14 de setembro de 2013

Dilma, Lula, parlamentares e sindicato lamentam morte de Gushiken

"São Paulo – A notícia da morte do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Luiz Gushiken, provocou imediatamente manifestações de pesar em páginas da internet nesta sexta-feira (13). Por meio de divulgação de notas e de mensagens nas redes sociais, amigos recordaram a trajetória do líder sindical, morto por um câncer aos 63 anos.

A presidenta Dilma Rousseff emitiu nota afirmando que Gushiken morreu como viveu: "com coragem". "A morte de meu amigo Luiz Gushiken é um momento de dor e de reverência. Dor pela ausência que ele fará para todos os que tiveram a felicidade de conhecê-lo, que puderam compartihar da sua sabedoria e capacidade de pensar como o Brasil poderia ser uma nação mais justa para todos. Reverência pela serenidade como viveu a vida e enfrentou a morte", disse.

Também em nota, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou os sentimentos à família de Gushiken, líder que prestou apoio, no Sindicato dos Bancários de São Paulo, ao então líder sindical do ABC, vítima de perseguições." Luiz Gushiken foi um militante político brilhante, um conselheiro, um companheiro e um grande amigo. Um homem íntegro que dedicou sua vida à construção de um Brasil mais justo e solidário. No Sindicato dos Bancários de São Paulo, no Partido dos Trabalhadores, na Assembleia Constituinte, no governo e em todos os espaços em que atuou, sempre defendeu a democracia, a classe trabalhadora e um mundo com mais harmonia e justiça social. Nunca esqueceremos a contribuição generosa de Gushiken para a construção desse Brasil que sonhamos juntos e que sem ele não seria possível."

“O Sindicato dos Bancários está de luto”, informou a entidade, por meio de comunicado. Gushiken já havia se despedido de amigos e parentes esta semana, internado no Hospital Sírio Libanês, no estágio final de um câncer que nos últimos anos lhe roubou gradativamente as forças. Militante contra a ditadura, ele participou da fundação do PT e da CUT, no começo da década de 1980, e em 1985 assumiu a presidência do sindicato como funcionário do antigo Banespa, mais tarde privatizado e transformado em Santander. “Sua força, ética e competência serão sempre lembrados por nossa militância. Com sua morte, o Brasil e toda a nossa geração perdem uma referência intelectual”, diz o comunicado emitido pelo sindicato.

Um dos sucessores de Gushiken na presidência da entidade, o hoje deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) publicou um post no Twitter recordando a trajetória do amigo: “O Brasil perde o Gushiken, um grande brasileiro que lutou pela democracia, pelos direitos humanos, pelos trabalhadores.”

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, companheiro de Gushiken no governo Lula, afirmou que o colega foi o maior injustiçado pelo julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão, em avaliação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Apenas no ano passado o líder partidário e sindical se livrou da acusação de participação no suposto crime.

Na semana passada, Dirceu encontrou-se com Gushiken no hospital. "Ele foi, junto com o Lula, uma das grandes lideranças do sindicalismo autêntico. Foi um pensador e um estrategista que sempre buscou novos caminhos", disse Dirceu, que lembrou que Gushiken foi "peça-chave" na campanha de Lula em 2002. "Gushiken foi um dos principais formuladores das políticas do PT e do governo".

Em mensagem postada no Twitter, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, lamentou a morte: “Minha homenagem comovida ao companheiro Gushiken. Seu exemplo e sua memória ficarão sempre conosco.”

Também o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) externou seu lamento, afirmando que o “amigo e companheiro” deu “enorme contribuição para fazer do Brasil um pais mais justo.” O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), foi outro que enviou mensagem pelas redes sociais. “Os petistas de todos os cantos e recantos do Brasil continuam chorando a saudade de nosso inesquecível Gushiken. Descanse em paz!”"
Fonte: Brasil Atual

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