"Frei Betto: Brasil em Copenhague
Autor de “O Amor Fecunda o Universo – Ecologia e Espiritualidade”
Rio - É uma espinha na garganta do governo brasileiro a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, em Copenhague. Todos sabemos que o nosso planeta está doente, exposto aos efeitos nocivos de nossas atividades, que afetam a preservação ambiental.
Calcula a ciência que o Universo existe há 14 bilhões de anos. A Terra, há 4,5 bilhões. Atingida, durante milênios, por meteoros, períodos glaciais, secas prolongadas, ela foi capaz de autorregenerar.
Mas, nos últimos 150 anos, o homem causou demasiado estrago em seu habitat. Entupiu de lixo rios e mares, desmatou florestas, contaminou o ar que respiramos.
Enfim, provocou tamanha degradação, a ponto de ter perdido 25% de sua capacidade de autorregeneração. A Terra só pode ser salva se houver a intervenção humana.
O Brasil é o quarto maior emissor do mundo de gases de efeito estufa. Mas o presidente Lula nunca priorizou a agenda ecológica: liberou sementes transgênicas, o desmatamento da Amazônia e silencia quando ministros lobistas do agronegócio e das empreiteiras se queixam do Ibama.
A decisão de Marina Silva, de entrar na disputa presidencial em 2010, é um imprevisto político para o governo, agora obrigado a não mais empurrar com a barriga a questão ambiental. O que está em questão não é apenas evitar que a temperatura da Terra suba dois graus, provocando efeitos nefastos. Temos pela frente apenas 15 anos para evitá-lo.
Queira Deus que o governo se preocupe mais com as futuras gerações e a saúde do planeta do que com os interesses pecuniários das empresas responsáveis pela degradação ambiental."
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