"A relação amorosa do Senador Fernando Henrique Cardoso com a jornalista da Globo Miriam Dutra era pública e sem recato.Sempre se soube que tiveram um filho.
Nenhum órgão do PiG (***) tratou de Thomas, em dezoito anos.
O argumento – inclusive o da Folha (*) – era comovente: como nenhum dos dois confessa, não é verdade.
O PiG (***) blindou o campeão da Moral e dos Bons Costumes.
Quem tratou disso foi a revista Caros Amigos.
E o Juca de Oliveira que, numa de suas peças, diz abertamente que Fernando Henrique tinha um filho fora do casamento.
Na noite a que assisti, a platéia tucana de um teatro que se incendiou suspirou com irritação maior que o ceticismo.
O furo de reportagem Bergamo é de levar o leitor às lagrimas.
Fernando Henrique aparece como um pai pródigo e generoso, que deu ao filho uma educação exemplar (no exterior).
A jornalista, agora, virtuosa, toma a iniciativa de pedir à Globo para se afastar do pai de seu filho e ir trabalhar fora do país.
A Globo, também altruísta, entende o drama por que passava a memorável repórter e a transfere para um posto de sacrifício: Barcelona.
Coincidentemente, por essa mesma época, o ex-senador resolve se candidatar à Presidência e lá fica por oito anos.
Quando, tomado pela afanosa tarefa de governar o país, não tinha tempo de reconhecer o Thomas.
Passaram-se os anos, a Globo reconheceu o trabalho profícuo da infatigável jornalista e a deslocou para Londres e, agora, Madrid.
Por vinte anos ela ocupa a tela da Globo com reportagens que o amigo navegante não será capaz de olvidar.
Agora que o Farol de Alexandria começa a apagar, quando diminui a possibilidade de voltar ao poder, por conta própria, ou pela mão de pseudo-aliados, o pai reconhece o filho. É comovente.
A mãe e o pai saem da história da Bergamo como se fossem a Maria e José numa versão pós-moderna.
Os que saem mal da história da Bergamo são o Thomas e a D Ruth.
A D Ruth, porque deveria saber o que todo mundo sabia, e dançou o minueto da dissimulação.
E Thomas, porque teve a ousadia de nascer.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele acha da investigação, da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os carros de reportagem aos torturadores.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista."
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Um comentário:
Pois é Sr. Luiz Felipe, cheguei ao seu Blog, por acaso, mas e agora? O senhor vai se retratar - não ao FHC - mas, às pessoas que leram sua publicação naquela época? Agora que foram feios dois testes de DNA, sua informação passou a ser caluniosa. Porisso, e por muitas outras coisas, detesto políticos e jornalistas PETISTAS que nunca são imparciais!!!
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