22 de março de 2014

Sobre o organizador da "Marcha da Família"

O organizador da Marcha da Família é uma ameaça à sociedade
"O que impressiona na jornada de Bruno Toscano, o organizador da Marcha da Família, é que ele ainda esteja solto.

O que mais ele precisa fazer para ser preso?

Matar pessoas como outro desequilibrado de direita, o norueguês Anders Breivik?

Toscano é uma bomba prestes a explodir, como mostra a página incrivelmente agressiva que ele mantém no Facebook.

Ele ameaça, ele calunia, ele insulta, ele instiga ódio e violência, tudo sem nenhuma cerimônia.

É um caso psiquiátrico ou policial, e a sociedade tem que ser protegida disso.

Toscano é o exemplar mais vistoso de um tipo que prolifera na internet: o extremista de direita, o desvairado conservador, o fundamentalista sem freio.

A parte mais simples dele são as calúnias. Dilma é “bandilma” e Lula o “presidente ladrão”. Isso quando ele está calmo, o que nem sempre ocorre.

O filho de Lula e a filha de Dilma são outros alvos habituais dele. Toscano lhes atribui fortunas e mansões hollywoodianas.

Em países de justiça que funciona, ele teria que provar as acusações. Mas no Brasil a certeza da impunidade faz dele uma fábrica sórdida e imparável de acusações.

Ele já falou abertamente em “pegar em armas”. Vamos esperar que ele pegue? Para depois dizer que estava na cara?

Nos últimos meses, vem implorando aos militares que tomem o poder. Incitação a golpe é permitido?

É interessante ver quem inspira Toscano.

Sua página no Facebook está recheada de artigos e citações da Veja. Ele usa a palavra “petralha”, da qual Reinaldo Azevedo parece se orgulhar como se tivesse escrito Guerra e Paz.

Toscano é filho da Veja.

Se alguém tem dúvida do mal que uma revista pode fazer ao propagar ódio direitista em quantidade copiosa todas as vezes que vai às bancas, quinze minutos na página de Toscano esclarecem tudo.

Mas de novo: o que realmente é digno de nota é, com toda a sua ação criminosa na internet, Toscano esteja com total liberdade para fazer as coisas que ameaça fazer."
Por Paulo Nogueira no DCM
Lula é uma obsessão

5 comentários:

M.D. disse...

A Marcha da Família em São Paulo foi o encontro das senhoras de Santana com os skinheads

Enfim, não é uma lenda urbana. Eles existem. E não são 500, como emissoras de TV disseram. O final da Marcha da Família com Deus na Praça da Sé tinha cerca de mil integrantes ou mais. O que, se não é muito, também não é pouco.

Trata-se de um pessoal que tem uma visão no mínimo exótica sobre como se toca uma nação. Fiquei a me perguntar se com suas empresas alguns deles agiriam da seguinte maneira: “Bom, os negócios não vão bem. Chamem o pessoal da segurança e vamos colocar a administração nas mãos deles.” É essa a brilhante ideia?

Pois foi unânime o pedido de intervenção militar já. E demais pautas típicas. Contra a corrupção, fora PT, fora Dilma, Lula na cadeia, cadeira elétrica aos mensaleiros.

Que quem é contra deve ir para Cuba ou Venezuela. É o “ame-o ou deixe-o” reeditado.

Senhoras, senhores, representantes da maçonaria, da igreja católica, skinheads e integralistas. Caras pintadas e roupas verde-amarelas. Discursos inflamados a respeito da existência de um grande complô comunista em andamento. Faixas em apoio à manutenção da militarização das polícias. Hino nacional na concentração e durante todo o trajeto.

Mas nem tudo é paz para a família e seus deuses.

Desde o início, na Praça da República, abordagens altamente intimidadoras contra quem estivesse de camiseta vermelha ou preta terminavam em conflito. A polícia precisou agir várias vezes e retirar o “estranho no ninho” que, cercado, ouvia os gritos de “Fala agora que a polícia não protege, comuna filho da puta.”

Conflitos que durante o trajeto ganharam contornos ainda mais sinistros. A família tem tolerância zero. Em frente à faculdade de direito no Largo São Francisco, uma dupla de amigos encenou um apoio à causa gay. Foram agredidos a pontapés e tiveram seus cartazes rasgados. A agressão só não terminou em algo pior devido à proteção da imprensa.

Mas na Sé outras brigas, feridos e pelo menos uma detenção evidenciaram o enorme desrespeito pelas diferenças. “Ou pensa igual a mim ou lhe quebro a cara.” No Anhangabaú, um grupo de fãs do Metallica a caminho do show foi confundido com black blocs (roqueiros vestem-se de preto, filhos de família não). Foi preciso muita gritaria para que não fossem linchados.

Não ocorreu o aguardado confronto entre as duas manifestações (uma antifascista havia saído da mesma Sé, mas rumou em outro sentido). Sorte. A “segurança” da Marcha da Família estava com sangue nos olhos. Os mastros das bandeiras eram de ferro.

A todo instante os carecas criavam uma tensão no ar com boatos sobre o iminente confronto com black blocs que estariam a caminho. Por fim, simularam estar indo embora mas foram acompanhados de perto por 4 ou 5 jornalistas. Dentro do vagão, um contínuo cochichar entre eles deixou passageiros temerosos. Em determinado momento, tomaram conta de todas as portas e saíram apenas durante o sinal sonoro, permanecendo ainda em frente na plataforma para que não mais os acompanhássemos. Estava nítido que não estavam indo embora, a caça aos black blocs iria prosseguir sem a presença da imprensa.

Em 1964, quinhentas mil pessoas fizeram exatamente o mesmo trajeto da praça da República até a Sé e, poucos dias depois, deu no que deu.

Desta vez foi modesto, porém ocorreu em várias cidades do país e tem um agravante para os dias atuais: eles também saíram do Facebook.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-marcha-da-familia-em-sao-paulo-foi-o-encontro-das-senhoras-de-santana-com-os-skinheads/

Anônimo disse...

Contra o espectro do comunismo, cerca de 300 pessoas pedem intervenção militar, em São Paulo

Igor Ojeda e Tatiana Merlino

Um espectro ronda o Brasil. O espectro do comunismo. Pelo menos esse é o temor – e a certeza – dos entre 300 e 500 participantes da Marcha da Família com Deus pela Liberdade realizada na tarde deste sábado, 22, em São Paulo (SP).

O processo de cubanização, ou venezuelanização, do Brasil está sendo executado a passos largos. Lula, Dilma, Dirceu, PT, PCdoB e demais partidos de esquerda são seus agentes. A grande mídia, aliada a estes na implementação da ditadura do proletariado, contribui com a manipulação da população, que não consegue reagir. Por essa razão, só há uma saída: a intervenção militar.

“Forças Armadas, salvem o Brasil!”, dizia um dos muitos cartazes levantados na manifestação, cuja concentração foi na praça da República, na região central da cidade. Um coro gritava que as pessoas ali reunidas queriam os militares no comando do Brasil. Verde, amarelo, azul e branco eram as cores que predominavam, contra o vermelho do comunismo. Afinal, uma estrela dessa cor chamativa no meio da bandeira nacional era tudo que os manifestantes não desejavam. O verde e amarelo, segundo eles deixavam bem claro em coro, era preferível à foice e ao martelo.

Mulheres e homens de várias idades, jovens, alguns adolescentes, vindo de várias partes da cidade, integravam o protesto. Poucos eram os explicitamente apoiadores que não estavam enrolados numa bandeira do Brasil, não seguravam cartazes e faixas ou não vestiam alguma camiseta temática. Para compensar, contribuíam com aplausos, gritos de incentivo, adesão às palavras de ordem e a mão no peito e a voz a plenos pulmões nas dezenas de vezes em que o hino brasileiro foi tocado pelo carro de som ou simplesmente entoado pelos manifestantes.

Um dos que o cantava aos berros era um jovem de cabelo raspado que vestia roupas pretas e coturno nos pés e segurava um cartaz pedindo o fim do comunismo no Brasil.

Ao término do hino, ele negou o pedido de entrevista, mas apontou para um amigo, também de cabelo raspado. “Ele pode falar.” Vários jovens, todos com o mesmo visual, cercaram a reportagem enquanto Kleber Eduardo, de 39 anos, falou à reportagem. “Temos de tirar os comunistas do poder. É a hora de dar um basta socialmente e politicamente. Defendo a intervenção militar.” Questionado sobre as torturas, desaparecimentos e assassinados cometidos pelo Estado durante o regime militar, Kleber atenuou: “não se faz guerra com rosas”.

Um cartaz pedia a saída de Dilma, identificada como comunista. Uma faixa dizia que o governo era “cúmplice do terrorismo internacional” e que as Forças Armadas eram “nossa última chance”. Outra, pendurada no carro de som alugado pela organização do protesto, exigia “Forças Armadas já”. Enquanto isso, um dos organizadores “esclarecia”, ao microfone, que uma intervenção militar era, sim, constitucional: seria permitida em situações de caos – segundo ele, exatamente o que acontece agora.

Minutos depois, um dos apoiadores da marcha começa a defender a instalação de uma monarquia. Quase é linchado pelos demais manifestantes que, aos gritos, “xingam-no” de petista e “pedem”, aos berros e empurrões, que ele vá embora. Um dos exaltados, um senhor de cabelos brancos, exclama: “Tem que linchar! Vermelho aqui não tem vez!”. A Polícia Militar intervém e retira o monarquista do local.

Anônimo disse...

Após a confusão, Angelo Ferraz de Oliveira, cozinheiro de 36 anos e morador de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, disse à reportagem. “Estou aqui para comemorar a contrarrevolução de 31 de março e defender a intervenção militar no Brasil.” De acordo com ele, os militares precisam derrubar “o governo corrupto de Dilma” e convocar eleições depois de 60 dias. Embora não defenda a permanência dos militares no poder, como ocorreu durante a ditadura militar no Brasil, pois “os tempos são outros”, aprova a prática de tortura, “se necessário”. “Matar não defendo, mas defendo que se use de todos os meios para conseguir informações.”

Ao seu lado, três senhoras vestidas com roupas caras protestavam contra o governo atual: “Hoje vivemos enjaulados em casa. Tenho saudades do período dos militares, naquela época havia respeito”, disse Maria de Lourdes, de 70 anos.

Às 16h20, a manifestação saiu em caminhada, em direção à praça da Sé. Os participantes cantavam que não era mole não, o comunismo era a desgraça da nação, que “Dilma nunca mais”, o que eles queriam era “generais”, e que a atual presidenta, juntamente com seu antecessor, fossem para o xadrez.

De repente, na rua Coronel Xavier de Toledo, parte dos manifestantes começa a vaiar e a gritar “fora, petistas!” e “fora, vermelhos!” para um grupo de cerca de vinte jovens cabeludos que passavam na calçada, no sentido contrário, vestidos de… preto. Eram fãs de rock que iam para o show do Metallica, no Morumbi.

Vestindo uma regata verde amarela, Eduardo Freires, de 35 anos, portava um cartaz com o símbolo do integralismo e com a frase “Volta CCC, para a nossa alegria!”, em referência ao grupo Comando de Caça ao Comunismo, organização de extrema-direita que atuava durante a ditadura. Questionado sobre o motivo de querer seu retorno, Freires, que se definiu como um “integralista independente”, disse que hoje o Brasil vive uma “ditadura do proletariado” e precisa, portanto “de uma intervenção militar”.

Outro cartaz com o símbolo do integralismo era segurado por um homem de meia idade e cabelos grisalhos. Mas dessa vez os dizeres estavam em alemão: “Não tememos o diabo nem a morte”. Segundo ele, era um slogan usado pelo exército da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. “Mas não é bem do nazismo. É uma homenagem às ideias direitistas, anticomunistas. E não sou integralista. Só estou segurando esse cartaz para provocar os comunistas.”

Enquanto marchavam sobre o Viaduto do Chá, religiosos portando terços – entre eles, dois jovens de batina – rezavam o “Pai Nosso” e a “Ave Maria” em meio a gritos de “Viva Cristo Redentor”, “Viva Jesus Cristo” e, logo depois, “Viva a PM!”, e entre as faixas “Direitas Já” e “Só a verdade tortura o comunista”.

Apoiadas na mureta do viaduto, duas garotas beijavam-se calorosamente. “Estamos achando isso aqui um horror, eles querem a volta da ditadura”, disseram as duas, uma de 17 e outra de 19 anos. Estavam voltando da marcha antifascista e se depararam com os manifestantes da Marcha da Família com Deus. “Ninguém nos hostilizou, mas o pessoal está nos olhando bem feio.”

Anônimo disse...

Quando a marcha entrava na rua Líbero Badaró, o carro de som começou a ecoar a música “Eu te amo, meu Brasil”, que ficou conhecida como hino da ditadura. “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo! Meu coração é verde, amarelo, branco, azul, anil. Eu te amo, meu Brasil, eu te amo! Ninguém segura a juventude do Brasil. As tardes do Brasil são mais douradas. Mulatas brotam cheias de calor. A mão de Deus abençoou. Eu vou ficar aqui, porque existe amor”, cantavam os manifestantes, empolgados, enrolados em bandeiras do Brasil e do estado de São Paulo.

Mais adiante, quando os manifestantes passaram em frente ao Largo São Francisco, encontraram com dois homens vestidos com roupas femininas e portando cartazes com as frases “Marcha quase de família” e “Marcha praticamente de família”. Os cartazes foram arrancados de suas mãos sob chutes e ameaças de morte. “Nossa ideia era mostrar a contradição do discurso desta marcha”, disse um deles, João, de 30 anos, que não quis identificar seu sobrenome.

Na praça da Sé, parte dos participantes do protesto ocupou as escadarias da catedral para ouvir os últimos discursos. Alguns minutos depois, com o local quase totalmente vazio após a dispersão da marcha, um homem alto, forte e de cabelo curto aproximou-se de um grupo de fotógrafos e repórteres que conversavam: “Jornalistas, tomem cuidado, os black blocs estão vindo aí! Não queremos que vocês se machuquem”. E seguiu: “Eles são patrocinados pelo PT, pela Dilma, que dão suporte a eles. E o Zé Dirceu manda dinheiro para eles da cadeia”, disse. “Vocês têm que entender isso!”. E fim.

“Dilma e Lula, vão para a Cuba que os pariu”
http://www.viomundo.com.br/denuncias/dilma-e-lula-vao-para-a-cuba-que-os-pariu.html

Anônimo disse...

16 conselhos para você fazer sucesso como um novo anticomunista

O anticomunismo está na moda, como na Guerra Fria. Com uma novidade: nunca tantos malucos foram tão barulhentos, ao menos no Facebook e em marchas. Não é preciso muito: basicamente, você só tem de ser relativamente ignorante e repetir feito um papagaio alguma poucas palavras e expressões como “petralha ladrão”, “lulopetista”, “Miami é que é bom”, “isso aqui não tem jeito”. Esse é um bom começo.

Mas a verdade é que os socialistas estão batendo às nossas portas, ameaçando as nossas famílias e, se você quiser fazer sucesso numa festa de gente burra e sem noção da realidade, eis alguns conselhos importantes para se tornar um novo anticomunista.

Insista que o marxismo está desacreditado, desatualizado e totalmente morto e enterrado. Em seguida, faça uma carreira lucrativa batendo nesse cavalo morto pelo resto da sua vida.
Comunismo ou marxismo é o que você quiser que seja. Sinta-se livre para rotular países, movimentos e regimes como “comunistas”, independentemente de coisas como ideologia, relações diplomáticas, política econômica etc.
Se houver um conflito envolvendo comunistas, todas as mortes devem ser culpa do comunismo. Tenha cuidado ao aplicar isto à Segunda Guerra Mundial. Fascistas que lutaram contra os soviéticos tudo bem, mas tente não elogiar abertamente a Alemanha nazista. Deixe isso para conversas privadas.
Cite constantemente George Orwell. Fale da “Revolução dos Bichos” ou de “1984”. Diga que Lula é o Grande Irmão.
Cite Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino, Olavo de Carvalho. Cite Nelson Rodrigues, que você nunca leu e não entende muito bem, mas isso não vem ao caso.
Mencione quantidades maciças de “vítimas do socialismo” sem se importar com demografia ou consistência. 3 milhões de pessoas mortas de fome? 7 milhões? 10 milhões? 100 milhões no total? Você não precisa se preocupar com ninguém verificando se é verdade, o que é bom já que você não tem a menor ideia.
Diga que o petismo, o socialismo, o marxismo ou o psolismo são um tipo de fé religiosa, messiânica, ou qualquer outra besteira que possa inventar. Quando as pessoas disserem que é possível traçar semelhanças entre qualquer ideologia política e uma religião, ignore-as.
Duas palavras: natureza humana. O que é a natureza humana? Para seus propósitos, a natureza humana é uma maneira rápida de explicar por que as idéias políticas de que você não gosta estão erradas.
Use palavras como “liberdade” e “democracia” constantemente. Não aceite qualquer desafio para definir esses termos.
Você não quer um golpe, você quer uma intervenção militar, o que está garantido na Constituição. Não está, mas repita essa frase.
Diga “Vai pra Cuba, vagabundo” a qualquer pessoa que discordar de você sobre qualquer assunto.
Esquerdistas podem ser usados a favor ou contra o que for mais adequado no momento. Se você estiver numa turma mais conservadora, os esquerdistas são gayzistas. Se você estiver no meio de gente mais descolada, os esquerdistas são homofóbicos. Essencialmente, os esquerdistas são degenerados e puritanos ao mesmo tempo.
O Mais Médicos é parte de um plano de infiltração cubana no Brasil.
Você não precisa sabe o que é bolivarianismo para acusá-lo de ser responsável por tudo o que está errado na América do Sul. O bolivarianismo destruiu a Venezuela e destruirá o Brasil. É uma espécie de saúva.
O papa é comunista.
Nova Ordem Mundial. Quando se esgotarem todos os argumentos, diga: “Nova Ordem Mundial”. E saia para não ser obrigado a explicar que se trata de uma teoria conspiratória estúpida.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/16-conselhos-para-voce-fazer-sucesso-como-um-novo-anticomunista/