As nossas indicações para leitura neste mês de férias (para muita gente) são dois livros bem diferentes. Hoje vamos falar do primeiro. Amanhã postaremos comentário sobre a segunda obra.
"...Tão Simples" marca o retorno da cronista e ex-modelo Danuza Leão aos livros de “dicas”. É o oitavo livro dela e esse pode ser considerado um novo parâmetro, passados 20 anos de “Na Sala com Danuza” uma referência naquilo que se convencionou chamar de “boas maneiras”.
No entanto não é tão simples ver esse livro apenas por esse ângulo.
Bem mais do que isso, vejo “É Tudo Tão Simples” (Editora Agir, 196 páginas, R$ 34,90), como uma visão de mundo atualizada de uma mulher que chegou a uma idade em que se vê as coisas de uma forma diferente. E, o mais importante, reconhece e faz um livro exatamente sobre essas mudanças experimentadas.
Mais do que regras de etiqueta - mas sem ser um livro de auto-ajuda - “É tudo tão simples” dá, com uma certa leveza, pistas de como lidar com temas difíceis como a solidão, separação, passagem do tempo, perda de amigos, etc.
Danuza não informa a idade dela. Está certa. E eu - como bom cavalheiro - não vou especular aqui. Mas é bom ler passagens do tipo: "Andei pensando nessa história de simplificar, e vejo que passei a primeira metade da minha vida querendo ter as coisas - todas as coisas - e estou passando a segunda metade querendo me desfazer das coisas, e ficar apenas com o essencial. Bem curiosa, a vida". Amadurecimento e a consciência de que não temos mais "todo o tempo do mundo", cara Danuza.
De qualquer forma acho que o melhor livro dela continua sendo a ótima e surpreendente autobiografia “Quase Tudo”, editado em 2005.
Sinopse: “O mundo deu muitas voltas desde que Danuza Leão escreveu seu primeiro livro: Na sala com Danuza. Agora, 20 anos depois, a colunista fala com aquele charme que lhe é peculiar sobre etiqueta pós-internet, romance pós-celular e outras pós-modernidades. Com dicas para as classes emergentes sobre o que levar na primeira viagem de avião, para o filho que quer contar para a família que é gay e para as mães que estão vivendo sua segunda juventude depois dos 40, Danuza aposta num mundo sem ostentação e regras rígidas de etiqueta, em que o chique é ser simples e de bem com a vida”.
Um comentário:
Boa dica, Marquinhos. Gosto muitos destes comentários sobre livros. Impagável o trocadilho table-tablet. Eu li Quase Tudo e tambem gostei. Vou aguardar o comentário de amanhã para decidir qual vou comprar.
Bjs.
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