1 de setembro de 2009

Os debates sobre o pré-sal na imprensa

Continua a guerra de informação bons x maus na imprensa sobre qualquer coisa que o governo faça, sobretudo agora que estamos na reta de 2010. O artigo abaixo foi extraído do site "Observatório da Imprensa". Para ler o artigo todo, clique aqui.

Debate escasso e viciado
Luiz Weis
"Um brasileiro expatriado pergunta se “um debate honesto e fundamentado está em curso no nosso país” sobre o pré-sal.
Para ficar à altura do que o presidente Lula, comemorando o envio ao Congresso dos projetos que alteram a Lei do Petróleo, comparou a “um novo Dia da Independência”, é claro que esse debate ainda está para acontecer. Se é que acontecerá.
E não se diga que não houve tempo. Durante os 14 meses em que o Planalto preparou o novo modelo de exploração do petróleo, a imprensa divulgou o que vazava das suas linhas principais e abriu espaços a uma polêmica que desde o início se mostrou viciada pela polarização política e ideológica: a favor ou contra o governo, a favor ou contra o papel do Estado no futuro sistema, a favor ou contra a parte que nele caberia à Petrobras.
Não foi propriamente o “debate honesto” dos sonhos do brasileiro expatriado. A maioria das opiniões publicadas deixavam entrever a marca dos interesses e alinhamentos que as precediam.
E isso sem falar nos editoriais dos jornalões, viesados pelo oposicionismo chapado de seus autores (ou mandantes). Nesse sentido, o Globo saiu no domingo, 30, com um editorial intitulado “Retrocesso”, que parte de uma premissa fantástica:
“Qualquer que seja a proposta que o governo deverá anunciar amanhã para a exploração da chamada camada de pré-sal […], significará um retrocesso.”
Mas, pensando bem, podia ser diferente? Todo debate público é contaminado em alguma medida pelos apriorismos e afinidades dos debatedores. Ainda mais quando o objeto do debate é uma decisão de governo de consequências literalmente extraordinárias – a ponto de Lula equiparar o 31 de agosto de 2009 ao 7 de setembro de 1822. E ainda mais, muitissimo mais, quando está em jogo a riqueza fabulosa das reservas do pré-sal e a possível transformação do país em um dos maiores produtores mundiais de petróleo."

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