20 de novembro de 2010

Sir Paul McCartney & Beatles: All You Need Is Love

Não tem jeito: esta é a semana do "velho MacCa" aqui no Brasil. Destaque mais do que merecido
Taí um dos últimos e maiores ícones da história da música popular que merece o "frisson" que desperta por parte da imprensa e fan(ático)s.
Não dá para escrever aqui muita coisa sobre os Beatles. Eu desistiria antes da hora.
Falar dos Beatles, da sua história e de sua importância para a música pop parece exigir nunca menos que um extenso livro.
Mesmo assim, não dá para me furtar em comentar aqui uma percepção que tive, resumida na segunda frase deste post.
Em outras palavras: antes do show de São Paulo do próximo domingo ele fez um em Porto Alegre e outro em Buenos Aires. Nos dois casos a imprensa registrou fãs enfrentando horas para ver se conseguiam dar uma rápida olhada no ídolo. Nada de novo nisso. A não ser que o auge da carreira desse senhor aconteceu há 40 anos e que boa parte desses fãs eram jovens com menos de 18!
Mas porque? Isso tudo é o resultado de uma lenda criada a partir dos anos 60, quando o grupo mais importante da história fez uma revolução no método de compor canções.
Parece que eles criavam - sobretudo a partir dos discos "Revolver" e "Rubber Soul" - a partir do nada. Referências sempre existiram e existirão, mas tente achar (na década anterior, por exemplo) alguma coisa parecida.
Não bastasse isso, estavam ligados no que estava acontecendo na borbulhante Londres da segunda metade daquela década: do Psicodelismo ao Rock Progressivo captaram o que havia de importante e revelaram a essência do estilo em álbuns que estão entre os mais importantes da história como "Sgt Peppers " e o "Álbum Branco".
Com o fim do grupo, em 1970, coisas maravilhosas ainda estavam para ser escritas: George fez o fantástico álbum triplo "All Things Must Pass", Lennon lançou uma série de discos fundamentais e Paul caiu na estrada com o grupo Wings realizando uma carreira quase tão fantástica quanto da época dos Beatles.
Aí voltamos ao assunto do post: fanáticos pelo ídolo que se emocionam só em sonhar na possibilidade de estar perto dele, sobretudo assistindo a um show.
O frisson das adolescentes sempre existirá e não faltará a indústria para fabricar esses "ícones", sendo o mais recente o canadense Justin Bieber.
Mas e a música? Onde? Quanto tempo ficarão na mídia e que legado deixarão?
Beatles inauguraram e encerraram uma "era global": a dos fãs emocionados que tinham um bom motivo para isso. Um motivo real. Além do referencial masculino (no caso dos rapazes) e dos rostinhos bonitos (no caso das moças) havia algo muito mais importante e perene. É claro que é a música.
E não é fácil criar música popular que se pode considerar eterna ou ao menos atemporal. Que agrade e até mesmo emocione em qualquer época, mesmo décadas depois de ter sido registrada.
Canções que fizeram parte da vida de muitos senhores e senhoras e que continuam entrando na vida de milhares de garotos e garotas.
The Beatles é isso. Paul McCartney é isso.
O mais importante Beatle remanescente está no Brasil.
Ele representa uma era única, que não voltará pois os tempos velozes exigem produtos descartáveis. Hoje não existe mais condições de que bandas como os Beatles amadureçam e cheguem à condição de gênios.
Não existem mais gênios em música.
Ainda bem que está tudo registrado para todas as gerações.
Os netos dos nossos netos cantarão "All You Need Is Love", "Hey Jude", "Let it Be", "Strawberry Fields Forever" e dezenas de outras.
Por isso, reparem na emoção presente no público que vai comparecer aos shows em São Paulo.
Eles, tanto quanto Paul McCartney em seus quase 70 anos, mostrarão em seus rostos a emoção, a vida retratada em forma de canções.
Long Live...

P.S.1: Infelizmente nem o Canal Multishow (que é um canal Globosat) nem a TV Globo vão transmitir ao vivo o show de amanhã.
Ao que parece vão fazer um compacto de 1 hora com os melhores momentos que será exibido por volta da 23:15 h.
Tá na hora da Record entrar nessa área e tirar a supremacia da Globo neste aspecto: compram o direito mas para não atrapalhar a programação normal fazem uma "meia-sola" até na TV por assinatura.
Este histórico show tinha que ser trasmitido na íntegra (e não me venham falar em questões contratuais, nessa área tudo pode ser resolvido)!

P.S.2: É bom citar o outro Beatle remascente, o baterista Ringo Star. Em julho deste ano ele comemorou 70 anos. Atualmente está em tour com uma série de amigos, músicos e cantores famosos, com o show "With A Litle Help From My Friends".
A festa de 70 anos anos foi no palco em New York, com a presença de muitos amigos, entre eles, Paul McCartney.

Videos
Olha que video legal.
Uma porção de gente boa cantando "All You Need Is Love" dos Beatles, comandados por Sir Paul McCartney.
Foi em 2002 no Palácio de Buckingham, comemorando o Jubileu de Ouro da Rainha da Inglaterra.
No palco, entre outros: Rod Stewart, Joe Cocker, Eric Clapton, Brian Wilson (Beach Boys), Phill Collins (Genesis), Ozzy Osbourne (Black Sabath), Brian May (Queen), etc.



Esse foi filmado da platéia (não existem, até o momento, videos oficiais).
Nem o som nem a imagens estão legais, mas vale pelo registro histórico.
Dia 07 de julho de 2010, Paul entra no palco de surpresa e canta "Birthday" em homenagem ao amigo Ringo (na bateria) que comemorava naquele dia 70 anos. Aliás, para essa idade, ele está ótimo!


A belíssima Golden Slumbers, legendado em português, com belo visual da natureza (fechem os anúncios)


Bom Fim de Semana!

2 comentários:

Josi disse...

Adorei Marcos.
O texto, os videos, as imagens.
Beatles 4ever!
Bjs!

M.I.A. disse...

Queria estar neste show.
O jeito é encarar a Globo mesmo.
Valeu pelo post.