadoria” mediante o controle privado dos meios de produção do artefato em concomitância com a crescente alienação do trabalho do seu criador e de que maneira o trabalho do designer, intensificado pelo uso de “plataformas de criação” avançadas, é explorado à exaustão exercendo tarefas prescritas e cada vez mais alienadas daquilo que cria.
Marcos demonstra brilhantemente no seu livro, como o mundo estetizado perde objetividade e se torna um mundo-objeto, e como as relações sociais vem se tornando sumariamente coisificadas ou reificadas, bem como os desafios do Design, de equilibrar-se na tênue fronteira entre a arte (sem utilidade) e o universo dos artefatos utilitários que o torna esteticamente mais suscetível à apropriação ideológica.
Neste pequeno-grande livro o leitor encontrará a marca registrada do Marcos Esquef. Isto é, o rigor de uma pesquisa exaustiva, a densidade de permanentes reflexões e – conforme recomenda o velho Marx – a análise minuciosa das “múltiplas determinações da realidade histórica” sintetizadas pelo nosso autor."
Um comentário:
Parece ser muito interessante esse livro.
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