1 de abril de 2014

Primeiro de Abril

Não, este não é um post sobre o quinquagésimo aniversário do golpe militar.
Já fizemos um no domingo (vejam mais abaixo) e, se der, faremos outro ainda hoje.
Trata-se apenas de uma repetição de uns escritos que fizemos em 1 de abril de 2010 sobre o início deste quarto mês do ano.
Faz tempo. Já se foram quatro anos!
 
Sobre o Mês de Abril, Outono, Poesia, Música e o Tempo
Hoje é primeiro de abril. Comenta-se naquela brincadeira que é o "dia da mentira". Deve ser tradição do Brasil interiorano, cada vez mais distante de nós, com as cidades crescendo sempre.
Embora o outono comece no final de março, sempre penso nessa estação a partir deste mês de abril.
Em abril os dias costumam ser mais claros, sem o ofuscamento do verão, as temperaturas mais amenas (bem, pelo menos era assim desde a minha infância, mas agora as coisas estão se modificando muito rapidamente) e o céu adquire um visual mais interessante, com as nuvens de chuva esparsas dividindo sua presença com o azul do céu que sempre se mostra em diversos pontos, ao longo do horizonte.
Vinícius & Toquinho cantaram muito mês este mês na música "As Flores de Abril". 

Mas eu sou suspetíssimo para falar bem do mês de abril porque, sob o signo de Áries, faço aniversário neste mês. E desta vez vai ser 51 (nota deste blogueiro: agora serão 55!). E eu não sei se é uma boa ideia (para quem não conhece, fiz uma brincadeira com uma marca de aguardente) porque o tempo continua passando muito rápido (nota do blogueiro II: não falei?).
Talvez pelo aniversário ou pelo mês de abril, me lembrei dessa poesia do sábio Mário Quintana (na foto acima, em um ambiente que tem muito a ver com a poesia dele).

Nem eu nem o Luiz Felipe costumamos postar poesia aqui no Blog. Confesso que me liguei um pouco em poesia apenas na minha juventude, quando li os básicos brasileiros: Drumond, Vinícius, Bandeira e, eventualmente, o português Fernando Pessoa. Acabei me interessando mais pela prosa, mas acho que perdi muito coisa boa nesse tempo todo.
Acho que poesia é mais ou menos como o Jazz. Para gostar, a mente tem de ter um tipo de conexão especial com esse tipo de arte. Em outras palavras, não é para qualquer um. O que em si não desmerece quem gosta ou quem não gosta de poesia (ou de Jazz). São apenas características pessoais e a questão de ter tido oportunidade de um contato maior ao longo da vida.
Mas acho que já estou me alongando demais neste post. Assim, segue a poesia do Quintana sobre a vida e o tempo. E a música de Vinícius & Toquinho.

Espero que gostem e que sirva como uma "dica do Blog".
 

O Tempo (Mário Quintana)
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...

(...)
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.



2 comentários:

Alice in Wonderland disse...

Também adoro abril!
E desejo um ótimo mês pra todo mundo!
Adorei a poesia e a música do Vinícius.

Anônimo disse...

"O coração é como uma flor - se não for aberto, não pode liberar sua fragrância ao mundo. A fragrância do coração é composta pelas qualidades e virtudes do nosso espírito. Porém, em um mundo que machuca, a maioria de nós aprendeu a fechar o coração. Abrir o coração hoje parece exigir tremenda coragem. É uma coragem que só vem quando nos damos conta de que ninguém pode nos ferir, independente do que digam ou façam. É uma coragem que vem da realização de que somos seres conscientes, inabaláveis e naturalmente virtuosos."

Brahma Kumaris