Depois de mais de 20 anos minha esposa reencontrou uma amiga que atualmente mora na Suíça. Ela trouxe a filha de 16 anos que nasceu lá, mas fala português por influência da mãe (além dos quatro outros idiomas 'oficiais' do país: francês, alemão, italiano e inglês – sem contar os dialetos).
Boa conversadeira, ela me contou que anda preocupada com a Suíça e, de resto, com a Europa. Não só por causa da economia.
A questão é que, por um lado se tornaram dependentes dos trabalhos realizados pelos imigrantes (serviços considerados menos nobres) e por outro continuam (uma parcela da população) extremamente resistentes à presença de estrangeiros procedentes de países africanos, latinos e árabes. Percebe-se um ar xenófobo por parte dos mais tradicionalistas.
Mas o que eu destacaria é a sensação percebida pela adolescente, que estava admirada com o tipo de relacionamento entre as pessoas no Brasil. Refiro-me ao tratamento mais caloroso, mesmo entre pessoas que não se conhecem de longa data. Não é bem um repertório suíço. E ela estava gostando, embora em um primeiro momento assustada.
Aliás vi uma reportagem que mostrava uma aula especial de uma universidade japonesa para alunos de Relações Internacionais. O objetivo: ensinar o cumprimento brasileiro dos dois beijinhos no rosto. Engraçado de ver como as meninas e os rapazes ficavam ‘perdidos’ com essa simples ação de demonstração de afeto.
Para o bem ou para o mal (acho que mais para o bem), o nosso país ainda vai dar muita lição de vida para o mundo.
Um comentário:
Marcos, concordo plenamente.
Não existe país tão interessante como o nosso, sobretudo com relação ao fator humano. E eu já viajei muito por esse mundo afora.
Bjs.
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