19 de junho de 2012

Do Blog do Zé: Quem pode e quem não tem moral para discutir a aliança PT-PP em São Paulo

"Muitos se julgam no direito, podem protestar e discordar democraticamente, até mesmo se indignar com a aliança do PT com o PP do deputado Paulo Maluf (SP) para apoiar o nosso candidato a prefeito de São Paulo este ano, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddadd.

Menos o candidato do PSDB a prefeito, o ex-governador José Serra e certa imprensa. O postulante tucano à Prefeitura porque em sua campanha para o Planalto em 2010 recebeu muito feliz  e sem questionar o apoio do mesmo PP e de Maluf e, não esquecer, o de uma parte do PMDB, a liderada pelo ex-governador Orestes Quércia. A imprensa porque se calou diante disso naquela ocasião. Isso quando não apoiou velada ou ostensivamente a aliança do serrismo com o malufismo e o quercismo.

José, tampouco, poderá atacar a aliança PT-PP porque Maluf apóia e integra o governo de seu companheiro tucano, o governador Geraldo Alckmin, ocupando, inclusive, um alto posto na administração, com o malufista Antônio Carlos do Amaral Filho presidindo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado (CDHU).

Questionam a coligação PT-PP,  mas apoiavam a aliança PP-PSDB


Tem mais: até poucas semanas atrás o PP e seu líder Maluf tinham o silêncio, quando não o apoio dessa mesma mídia enquanto mantinham entendimentos para uma coligação com o PSDB de José, um apoio que só perderam agora. De repente perderam esse apoio. Por quê? Por que será?

Vamos com calma, então, com esse andor. Petistas e aliados, por favor, sem esquecer que o foro mais adequado para debater e buscar a solução dessa questão é a coordenação e a direção politica da aliança e da campanha do Fernando Haddad. Deflagrar um debate em torno disso em público e pela mídia é dar chumbo ao adversário.

E discutir a questão, também, tendo presente que o PP já faz parte da base de partidos do governo federal, como fez da base aliada do governo do ex-presidente Lula, sem que mudássemos nosso programa de governo ou o rumo do Brasil.

O debate não pode se dar em torno da negação de nossa política de alianças e de governo de coalizão, porque aí seria negar nossas vitórias conquistadas graças a alianças em 2002, 2006 e 2010, bem como nossos três governos, os dois do presidente Lula e o 3º agora, da presidenta Dilma Rousseff."

Blog do Zé 

4 comentários:

Anônimo disse...

Você não tem coragem de replicar texto desse ladrão filho da puta, não?

Anônimo disse...

Vergonha tem que ter quem assiste e considera os inimigos deste cara: Globo, DEM, SERRA, PSDB, Roberto Jefferson, etc.

Anônimo disse...

Antes de qualquer julgamento, tem que ler o texto, fazer uma análise do que está escrito.
Se já está do outro lado, aí torna-se uma guerra que não vai a lugar nenhum.

Anônimo disse...

Os idealistas, os éticos, esse pessoal da esquerda que almeja a revolução asséptica, sem suor nem sangue, sem a imundície e o fedor próprios do mundo real, têm agora a sua heroína de ocasião, a deputada Luiza Erundina, essa valente mulher nordestina e pobre, que recusou sair como candidata a vice-prefeita na chapa do petista Fernando Haddad por não querer a companhia, na campanha, do notório Paulo Maluf.
Todos os idealistas, todos os éticos, veem nesse gesto da deputada o suprassumo da conduta política, o auge de uma carreira imaculada em defesa dos princípios do socialismo, ideologia que exige de quem a segue uma conduta comparada à de uma Madre Teresa de Calcutá.
Por outro lado, os nossos idealistas e éticos, ao exaltar o ato de coragem, destemor e desprendimento da deputada, tratam de sepultar o PT na mesma vala infecta onde se enterraram todos os outros partidos políticos do país - à exceção, claro de agremiações nanicas também idealistas e éticas, que nem por isso deixam de se aliar, não raras vezes, aos mais radicais representantes do conservadorismo pátrio. À direitona, enfim.
Muitos desses ético-idealistas são jovens ainda. É a esses, principalmente, que gostaria de lembrar um fato ocorrido há 19 anos, quando o país era governado por um senhor chamado Itamar Franco, que chegou ao mais alto cargo da República por ter se arriscado numa aventura como vice na chapa encabeçada por um tal de Fernando Collor de Mello.
Pois bem, naquele tempo o PT era idealista e ético, como esses tantos indivíduos que hoje louvam a deputada Luiza Erundina.
O PT foi oposição radical a Collor e continuou sendo a Itamar. Não fazia concessões em seu oposicionismo. Era pau puro, porrada em cima de porrada, não admitia nada que estivesse um milímetro fora de sua cartilha idealista/ética/socialista.
Até que Itamar, raposa velha, resolveu um belo dia jogar a isca para ver se o tal do PT era mesmo tudo isso que dizia. E, como quem não quer nada, convidou Luiza Erundina, que havia acabado de deixar a prefeitura paulistana, para fazer parte de seu ministério.
Foi um deus nos acuda nas hostes do idealista e ético PT, que fechou questão: nenhum de nós vai aceitar ser ministro do governo Itamar, que nós tão fortemente combatemos.
Mas a idealista e ética Luiza Erundina topou o convite e deixou os seus companheiros idealistas e éticos do PT na mão. O partido até que foi bonzinho com ela e suspendeu a sua filiação por um ano por ter desrespeitado uma ordem da Executiva nacional - não a expulsou, como adoram dizer por aí.
Naquele tempo, me lembro muito bem, o PT foi acusado de tudo por ter proibido que um de seus mais importantes quadros integrasse o governo Itamar.
O resto da história é conhecido. Depois de usada pela direitona para mostrar o quanto intransigente e radical era o PT, a idealista e ética Luiza Erundina foi defenestrada do governo federal, acabou isolada no partido e se abrigou no PSB, onde, na verdade, é apenas uma figura decorativa que a direção apresenta para dizer que é, vamos lá, socialista.
Gozado, mas agora me veio à mente o velho e antiquado slogan de uma das mais veteranas empresas de mudanças do país: "O mundo gira e a Lusitana roda."
É isso, o mundo gira, a Lusitana roda, e a deputada Luiza Erundina, quem diria, continua a deixar os companheiros na estrada.
Mas como ela é idealista e ética, está absolvida de qualquer pecadilho que possa ter cometido em sua longa vida política.
Crônicas do Motta