29 de março de 2014

Rush: Neil Peart e "A Estrada da Cura"

Vou logo explicando aos nossos 17 leitores que Rush aqui não é aquela hora de trânsito caótico.
Trata-se de um grupo de rock canadense que existe há uns 40 anos.
Mundialmente venerado por fãs de todas as idades, seu estilo musical variou ao longo das décadas, do Hard Rock ao AOR (Adult Oriented Rock), passando pelo Rock Progressivo e até pelo Pop.
Formado por três amigos de infância, é um grupo que tem características bem particulares, seja pela técnica apurada e diferenciada, seja pelas letras e por suas histórias. Uma família diferenciada no mundo do rock.
Formada por Geddy Lee (baixo, vocais e teclados), Alex Lifeson (guitarras) e Neil Peart (bateria), a maioria de suas interessantes composições e letras de seus melhores discos foram escritas por este último.
Um escritor de mão cheia - já publicou cinco livros - e o mais reservado do grupo. E não é apenas mais um baterista. Já foi considerado pela revista Rolling Stone o maior baterista do mundo.
Não é pouca coisa, concordam?
Chegamos ao porque do post. 
Acaba de ser lançado no Brasil (finalmente!) o livro "Ghost Rider - A Estrada da Cura", de autoria de Neil Peart.
Não é uma obra de ficção. Seria melhor que fosse. É uma autobiografia onde ele foca principalmente em trágicos acontecimentos em sua vida que quase levaram ao fim da banda e, o pior, de sua própia vida.
Em resumo: a primeira filha de Neil e até então filha única de 19 anos de idade, Selena Taylor, morreu em um acidente automobilístico em 1997. A sua esposa de 22 anos (de um casamento informal e legal), Jacqueline Taylor, não resistiu ao câncer que estava passando e morreu apenas dez meses depois da morte da enteada. 
No funeral da esposa Neil avisou ao amigos da banda: "não dá mais, considerem-me aposentado".
Sem mais familiares naquele momento e procurando um sentido para a vida, Neil pegou sua moto BMW e partiu em uma viagem de 88 mil quilometros pelo Canadá, Estados Unidos e América Central por mais de um ano.
É isso que ele conta no livro.
Uma jornada onde a solidão, o encontro com desconhecidos, a estrada, as paisagens, contribuem para ele resolver seu problema interior.
Um livro para ler com interesse. Independendente de gostar de Rock ou conhecer o Rush.

4 comentários:

JONAS LIFESON disse...

GRANDE NOTÍCIA. VALEU! VOU ENCOMENDAR O MEU!!! VIVA O RUSH!!

Anônimo disse...

Xará!
Vibrante! Revigorante!
É sempre bom reviver essa música!
Valeu!

Anônimo disse...

Acho que vou fazer o mesmo. Pegar uma moto e.....

Marcos Oliveira disse...

Jonas, o livro já saiu há alguns anos mas só agora foi editado em português. Também já estou adquirindo o meu.

Xará (que só pode ser Marcos) este é um clássico. Tanto a música como o disco "Moving Pictures". Mas não nos esqueçamos dos outros clássicos de fins dos anos 1970: "Fly By Night", "2112", "Hemispheres", etc.

Quanto a vontade de pegar a moto (se for BMW melhor) e sumir no mundo (pode ser de carro, ônibus, avião, a pé, etc), acho que todos passamos por momentos assim. Ainda bem que não tão trágicos como o do nosso amigo Neil Peart.
Acho que a experiência dele se transformou em um livro de auto-ajuda.

Abraços Musicais!