27 de novembro de 2014

Federação Única dos Petroleiros (FUP) terá acesso a depoimento de Costa e quer espaço nas investigações

Entidade defende participação dos trabalhadores como fundamental para democratizar investigação, evitar vazamentos seletivos e proteger imagem da empresa e seu papel estratégico para o país
José Maria Rangel - Coordenador-Geral da FUP
por Maurício Thuswohl, para a RBA publicado 27/11/2014

"Rio de Janeiro – O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, confirmou hoje (27) à Rede Brasil Atual que a Justiça Federal do Paraná concordou com o pedido, feito pela entidade representativa dos trabalhadores, de acesso integral ao depoimento prestado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, no inquérito da Operação Lava Jato da Polícia Federal.

A FUP espera para segunda-feira (1º) a chegada das gravações com a íntegra do depoimento, enviadas pelo juiz Sérgio Moro da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, e afirma que a participação dos trabalhadores é fundamental para democratizar a investigação e evitar os vazamentos seletivos que chegam à imprensa.

“O que tem sido passado para a opinião pública é que dentro da companhia tem uma grande quadrilha. A população não está fazendo a separação, até por conta do bombardeio que sofre diariamente da mídia. Estamos até agora falando de somente três pessoas que estão envolvidas. Essas três pessoas não podem ser confundidas com todo o corpo técnico da Petrobras, e a mídia não pode manchar a imagem de uma empresa que é orgulho não só dos trabalhadores, mas de todos os brasileiros”, diz Rangel.

Após conseguir da Justiça acesso ao depoimento de Costa, a FUP pede agora mais espaço nas investigações internas da Petrobras: “Entendendo que somos legítimos representantes dos trabalhadores – no momento em que a empresa está sendo atacada por desvios – nós queremos participar das comissões que foram criadas internamente para apurar não só as denúncias de Paulo Roberto Costa como também as denúncias sobre o suposto pagamento de propina a empregados da Petrobras pela empresa holandesa SBM”, diz Rangel.

A entidade também exige esclarecimentos sobre os vazamentos surgidos de dentro da própria Petrobras: “Há também aquele episódio no qual foi feita uma filmagem no edifício da empresa em Brasília e essa filmagem foi parar na Globo. Queremos saber por que até o momento ninguém foi responsabilizado por aquela filmagem e pelo posterior vazamento”, diz o sindicalista."

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