9 de setembro de 2013

Cadê o "maior protesto da história"?

Fracassa em todo o país “o maior protesto da história”
Fonte: Balaio do Kotscho (por Ricardo Kotscho no R7)

"Fracassou em todo o país "o maior protesto da história do Brasil", evento anunciado durante toda a semana nas redes sociais e amplificado por setores da grande imprensa, que divulgaram massivamente os atos de protestos marcados para 149 cidades.

Até as quatro da tarde deste sábado de 7 de setembro, hora em que começo a escrever, não houve nada que lembrasse as grandes manifestações das chamadas "Jornadas de Junho", que levaram milhões de brasileiros às ruas nas principais cidades brasileiras.

Ao contrário, não vimos nada de multidões protestando "contra tudo e contra todos", carregando faixas e cartazes com as mais diferentes reivindicações, mas apenas alguns bandos de arruaceiros, umas poucas centenas de integrantes dos grupos mascarados do Anonymous e dos Black Blocs, tentando invadir desfiles militares, queimando bandeiras e entrando em confronto com a polícia, principalmente no Rio e em Brasília.

A exceção ficou por conta do "Grito dos Excluídos", manifestações pacíficas de movimentos sociais ligados à igreja católica, que todos os anos saem às ruas depois dos desfiles militares para apresentar suas reivindicações, que são levadas até a Basílica de Aparecida, no interior de São Paulo.

A cobertura completa do 7 de setembro está no noticiário aqui do R7, contrariando as previsões apoteóticas das pitonisas da mídia que imaginavam transformar este 7 de setembro num grande movimento nacional contra o governo, pegando como gancho a reta final do julgamento do mensalão, como se pode ver nesta nota publicada na coluna "Painel", da Folha, na edição deste sábado.

"#ficaadica Monitoramento de redes sociais feito pela agência FSB para seus clientes estimou em 38,7 milhões de pessoas o público exposto a convocações para protestos em todo o país. Entre os principais motes captados pelo estudo estão a prisão imediata dos condenados no mensalão".

Não foi o que se viu nas ruas. Gostaria de saber de onde tiraram este número e o mote apontado como principal para levar o povo às manifestações, já que os protestos se resumiram a pequenos grupos de arruaceiros e vândalos, e não vi na cobertura das televisões nada que lembrasse o julgamento do mensalão.

Se as oposições e seus aliados do Instituto Millenium esperavam o 7 de Setembro para dar uma guinada no cenário político-eleitoral do país, amplamente favorável à presidente Dilma e ao governo federal, como foi registrado nas últimas pesquisas, é bom que procurem logo outro povo e outro mote para "o maior protesto da história". Desta vez, foi um fiasco retumbante.

Em tempo: Reproduzo notícia publicada agora há pouco por Guilherme Balza no UOL:

"Um grupo de manifestantes trentou invadir a sede da TV Globo, localizada na região central de Brasília, por volta das 13 horas deste sábado. Eles participavam de um protesto que teve início na Esplanada dos Ministérios, passou pela rodoviária central e seguia na direção do estádio Mané Garrincha, palco do duelo entre as seleções do Brasil e da Austrália. A maior parte dos participantes do ato não se envolveu na confusão"."


Um comentário:

Anônimo disse...

Pastora Suzane Richthofen é nomeada presidente da Comissão de Seguridade Social e Família

Suzane Richthofen, personalidade brasileira que adquiriu seu status após decidir assassinar os próprios pais, parece ter dado outro rumo à sua existência. Presa desde 2002 em regime fechado na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), Suzane acaba de se tornar pastora evangélica. Além do mais, devido à sua conduta impecável, logrou, junto à Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mudar o regime de fechado para semiaberto, quando é possível deixar o presídio durante o dia para trabalhar. E, de fato, conseguiu um trabalho junto a outros criminosos que laboram poucas horas por dia. Devido à intercessão do Deputado Marco Feliciano, Suzane foi compulsoriamente filiada ao PSC (Partido Social Cristão) e, de quebra, foi nomeada para a presidência da CSSF (Comissão de Seguridade Social e Família), mais uma entre as controversas Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados.

http://www.diariopernambucano.com.br/noticias/pastora-suzane-richthofen-e-nomeada-presidente-da-comissao-de-seguridade-social-e-familia/