4 de outubro de 2011

Crise Bancária II, será?! Segundo o blog do Azenha há fortes sinais sim!




Não é difícil imaginar uma nova onda da "tsunami" - que abalou o mundo com a crise bancária de 2008 - nos limites de seus equilíbrios e controles "dinâmicos", pronta para desferir novo golpe mortal e catastrófico nos mercados e sistemas financeiros globais!

O destaque da Presidenta Dilma pela Europa discutindo os rumos da economia mundial - o novo epicentro do drama "subprime" - é sintomático. Dando cartas de recomendação e afirmando apoio à moda brasileira, mais nos parece uma grande oportunidade de re-alinhar e fortalecer os diques e barricadas para um tranco inevitável, já que os americanos abandonaram o campo e estão apostando no quanto pior melhor! Ganhe um pouco de tempo, leia o artigo abaixo e tire as suas próprias conclusões. Parece que algo está por vir e já!

"Estamos diante da segunda crise bancária?

Levando em conta a situação que os bancos norte-americanos e europeus têm passado, destaca-se o nome de quatro bancos que poderão estar à beira da falência ou de ser salvos novamente pelos governos nacionais, já que são “demasiado grandes para falir”. Os seus nomes são: Bank of America, Crédit Agricole, Commerszbank e Societé Générale. Trecho do artigo “Estamos perante a segunda crise bancária?” de Oscar Ugarteche e Leonel Carranco.


Oscar Ugarteche e Leonel Carranco, no Esquerda.net, via Carta Maior

A má situação do Bank of America

O Bank of America, – o banco mais importante dos Estados Unidos em ativos e empréstimos – está passando por graves problemas financeiros em tal grau que pode ser comprado pelo JP Morgan, conforme anunciou em 23 de agosto de 2011 o Wall Street Journal através do seu blogue 24/7 Wall St. [1] com base em rumores que estão ganhando força dentro da praça financeira norte-americana. A transação de compra seria feita com a ajuda do governo norte-americano o qual desembolsaria cerca de 100 bilhões de dólares.
O blog do WSJ refere que o Business Insider calcula que o Bank of America necessitará entre 100 e 200 bilhões de dólares para reforçar as suas contas [2]. Isto significa uma falência técnica do Bank of America, mas como se viu na primeira crise bancária de 2008-2009, os grandes bancos não vão à falência, fundem-se porque são demasiado importantes para falir.
Notemos que o Bank of America no seu informe do segundo trimestre publicou as maiores perdas da sua história num montante de 9,127 bilhões de dólares. Estas perdas estão associadas, em grande medida, com hipotecas de segunda geração.[3] Trata-se de hipotecas que foram boas mas que se deterioraram pelo elevado desemprego e pelas más remunerações norte-americanas, em especial a partir de 2008.
No início do ano o preço das acções do Bank of America era de 14,19 dólares e em 22 de setembro (no fechamento da bolsa), – um dia depois da declaração de Bernanke sobre a gestão da política monetária dos Estados Unidos [4] -, o preço das ações foi de 6,06 dólares o que significa uma queda de 57,3% em cerca de nove meses, sem deixar de mencionar que no dia 8 de agosto houve uma forte queda, de 20,32%, causada pela baixa do rating da dívida dos Estados Unidos.
O preço de 6,06 dólares por ação significa que os investidores não acreditam no preço das ações dos livros de contabilidade do Bank of America (21,45 dólares), dado publicado no segundo informe do balancete financeiro deste banco. Isto é, os investidores crêem que o verdadeiro preço das ações do Bank of America vale menos de um terço do que os livros de contabilidade deste banco dizem."

Um comentário:

Lopez disse...

Muito bom o artigo.
Preocupante a situação.
O capitalismo neo-liberal nos deixou nessa situação.