9 de setembro de 2014

Pesquisas, pesquisas, pesquisas: novos resultados da CNT/MDA e do DataCaf

Na primeira, Dilma diminui a diferença para Marina no segundo turno, já indicando empate técnico.
Na pesquisa espontânea, Dilma lidera (31%), com 5 pontos de vantagem sobre Marina e 20 pontos sobre Aécio (neste caso a soma de brancos, nulos e indecisos chega a 30 pontos).
Na segunda, o tracking diário do blog do Paulo Henrique Amorim (DataCaf) é mais otimista e mostra Dilma com uma diferença bem maior sobre os demais candidatos: 42% (Dilma), 25% (Marina) e 12% (Aécio).


CNT/MDA: Dilma tem 38,1%; Marina, 33,5%; Aécio Neves, 14,7%
"Pesquisa realizada pelo Instituto MDA divulgada na manhã desta terça-feira (9) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) aponta liderança da candidata do PT Dilma Rousseff no primeiro turno da disputa à Presidência, com 38,1% das intenções de voto. A candidata do PSB, Marina Silva, aparece em segundo, com 33,5%, e em terceiro lugar está Aécio Neves, do PSDB, tem 14,7%.

Na comparação com a última pesquisa CNT/MDA, divulgada no dia 27 de agosto, Dilma subiu 3,9%, Marina subiu 5,3% e Aécio caiu 1,3%. O número de indecisos caiu quase pela metade, de 10,4% para 5,7%. Brancos e nulos caíram de 8,7% para 5,9%.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a petista soma 42,7%, enquanto que Marina aparece com 45,5%, o que representa um empate técnico. Na última pesquisa, Marina tinha 43,7% e Dilma, 37,8%.

Em uma eventual disputa entre Dilma e Aécio, a petista venceria com 47,5%, contra 33,7% do presidenciável tucano. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 43% e Aécio, 33.3%.

Já num segundo turno entre Marina e Aécio, a candidata do PSB tem 52,2%, enquanto que Aécio, 26,7%. No último levantamento, Marina aparecia com 48,9% e Aécio, com 25,2%.

A pesquisa apontou ainda que para 49% dos entrevistados, a presidente Dilma Rousseff é quem vai vencer as eleições. Para 34,9%,  Marina Silva é a favorita, e para 6,2%, o favorito é o tucano Aécio Neves.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 unidades da federação das cinco regiões entre os dias 5 e 7 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos."

Fonte: Jornal do Brasil 1

Pesquisa prevê vitória de Dilma no primeiro turno
"O jornalista Paulo Henrique Amorim divulgou em seu blog que os trakings comerciais, uma forma de pesquisa atualizada diariamente, do Instituto DataCaf, já colocam a candidata Dilma Rousseff com 42% das intenções de voto, superando a candidata Marina Silva, do PSB, que teria 25%. Em terceiro lugar Aécio Neves, do PSDB, teria 12%, e brancos/nulos/não souberam, 21%.

Os números contrariam o levantamento divulgado pelo Ibope semana passada, que põe a candidata à reeleição num segundo turno contra Marina em condição de inferioridade.

“Como se sabe, o DataCaf está para as eleições como o Institulo alemão GfK para medir audiência de TV”, escreveu Paulo Henrique Amorim. “Passado o efeito mais intenso do velóriomicio, muita gente começa a se perguntar: mas, esse moralismo difuso, essa ‘roleta biblica’, isso governa um país ? Isso pode mobilizar uma classe média que se beneficiou dos governos Lula e Dilma, mas não sabe. Pensa que foi o Papai do Céu que enviou. E ela mesma, sozinha, conseguiu”, continua o jornalista.

“E tem a juventude enraivecida, também sem parâmetro de comparação. Para tudo isso coopera o ‘envenenamento’ de que falava o grande presidente João Goulart, durante 12 anos ministrado pela Globo e derivados, da Urubóloga àquele que recebeu uma banana de presente”, acrescenta. Ainda segundo o jornalista e apresentador da TV Record, o “efeito manada” se desfaz. “Se desfaz com o ‘cartesianismo’ de que a Dilma foi por ela impiedosamente acusada num debate”."

Fonte: Jornal do Brasil 2

Um comentário:

Marcos Oliveira disse...

O que a nova pesquisa presidencial está dizendo
POR PAULO NOGUEIRA NO DCM

A pesquisa CNT/NDA que acaba de sair é o marco zero da nova e decisiva fase da corrida presidencial.

Eram três, e agora são dois. Ou duas, na verdade: Dilma e Marina.
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Aécio já está num claro segundo plano, com tendência de baixa ainda maior dada a polarização que se estabeleceu entre as duas candidatas que estão à sua frente.

Mais uma vez, no momento crucial da campanha para presidente os brasileiros lidam com uma polarização.

O fato novo é que, pela primeira vez desde a primeira eleição de FHC, o PSDB está fora dessa polarização.

Para os tucanos, ficará a mensagem de que ou se reinventam, e se ajustam aos novos tempos com suas demandas antiiniquidade, ou marcharão para uma crescente irrelevância no mundo político nacional.

Para Dilma e Marina, a última pesquisa demonstra que a disputa será acirrada e de desfecho de difícil prognóstico.

Em pesquisas recentes, o que se lia era uma “Marinamania”. Nas projeções de segundo turno, ela aparecia a uma distância expressiva de Dilma, acima da margem de erros.

Agora, há virtualmente um empate técnico.

Marina começou a apanhar, primeiro de Dilma e depois de Aécio, eles que haviam estado entretidos em trocar botinadas no começo da disputa.

Mesmo Luciana Genro é um problema para Marina. Na campanha, e especialmente nos debates, Luciana vem mostrando para um público jovem idealista – a turma dos protestos de junho de 2013 – que está muito mais próxima dos sonhos deles de renovação na política do que Marina.

O apoio evangélico, se ajuda Marina na ala conservadora, pesa contra ela nesse eleitorado mais progressista.

Os manifestantes de 2013 não gostam muito da ideia de que saíram às ruas para dar poder a Silas Malafaia e outros do gênero.

Pelo lado de Dilma, a participação intensa de Lula na campanha está dando agora seus primeiros dividendos.

Também contribuem os vídeos do programa eleitoral gratuito em que são mostradas obras – algumas importantes – que não mereceram nenhuma atenção da grande mídia.

Ainda a favor de Dilma, vai-se formando a convicção de que o escândalo da delação premiada não vai mudar quase nada no quadro – se é que vai mudar alguma coisa.

Foi notado já, com sagacidade, que os “escândalos” nas últimas eleições têm aparecido sempre em setembro, à beira da votação.

O roteiro é parecido: a Veja puxa o coro, com mais apreço pelo barulho do que pela substância, e o Jornal Nacional repercute com seus tambores ouvidos por cada vez menos pessoas, em sucessivos recordes de pior audiência da história.

Mais recentemente, a internet surgiu e vem servindo como contraponto ao que alguém batizou de “Setembro Negro”.

Tudo isso mitiga o impacto do esforço das grandes companhias jornalísticas contra o PT.

Na atual campanha, tivemos três cenários distintos.

No primeiro, com Campos, a questão era se Dilma levava no primeiro ou no segundo turno.

No segundo, com a morte de Campos, havia a dúvida sobre se a Marinamania duraria o suficiente para instalar Marina no Planalto com uma vitória acachapante.

Neste terceiro, e aparentemente definitivo, você tem duas candidatas que brigarão pela presidência até o último dia.