6 de junho de 2012

"Já temos um remédio! Precisamos agora de uma doença e de pacientes!"

Achei a análise que reproduzimos (parcialmente) abaixo muito interessante.
O que não quer dizer que concordemos com tudo que está escrito.
Mas sempre me perguntei porque os grandes laboratórios que financiam pesquisas médicas sempre vem com a mesma história: "não conseguimos a cura mas desenvolvemos medicamentos que farão com que os pacientes possam conviver com a doença". Nunca conseguem achar a cura?
O caso abaixo é mais radical. A autora vai mais longe: "temos um medicamento, precisamos agora achar a doença e os pacientes!".
A teoria é pesada e acho que isso não se aplica a todos os casos relatados mas não resta dúvida que existe sim (obviamente) interesses bilionários em tornar todo mundo hipocondríaco.
O artigo foi publicado no final do ano passado no site Outras Palavras ( "Comunicação Compartilhada e Pós-Capitalismo - em mudanças!"), que por sua vez traduziu do portal Alternet.
 As doenças que mais venderão em 2012
“Se há um remédio capaz de gerar lucros, deve haver consumidores”. O que as corporações querem que você compre agora
Por AlterNet | Tradução: Daniela Frabasile
"Como a indústria farmacêutica conseguiu que um terço da população dos Estados Unidos tome antidepressivos, estatinas, e estimulantes? Vendendo doenças como depressão, colesterol alto e refluxo gastrointestinal. Marketing impulsionado pela oferta, também conhecido como “existe um medicamento – precisa-se de uma doença e de pacientes”. Não apenas povoa a sociedade de hipocondríacos viciados em remédios, mas desvia os laboratórios do que deveria ser seu pepel essencial: desenvolver remédios reais para problemas médicos reais.
Claro que nem todas as doenças são boas para tanto. Para que uma enfermidade torne-sc campeã de vendas, ela deve: (1) existir de verdade, mas ser constatada num diagnóstico que tem margem de manobra, não dependendo de um exame preciso; (2) ser potencialmente séria, com “sintomas silenciosos” que “só pioram” se a doença não for tratada; (3) ser “pouco reconhecida”, “pouco relatada” e com “barreiras” ao tratamento; (4) explicar problemas de saúde que o paciente teve anteriormente; (5) precisar de uma nova droga cara que não possui equivalente genérico."

Aqui estão algumas potenciais doenças da moda, que a indústria farmacêutica gostaria que você desenvolvesse em 2012:
Déficit de atenção com hiperatividade em adultos
Artrite Reumatóide
Fibromialgia
Disfunções do sono: Insônia no meio da noite
Sonolência excessiva e transtorno do sono por turno de trabalho
Insônia que é depressão
De: Martha Rosenberg que escreve sobre o impacto das indústrias farmacêuticas, alimentícias e de armamentos na saúde pública. 
Leiam a análise de cada uma dessas doenças clicando aqui

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