4 de julho de 2014

Em um momento de alegria a tristeza de não contarmos mais com Neymar

O colombiano merece uma punição severa da FIFA, pois foi uma entrada criminosa, pior que o mordedor uruguaio.
"O choro não era à toa. Neymar sofreu uma fratura na terceira vértebra lombar após sofrer uma joelhada do colombiano Zúñiga, nas costas, pouco antes do final do segundo tempo, e está fora da Copa do Mundo. O jogo terminou com vitória do Brasil, por 2 a 1, e classificação para a semifinal, mas ficar sem o jogador para o restante do Mundial é uma grande derrota para a equipe e o torcedor brasileiro.
Apesar do drama, o jogador segue com o grupo e vai usar uma cinta. A primeira previsão seria de quatro a seis semanas necessárias para a recuperação. No entanto, ainda há a necessidade de se verificar todos os resultados dos exames feitos pelo camisa 10.
- É uma fratura que evolui. Não tem condição de jogar na próxima semana. São poucas semanas para recuperação. Terceira vértebra lombar, no processo transverso. Tempo nós vamos ver depois. Primeiro momento é fazer o diagnóstico e vamos ver o que vai acontecer. Precisamos do resultado desses exames - afirmou Rodrigo Lasmar, médico da CBF.
Primeiro, Neymar foi examinado na clínica do estádio, segundo o próprio Felipão. Depois, acabou sendo encaminhado com o doutor José Luiz Runco para uma clínica particular. Ele saiu de campo na maca, chorando bastante, sem sequer conseguir andar nos primeiros momentos, e foi avaliado no Hospital São Carlos, na zona norte de Fortaleza, onde chegou também chorando, de maca, e já com medicamento na veia.
- Sabendo agora realmente que ele está fora, é uma tristeza enorme. A gente sabe quanto o Ney queria brilhar nessa Copa, o quanto ele se sente feliz levando alegria para o povo brasileiro. Fui pego de surpresa, a tristeza é enorme e é até difícil falar, porque é um garoto espetacular. Acho que o Neymar, se tivesse que mandar um recado para a gente, diria "Galera, bola para a frente que eu quero estar lá no dia 13 com vocês". Ele é um garoto espetacular, simples e que ensina muito para a gente todo dia. Mas não estou acreditando até agora que o Ney não vai jogar na terça-feira. Se eu pudesse, queria dar um abraço e um beijo nele agora - afirmou o goleiro Julio César."

5 comentários:

Anônimo disse...

Pelo Twitter, a presidenta Dilma Rousseff comemorou a vitória “merecida, com talento e garra” do Brasil, nesta sexta (4), em Fortaleza. Após vencer a Colômbia por 2×1, a Seleção Brasileira se classificou para a semifinal da Copa do Mundo e enfrenta a Alemanha, na próxima terça (8), no Mineirão, em Belo Horizonte. Dilma ainda expressou sua torcida pela recuperação do atacante Neymar, que saiu machucado da partida.

Jamari França disse...

Essa omissão dos árbitros, que já vi em outros jogos, é uma diretriz oficial da Fifa? Um campeonato mundial devia ser um exemplo, com uma disciplina severa. Em vez disso um monte de bananas como esse de hoje, cúmplice do criminoso colombiano Zuñiga. Os colegas deviam cobrar do alto comando da Fifa esse comportamento absurdo dos árbitros. Quem é o responsável? Que ordens eles recebem? Não tem punição para juiz omisso?

Marcos Oliveira disse...

A impressão é que os árbitros estão com medo de "errar" a favor do Brasil. Com isso estamos pagando por pecado que não cometemos.

Marcos Oliveira disse...

A presidenta Dilma Rousseff enviou, neste sábado (5), cartas à Seleção Brasileira e ao jogador Neymar Júnior.

Aos jogadores e Comissão Técnica, Dilma enalteceu o talento, a garra, o espírito de luta e a capacidade de superação que eles vêm demonstrando e considerou que estes valores ajudarão a compensar o desfalque de Neymar, após lesão sofrida no jogo de ontem, contra a Colômbia pelas Quartas de Final da Copa do Mundo. A presidenta ainda classificou a Seleção Brasileira como a mais linda e aguerrida de toda a disputa e afirmou que jogadores têm feito com que corações brasileiros batam em um só ritmo e gargantas emitam uma só voz.

Ao jogador Neymar, a presidenta Dilma disse que a feição de dor do jogador feriu o coração dela e de todos os brasileiros e brasileiras. Ela o considerou um “grande guerreiro que não se deixa abater” e afirmou que mais rápido do que se imagina, Neymar estará de volta “enchendo nossa alma de alegria e nossa história de sucessos”.

Veja abaixo a íntegra das cartas:
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Queridos jogadores e querida Comissão Técnica,

Todo o Brasil está acompanhando, com empolgação, a grande campanha que vocês realizam.

Mais uma vez, demonstram talento, garra, espírito de luta e capacidade de superação – o que, inclusive, vai ajudar a compensar o grande desfalque causado pela contusão do nosso querido Neymar.

Todo o Brasil já se sente vitorioso porque, além de estarmos realizando a Copa das Copas, temos a mais linda e aguerrida Seleção da disputa.

Como nunca, vocês estão fazendo nosso corações baterem em um só ritmo e nossas gargantas emitirem uma só voz de alegria e esperança.

Avante, porque o principal já foi feito!

Sua fã Número Um,

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil
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Querido Neymar,

Sua face de dor, ontem no gramado do Castelão, feriu meu coração e o de todos os brasileiros e brasileiras.

Mas o que vimos, também, foi a força descomunal de um grande guerreiro que não se deixa abater, mesmo que ferido.

Um grande guerreiro que interrompe brevemente sua marcha, mas que já deixou sua marca insuperável na batalha vitoriosa que trava a nossa seleção.

Sei que como todo brasileiro você não desiste nunca e, mais rápido do que se imagina, estará de volta, enchendo nossa alma de alegria e nossa história de sucessos.

Que Deus lhe dê força e lhe proteja sempre,

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Anônimo disse...

Neymar e a falta de indignação

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:


O aspecto mais chocante da contusão que deixará Neymar fora da Copa é a falta de indignação.

A joelhada de Zuñiga aos 41 minutos do segundo tempo foi um ato desleal e deliberado. Atacando sua vítima por trás, Zuñiga empurrou a cabeça de Neymar com a mão direita, para que o tronco ficasse encurvado e a espinha dorsal, mais exposta.

Se Neymar tivesse sido atingido algumas vértebras acima, o dano seria muito grave e é bom nem pensar nas consequências para o futuro do jogador. Mesmo assim, uma vértebra foi fraturada – o que dá uma ideia da violência que atingiu Neymar.

Zuñiga não foi expulso. Nem recebeu cartão amarelo. Não irá sofrer nenhuma punição.

A agressão, brutal, foi tratada como uma agressão normal de jogo, embora tivesse produzido uma lesão muito mais grave do que a mordida do uruguaio Luis Suárez no ombro do italiano Chiellini.

Olha só: embora tenha sido um ato de uma pessoa psicologicamente perturbada, o que é sempre um atenuante num caso como este, a mordida de Suárez lhe valeu a suspensão por nove partidas da FIFA. Até Chiellini achou um exagero.

A reação diante da violência contra Neymar, o maior jogador brasileiro, a estrela número 2 da Copa depois do argentino Messi, foi a passividade. Essa é a mensagem.

É curioso imaginar por que não se fez um escândalo, nem no momento da agressão nem depois. Ficou tudo na normalidade.

O juiz Carlos Velazco Carballo será punido? E Zuñiga? Nada. A maior crítica que li nos jornais, hoje, foi um comentário dizendo que sua entrada foi “maldosa.” Fraco, hein?

Será que a Comissão de Arbitragem da FIFA irá se manifestar contra Carballo? Quem está pedindo? Quem exige?

Dá para entender o recado enviado aos árbitros das próximas partidas do Brasil, certo?

Essa reação compreensiva - digamos assim - encobre um movimento que não ousa se mostrar por inteiro. Estou falando da torcida contra a Copa.

Derrotados fora de campo, quando se comprovou que a Copa era um sucesso nacional e internacional, e que a maioria dos meios de comunicação havia embarcado numa Escola Base em nível federal, testemunhada por 200 milhões de brasileiros, essa turma foi obrigada a guardar as energias negativas para o que acontece nos gramados.

Não vamos negar: a possibilidade, real, do Brasil sair campeão deixa essa turma em pânico.

Seu movimento mental é semelhante ao discurso de Carlos Lacerda contra Juscelino Kubisctheck nas eleições de 1955, quando ele dizia: JK não pode candidatar-se; se sair candidato, não pode vencer; se vencer, não será empossado. Na Copa de 2014, o raciocínio é o mesmo. Não podia haver Copa. Como ela aconteceu, deveria ser ruim. E se não foi ruim, o Brasil não poderia vencer.

Por isso ficaram muito indignados com o penalti (duvidoso, no mínimo) em cima de Fred no jogo do VNTC contra a Croácia. Mostraram-se generosos quando a Holanda foi beneficiada num lance parecido. Acharam normal.

Nas rodadas finais do Mundial, a turma do “Não vai ter Copa” aposta suas últimas esperanças numa derrota da Seleção.

Exibe sorrisos amarelos a cada vitória dos meninos. Ontem, quando ficou garantido que, na pior das hipóteses, a Seleção Brasileira terá direito a disputar uma medalha de bronze, o que ninguém espera mas está longe de ser aquele fiasco anunciado, a ausência de Neymar tornou-se a esperança silenciosa desse pessoal que, nos últimos dias, tentava inutilmente jogar nas costas da “Copa” e do “PAC” a tragédia numa obra de infraestrutura de Belo Horizonte, licitada e administrada pela prefeitura de um aliado da oposição.

A joelhada de Zuñiga foi um ato canalha. Mas o jogo fora do campo é muito pior e desleal, vamos combinar.