Parece que o PSDB e o Governo do Estado de São Paulo não aprenderam ainda e vão ficar patinando no lodo (ou nos dólares, é tudo verde) enquanto continuarem agindo como no episódio do Pinheirinho. Uma canalhice que fizeram com aquelas pessoas pobres. Um absurdo.
Sobre esse fato ouçam o desabafo histórico do jornalista Ricardo Boechat. Entre outras coisas disse sobre a frase “decisão judicial não se discute, se cumpre”: “Não cumpra, governador!".
"Impecável. Boechat é o maior jornalista do Brasil hoje. Corajoso, sincero, honesto. Que não teme sequer eventuais represálias de sua empresa, conhecidíssima por lamber o saco dos governos paulistas há anos e por suas posições conservadoras e anacrônicas (quem já ouviu os patéticos editorias da Rádio Bandeirantes sabe do que estou falando; aliás, trabalhei lá quatro anos e sei como é). Justiça se faça à emissora, porém, no caso específico de Boechat. Acompanho seu trabalho quase diariamente e ele aparentemente tem liberdade para se expressar como bem entende. Não trabalharia na casa, se fosse diferente." (Flávio Gomes).
Já o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) afirmou: “as famílias foram despejadas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para pagar dívidas do criminoso Naji Nahas (preso por Protógenes em 2008)”.
Sobre a posição do Governo Federal, leiam a Nota à Imprensa – Comunidade Pinheirinho, São José dos Campos/SP do Ministério das Cidades.
Não deixem de ouvir: Um comentário à altura de Ricardo Boechat.
Um comentário:
O terreno do Pinheirinho foi ocupado há oito anos por aproximadamente 1.600 famílias (cerca de 5.500 pessoas), segundo o censo da Prefeitura.
A desocupação foi antecedida de uma batalha judicial e conflitos dentro do próprio judiciário. Segundo Protógenes, o “conflito judicial parece esconder algo de muito podre na disputa da área”. O parlamentar afirmou que “a desocupação violou princípios constitucionais, desde as garantias individuais e coletivas até o mais sublime dos princípios da função social da propriedade, posto que envolve a massa falida do criminoso Naji Nahas”.
O deputado Protógenes lembrou matéria do jornalista Laerte Braga que qualifica Naji Nahas como “um criminoso comum, bandido sem entranhas, com varias prisões, respondendo a inúmeros processos e sabidamente especulador, em manobras que envolvem o prefeito Kassab, o governador Alckimin, setores do Judiciário (onde há resistência de poucos juízes íntegros)”.
Protógenes destacou ainda a inconveniência da ação truculenta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já que o Governo Federal estava negociando uma saída pacífica para o conflito. O parlamentar disse também que qualquer desocupação deve acontecer no início da invasão, e não depois dela se tornar um bairro com milhares de famílias, comércio local estabilizado e igrejas.
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