9 de abril de 2013

Para que fique registrado: Thatcher era um terror sem um átomo de humanidade

Não ia escrever sobre isso.
Mas ando irritado com a imprensa que a gente conhece bem, mostrando só um lado da questão.
Canonizaram a Margareth Thatcher e tenho sérias dúvidas se ela está no céu.
A imprensa que conhecemos não é ingênua. Não é porque morreu que ficou boa.
Há interesses em só mostrar "coisas boas dela".
Sua dedicação aos mais afortunados e ódio aos pobres não é coisa de paraíso. 
Em nome de um neoliberalismo selvagem "salvou" a Grã-Bretanha e acabou com empregos e a vida de muitos.
Mas os amigos banqueiros ficaram bem, obrigado.
The Smiths foi uma banda inglesa muito legal dos anos 80, liderada pelo vocalista Morrisey, um sujeito com muitas convicções políticas.
Ele não teve papas na língua para falar a verdade em uma carta aberta sobre a Dama de Ferro.
Reproduzimos a seguir, já que o PIG não mostra a contento este lado da questão.
Morrissey
“Thatcher é lembrada como a Dama de Ferro só porque ela possuía apenas traços negativos, como uma teimosia persistente e a determinação em se recusar a ouvir os outros.


Todas as ações dela eram carregadas de negatividade; ela destruiu a indústria de manufatura britânica; ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava aqueles que lutam pela independência da Irlanda e permitia que morressem, ela odiava os britânicos pobres e nunca fez algo para ajudá-los, ela odiava o Greenpeace e protecionistas ambientais, ela foi a única política europeia que se opôs ao banimento do comércio de marfim, ela não tinha inteligência ou fervor e até o próprio Gabinete a expulsou. Ela deu a ordem para explodir o cruzador General Belgrano, mesmo que ele estivesse fora da zona de exclusão das Malvinas – e estava navegando para LONGE das ilhas! Enquanto jovens argentinos a bordo do Belgrano sofriam uma morte injusta e terrível, Thatcher fazia um sinal com o polegar para cima para a imprensa britânica.

Ferro? Não. Selvagem? Sim. Ela odiou as feministas mesmo quando foi graças ao progresso do movimento feminino que os britânicos tenham aceitado uma Primeira-Ministra que fosse mulher. Por causa de Thatcher, nunca mais haverá uma mulher de poder na política britânica e, em vez de abrir esta porta para outras mulheres, ela a fechou.

Thatcher será lembrada com carinho por sentimentalistas que não sofreram sob a liderança dela, mas a maioria das classes operárias do Reino Unido já a esqueceram e o povo argentino celebra a morte dela. Para que fique registrado: Thatcher era um terror sem um átomo de humanidade.

Morrissey.”

Vejam também: 21 música de ódio a Thatcher

Um comentário:

Anônimo disse...

Pura verdade dita pelo Morissey. Fica bem claro como a história é manipulada. Antigamente a manipulação era feita séculos depois do ocorrido. Agora é feita online pela imprensa.
VaLeu Morissey. The Smiths na veia!
Fora seguidores da Thatcher ou melhor que a sigam agora entrando junto no crematório!
ARGH!