10 de novembro de 2014

Jô, o Deep Purple e as Meninas

Há milênios eu não assisto ao Programa do Jô.
Além de ser muito tarde, enchi todos os meus sacos.
Desde que, há tempo imemoriais, ele foi entrevistar o pessoal do Deep Purple - que estava fazendo show em São Paulo - e não sabia nada da banda. Só perguntou abobrinhas. Vexatório, considerando que Jô entende de música (pelo menos de Jazz) e que o Purple é uma da bandas de Rock mais importantes de todos os tempos.
Teve outra inacreditável entrevista com o Roberto Carlos. Não vale a pena entrar em 'Detalhes'.
A partir daí desisti para sempre.
Nem sei qual a sua posição política mas, trabalhando na Globo...
No entanto, tudo pode ser revisto (menos a Veja).
E, vendo este vídeo no You Tube, concluí que há sim salvação para a humanidade antes da chegada do Apocalypse (e não me refiro à ótima banda gaúcha de Rock Progressivo do meu amigo tecladista Eloy Fritsch).
Ao que parece ele tem um encontro semanal (ou mensal ou anual) com algumas jornalista. Nas redes sociais chamam elas de "as meninas do Jô". Não sei se o nome do quadro é esse mesmo.
A julgar pelas que conheço de passagem, obviamente são de direita e não devem gostar muito do PT.
Nada de novo, certo? O que mais chama atenção é justamente a defesa que o apresentador faz do Evo Morales, atacando o pessoal de extrema direita que fica falando de "bolivarianismo" (ou algo semelhante) e outras baboseiras.
Notem que, quando ele toma esta posição, "as meninas" ficam sem ação. Espantadas.
Vejam comentário abaixo do Luis Nassif do GGN.
Assim vou te perdoar aquela do Deep Purple, Jô! :)



"Conforme expliquei na série "O caso de Veja", em 2006, Jô foi o primeiro comunicador a perceber a nova onda do mercado de opinião, de explorar a suposta superioridade social e intelectual da classe média internacionalizada contra os "cucarachos".

Explorou pioneiramente o tema, foi seguido por Arnaldo Jabor, depois abriram-se as porteiras e o terreiro foi invadido por pitbulls de todos os tamanhos.

No programa, as "meninas" começaram a explorar o preconceito, seguindo a receita habitual, quando foram interrompidas por Jô, com palavras sensatas. Falou do ridículo de comparar o Brasil com a Bolívia, do ridículo de julgar que no atual estágio de desenvolvimento poder ser controlado por um regime chavista.

A posição de Jô surpreendeu suas "meninas". Com olhar atilado dos grandes pensadores, uma delas soltou essa pérola: "Será mesmo, Jô? Deus te ouça". Em seguida, uma crítica acerba ao PSDB, pelo fato de muitos de seus integrantes terem avalizado os manifestos da ultra-direita.

Quando se pensava que Jô já encerrara a aula, veio a segunda lição, mais surpreendente ainda: uma defesa eloquente de Evo Morales. Disse que Morales é um índio que fez muito por seu povo e acabou atacado por uma elite insensível." (Luis Nassif)

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