Em entrevista coletiva hoje em Teerã, o presidente ressaltou pontos em comum entre os dois países. Para ele, da mesma forma que o Irã, o Brasil "procura mudar as coisas".
"Temos muitos amigos no mundo interessados em ajudar e colaborar e que, como nós mesmos, não estão de acordo com as tensões e buscam a paz", afirmou.
"Entre eles estão o povo e o Governo do Brasil, com quem mantemos boas relações. O Brasil foi um dos países que defendeu o Irã", continuou Ahmadinejad.
Nesse sentido, o presidente reiterou que o Irã aceitaria a participação e os esforços do Brasil, que para ele "seriam frutíferos".
Em visita a Madri, o chanceler Celso Amorim confirmou hoje à Agência Efe que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve viajar ao Irã em 15 de maio.
O ministro voltou a defender uma nova via de diálogo para buscar uma solução à disputa de Teerã com o Ocidente sobre a questão nuclear.
Segundo o chanceler brasileiro, o presidente Lula o encarregou de fazer gestões e participar de vários diálogos de modo a abrir caminho para uma solução negociada.
O ministro disse que, após conversas com as autoridades iranianas e ocidentais, vê que a distância para se chegar a isso "não é tão grande". "Talvez seja questão de se sentar à mesa e ver se realmente é possível preencher as brechas que ainda existem", afirmou.
"A impressão que tenho é que não é impossível e acho que seria um desejo do Governo iraniano fazê-lo, depende da vontade política, da percepção que esse caminho, embora possa parecer um pouco tortuoso, é talvez o mais seguro", acrescentou.
Fonte: Agência EFE
2 comentários:
Tenho dúvidas se o Brasil está tendo uma posição correta ao tolerar essa posição pró nuclear do Irã. O Brasil não está alinhado com os grandes países.
Sua opinião é válida "Obama". Mas discordo. O Brasil está quebrando alguns paradigmas que começam a ser reconhecidos internacionalmente. A situação do Irã está neste caso. O problema é que os países ricos que tem a bomba acham que ninguém mais pode ter. Só eles. Por que então não acabam com todo arsenal nuclear no mundo? O Irã teme ser invadido pelos EUA como foi o Iraque ou destruído por Israel (que oficialmente não tem armas nucleares, mas...). Em resumo é uma situação delicada e a posição do Brasil defendendo uma negociação mais ampla, antes das sanções, pode sim fazer a diferença.
Postar um comentário