10 de abril de 2013

Disputa na Academia Brasileira de Letras: FHC contra autor de "Privataria Tucana"

O prédio da Academia
Não sei se vocês sabem, mas o FHC é postulante a uma vaga na Academia Brasileira de Letras.
Candidata-se assim a tornar-se um imortal como 'foi' o Roberto Marinho, o Sarney e seus "Marimbondos de Fogo" (um livro de poesias), o Merval Pereira...
Lembro-me que na adolescência, grande leitor que era (e continuo tentando ser), via a Academia como um Olimpo. Hoje não dá para levar isso a sério.
Aliás, por essas e por outras é que o Brasil nunca faturou um Nobel de Literatura.
Ok, temos grandes escritores mas as escolhas da Academia indicam modernização de critérios nas indicações, se é que me entendem...
Pois um grupo de jornalistas e acadêmicos decidiu com muito bom humor e crítica ácida lançar uma candidatura alternativa: a do jornalista Amaury Ribeiro.
Leiam o texto abaixo e entenderão os motivos.

"Privataria é imortal", dizem os apoiadores da candidatura de Amaury Ribeiro
 Autor de 'Privataria tucana' rivaliza com FHC por cadeira na Academia de Letras
Candidatura encampada por jornalistas e acadêmicos ironiza intenções do ex-presidente: “Homem simples, quase franciscano, não quis vender patrimônio nacional por valores exorbitantes”
Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 09/04/2013, 14:20

"São Paulo – Um grupo de jornalistas e acadêmicos decidiu ironizar as intenções do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Em abaixo-assinado lançado na internet, o “antídoto” oferecido à possibilidade de o tucano se transformar em “imortal” é Amaury Ribeiro Júnior, autor de Privataria tucana, livro lançado em 2011 e logo alçado à lista dos mais vendidos, apesar de ignorado por parte da mídia tradicional.
O texto é apoiado pelos professores Ladislau Dowbor, Gilberto Maringoni e Reginaldo Nasser, pelos economistas Luiz Gonzaga Belluzzo e Marcio Pochmann, pelo ex-ministro Samuel Pinheiro Guimarães e por jornalistas e blogueiros como Altamiro Borges, Breno Altman e Paulo Henrique Amorim.
O abaixo-assinado promove desde o começo a ironia em relação à Academia Brasileira de Letras, pedindo que volte a acolher um jornalista, como fez com Roberto Marinho, das Organizações Globo, recordado pelo editorial redigido em 2 de abril de 1964 a favor do golpe que levou à ditadura (1964-85).
Para os apoiadores da candidatura de Amaury, é justo que Merval Pereira, colunista de O Globo, seja acompanhado por um colega de profissão dentro da Academia de Letras. “Merval Pereira, com a riqueza estilística de um Ataulfo de Paiva, sabe transformar jornalismo em literatura; a tal ponto que – sob o impacto de suas colunas – o público já não sabe se está diante de realidade ou ficção”, brinca o texto.
“A Privataria é imortal! Mas o caminho de Amaury Ribeiro Junior rumo à imortalidade, bem o sabemos, não será fácil. Quis o destino que o principal contendor do jornalista na disputa pela cadeira fosse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, continua o abaixo-assinado, que passa a abordar as relações entre a obra do jornalista e as vendas de empresas públicas promovidas pelo tucano.
Durante o governo do PSDB (1995-2002), segundo Amaury, foi criado um esquema de evasão de divisas que teria contado com a participação de Verônica Serra, filha do então ministro do Planejamento, José Serra, e com Gregorio Preciado, primo dele.
“As críticas ao ex-presidente, sabemos todos nós, são injustas. Homem simples, quase franciscano, FHC não quis vender o patrimônio nacional por valores exorbitantes. Foi apenas generoso com os compradores – homens de bem que aceitaram o duro fardo de administrar empresas desimportantes como a Vale e a CSN. A generosidade de FHC foi muitas vezes incompreendida pelo povo brasileiro, e até pelos colegas de partido - que desde 2002 teimam em esquecer (e esconder) o estadista Fernando Henrique Cardoso”, ironiza o texto, que conclui: “Se FHC ganhar a indicação, a vitória será da Privataria. Mas se Amaury for o escolhido, aí a homenagem será completa: a Privataria é imortal!”"

2 comentários:

Claudio disse...

Olá Luiz

Posso copiar o texto ?

Marcos Oliveira disse...

Sem problemas. Mas só a introdução foi escrita aqui. O texto mesmo é da Rede Brasil Atual, conforme indicado. Sugiro copiar e colocar o link, conforme fazemos aqui.