11 de abril de 2014

Internet: Rompendo o Cerco Midiático


As redes sociais rompem o cerco midiático

Acostumada a ditar regras ou modismos e a conduzir a vida política e cultural do país a mídia tradicional depois de "reinar" absoluta por décadas encontra hoje um contraponto exemplar: a internet

Por Alberto Cantalice
"Longe de controles econômicos ou paradigmas a internet chegou para tirar o bolor e a manipulação constante do noticiário, notadamente, da chamada grande imprensa e seus articulistas que se consideram os “donos da verdade”.

A aprovação do Marco Civil da Internet coloca o Brasil na vanguarda e libera as redes das amarras do mercado. A vitória da neutralidade da rede na Câmara impediu de a mesma se transformar em uma mera TV a cabo que geraria o aumento dos custos para os usuários e dificultaria o acesso das camadas populares aos benefícios da internet.

O engajamento de diversos setores da sociedade e o firme propósito da Presidenta Dilma em garantir o Marco Civil resultaram em uma votação quase unanime na Câmara dos Deputados, fato relevante para assunto de tamanha envergadura.

As esquerdas por terem tido sua voz omitida nos grandes veículos e por terem sofrido uma longa e sistemática perseguição pela ditadura do pensamento único devem estimular o uso das redes sociais. Se já existissem as ferramentas de rede social a escandalosa manipulação perpetrada pela Rede Globo de Televisão do debate entre Lula e Collor em 89 teria sido desmascarada em tempo real. A farsa do ataque da bolinha de papel engendrada pelo então candidato José Serra em 2010 com o auxílio das redes sociais pode ser denunciado e desmascarado.

Competir com o poderio econômico dos meios tradicionais de comunicação é dificílimo. Estabelecidos há décadas e bafejados pelos poderes financeiros nacionais e internacionais, os grandes meios de comunicação construíram no Brasil verdadeiros oligopólios midiáticos de gestão familiar. Essa condição monopolística não encontra paralelo em nenhuma grande democracia do mundo moderno. Como pode um único grupo de comunicação possuir Tvs abertas e fechadas, rádios, jornais, revistas, editoras e até gravadoras? Nos Estados Unidos, Meca do capitalismo mundial, as leis vigentes não permitem tal situação.

Aqui, fortalecidos pela subalternidade de variados setores políticos, eles podem isso e muito mais. Tem sido difícil garantir o Direito de Resposta contra ataques desferidos pela mídia, objetivando arruinar a reputação de pessoas físicas e jurídicas. Eles acobertam-se com o manto da “liberdade de expressão” que só vale para um lado: o lado deles!

O Partido dos Trabalhadores já percebeu o dinamismo das novas ferramentas de comunicação. O PT, por ser um partido de militantes e ativistas, muitos com o “couro curtido”, pela longa disputa política, vem mostrando a face e agindo à luz do dia nas redes.

A contribuição da valorosa e combativa militância do PT, divulgando as ações dos governos populares e, ao mesmo tempo, combatendo as mentiras e calúnias que se apresentam no dia a dia tem sido um diferencial.

Diferentemente dos partidos políticos, cuja principal função é a disputa eleitoral, o PT mantém e amplia seus vínculos com os movimentos sociais e com as pautas que visam o aprofundamento da democracia no Brasil. O caminho a se percorrer para que sejam ampliadas as conquistas da imensa maioria de brasileiras e brasileiros que vive à mercê da pausterização do noticiário é longo.

Disputar a pauta de mudanças é tarefa nossa. Quanto mais ativos e participantes formos, mais condições teremos de alcançar os setores da sociedade brasileira que se encontram do lado de fora das discussões políticas, seja por desconhecimento, pelo afastamento ou por desencanto provocado pelo denuncismo, sem fim, dos meios de comunicação tradicionais.

Submetidos ao bombardeio reiterado da imprensa comercial e da pusilanimidade de certos intelectuais que são meros porta-vozes do antiprogressismo, grande parcela da nossa população não tem acesso a outro tipo de opinião.

Por tudo isso apoiar a mídia alternativa também é uma obrigação das forças populares. O simples fato de amplificar as vozes no panorama da comunicação já é de grande valia. Mesmo quando um blogueiro ou outro não pense como nós.

Há espaço de sobra para uma atuação firme que vise apresentar novidades. A mesmice é a razão da força do status quo. Sejamos diferentes esse é o caminho do futuro."

*Alberto Cantalice é Vice Presidente do PT

Fonte: Linha Direta

2 comentários:

Anônimo disse...

A mentira do Estadão sobre a entrevista de Lula

Por Paulo Nogueira, no Diario do Centro do Mundo.

Você avalia o compromisso com a verdade de algum veículo quando conhece o assunto.

Leio que o Estadão, em editorial, afirmou que os blogueiros convidados por Lula para uma entrevista tiveram que garantir que não fariam perguntas incômodas e nem contestariam respostas.

O DCM foi convidado, na pessoa de Kiko, e participou da entrevista, e podemos dizer: o Estadão mentiu.

Nenhuma instrução foi dada. O convite chegou a Kiko, e depois foram dadas breves explicações sobre como seria a entrevista. Foi só isso. Não houve um único pedido ou uma só recomendação.

Repito: o Estadão mentiu.

Que Lula tenha escolhido falar com representantes da internet, e não da mídia tradicional, é fácil de entender.

Primeiro, ele queria reconhecer formalmente a importância da internet no debate jornalístico brasileiro, e como contraponto ao conteúdo viciado das grandes empresas de jornalismo.

Depois, ele sabia que suas palavras não seriam deturpadas, e também que não lhe seriam preparadas armadilhas por quem tem recorrido a um abjeto valetudo para sabotar qualquer iniciativa destinada a retirar velhos privilégios que levaram o Brasil a ser um campeão mundial da desigualdade.

Lembro que Dilma concedeu, em seus primeiros tempos de presidência, uma entrevista à Veja. Não apenas ela foi editada ao gosto da revista como, na introdução, Dilma levou cacetadas absolutamente gratuitas.

Cada participante, isso foi avisado, poderia fazer uma pergunta. Num ambiente de neutralidade, que perguntas eram mais importantes do que as que giraram em torno da Petrobras, da Copa e da especulação em torno da candidatura de Lula em 2014?

Contraponha a isso à atitude de Augusto Nunes, que num Roda Viva com Lobão perguntou a ele: “O que você acha da Dilma?” Nunes sabia que Lobão diria as barbaridades de sempre.

Nunes deveria ser convidado? Ou Jabor? Ou Azevedo? Ou tantos outros que, para agradar a seus patrões, se esmeram em atacar o PT?

Entendamos. Existem muitas razões para criticar o PT, e o DCM tem feito isso com frequência. A lentidão do PT em fazer mudanças profundas que reduzam substancialmente a desigualdade é exasperante.

Mas os ataques da mídia vêm, sempre, pelas razões erradas – pela manutenção dos privilégios dela e de seus iguais.

Lula fez o que qualquer pessoa de bom senso faria. Cercou-se de uma bancada que não estava lá para destruí-lo.

Vi, pela internet, a entrevista, e disse a Kiko tão logo ela terminou que a achara “extraordinária”. Sobretudo por conta do entrevistado. Os que conhecem Lula sabem quanto ele é carismático e convincente. Conta histórias como poucos, e torna divertida qualquer conversa.

A entrevista só funcionou porque as pessoas reunidas ali não queriam matar Lula, e isto é um fato da vida.

Leio também que o Zero Hora escreveu que não houve “neutralidade” porque os blogueiros eram “assumidamente governistas”.

Um momento: será que eles conhecem o DCM? Nosso apartidarismo é uma cláusula pétrea em nossa missão.

Conectamos pessoas interessadas no projeto de um Brasil socialmente justo, um Brasil “escandinavo”, como tantas vezes escrevi.

Nosso partido é este, e apenas este: um Brasil melhor do que o que temos.

O Zero Hora, pelo visto, não nos conhece – e então não deveria escrever a tolice que escreveu.

Também este tipo de atitude – afirmações levianas baseadas na arrogância e na falta de informação – ajuda a entender a falta de representantes da mídia tradicional na entrevista de Lula.

- See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/04/11/as-mentiras-sobre-a-entrevista-de-lula/#sthash.N901zWhd.dpuf

Anônimo disse...

A mentira do Estadão sobre a entrevista de Lula

Por Paulo Nogueira, no Diario do Centro do Mundo.

Você avalia o compromisso com a verdade de algum veículo quando conhece o assunto.

Leio que o Estadão, em editorial, afirmou que os blogueiros convidados por Lula para uma entrevista tiveram que garantir que não fariam perguntas incômodas e nem contestariam respostas.

O DCM foi convidado, na pessoa de Kiko, e participou da entrevista, e podemos dizer: o Estadão mentiu.

Nenhuma instrução foi dada. O convite chegou a Kiko, e depois foram dadas breves explicações sobre como seria a entrevista. Foi só isso. Não houve um único pedido ou uma só recomendação.

Repito: o Estadão mentiu.

Que Lula tenha escolhido falar com representantes da internet, e não da mídia tradicional, é fácil de entender.

Primeiro, ele queria reconhecer formalmente a importância da internet no debate jornalístico brasileiro, e como contraponto ao conteúdo viciado das grandes empresas de jornalismo.

Depois, ele sabia que suas palavras não seriam deturpadas, e também que não lhe seriam preparadas armadilhas por quem tem recorrido a um abjeto valetudo para sabotar qualquer iniciativa destinada a retirar velhos privilégios que levaram o Brasil a ser um campeão mundial da desigualdade.

Lembro que Dilma concedeu, em seus primeiros tempos de presidência, uma entrevista à Veja. Não apenas ela foi editada ao gosto da revista como, na introdução, Dilma levou cacetadas absolutamente gratuitas.

Cada participante, isso foi avisado, poderia fazer uma pergunta. Num ambiente de neutralidade, que perguntas eram mais importantes do que as que giraram em torno da Petrobras, da Copa e da especulação em torno da candidatura de Lula em 2014?

Contraponha a isso à atitude de Augusto Nunes, que num Roda Viva com Lobão perguntou a ele: “O que você acha da Dilma?” Nunes sabia que Lobão diria as barbaridades de sempre.

Nunes deveria ser convidado? Ou Jabor? Ou Azevedo? Ou tantos outros que, para agradar a seus patrões, se esmeram em atacar o PT?

Entendamos. Existem muitas razões para criticar o PT, e o DCM tem feito isso com frequência. A lentidão do PT em fazer mudanças profundas que reduzam substancialmente a desigualdade é exasperante.

Mas os ataques da mídia vêm, sempre, pelas razões erradas – pela manutenção dos privilégios dela e de seus iguais.

Lula fez o que qualquer pessoa de bom senso faria. Cercou-se de uma bancada que não estava lá para destruí-lo.

Vi, pela internet, a entrevista, e disse a Kiko tão logo ela terminou que a achara “extraordinária”. Sobretudo por conta do entrevistado. Os que conhecem Lula sabem quanto ele é carismático e convincente. Conta histórias como poucos, e torna divertida qualquer conversa.

A entrevista só funcionou porque as pessoas reunidas ali não queriam matar Lula, e isto é um fato da vida.

Leio também que o Zero Hora escreveu que não houve “neutralidade” porque os blogueiros eram “assumidamente governistas”.

Um momento: será que eles conhecem o DCM? Nosso apartidarismo é uma cláusula pétrea em nossa missão.

Conectamos pessoas interessadas no projeto de um Brasil socialmente justo, um Brasil “escandinavo”, como tantas vezes escrevi.

Nosso partido é este, e apenas este: um Brasil melhor do que o que temos.

O Zero Hora, pelo visto, não nos conhece – e então não deveria escrever a tolice que escreveu.

Também este tipo de atitude – afirmações levianas baseadas na arrogância e na falta de informação – ajuda a entender a falta de representantes da mídia tradicional na entrevista de Lul

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