16 de janeiro de 2011

Deuter – Earth Blue

A primeira vez que ouvi falar do músico alemão (Georg) Deuter foi no início da década de 1980.

Uma pequena gravadora brasileira estava se aventurando em divulgar aqui o que lá fora estavam chamando de New Age Music.

Lançaram alguns LPs de diferentes artistas e havia um ou dois discos dele no pacote (devia ser o “Cicada” e/ou “Nirvana Road”), que continha também o Peter Michael Hammel que tocava um antigo órgão de igreja (deste, o mote era: “música para a vida e para o que existe além dela”). Já comentei aqui sobre o P.M.H., em resenha do seu livro “Autoconhecimento Através da Música”.

Da mesma forma que Hammel, Deuter (a pronúncia correta é Doiter) além de multinstrumentista é um pesquisador das formas que a música pode oferecer como ajuda psicológica e espiritual.

Se Peter foi mais fundo na música tibetana em consonância com a música erudita ocidental unida aos avanços da eletrônica, Deuter - sem abandonar as duas últimas - se tornou especialista em música indiana, inclusive a clássica.

Para isso além dos instrumentos folk da Índia, não dispensa sintetizadores, flautas ocidentais (junto com as orientais, incluindo japonesas e chinesas), piano, violino, etc.

Deuter ao longo de sua carreira, que começou em 1970, já gravou algo em torno de 40(!) discos, sendo o mais recente “Mystery of Light” de 2010 pela New Earth Records.

Preocupado com espiritualidade e ecologia, Deuter é um daqueles músicos que veem na música algo além de uma simples sequencia de notas.

Ele deseja ajudar as pessoas e o planeta.

Alguns dos títulos de seus trabalhos: “Dynamic Meditation Music” (1976), “Silence Is the Answer” (1980), “Healing Hypno Trances” (1990), “Terra magica: Planet of Light” (1994), “Like the Wind in the Trees” (2002), “Tibet: Nada Himalaya, Vol. 2” (2005), “Notes From a Planet” (2009).

Resolvi fazer este post musical com o Deuter para envolve-los em uma atmosfera mais tranquila neste domingo e desejando uma boa semana.

Música que transmite um pouco de paz em momentos críticos.

Enjoy!



“During the 1970s and 1980s Deuter, after travelling extensively in Asia in search of spiritual and creative inspiration, settled for a long time in Pune, India, where under the name Chaitanya Hari he became a neo-sannyasin — a disciple of Bhagwan Shree Rajneesh, who later changed his name to Osho. With the aid of a multitrack tape machine, living in the neo-sannyas ashram, he produced a series of music tapes to be used in "active meditations", consisting of several "stages" of ten or fifteen minutes each, which range between, and often merge, Indian classical motifs, fiery drums, loops, synthesisers, bells, musique concrète and pastoral acoustic passages. These works, constructed to the master's instructions in consultation with a team of disciples testing the meditation methods, deserve recognition for their purely functional or objective origination as well as for their originality, power and sometime beauty.”

4 comentários:

J. Airplane disse...

Como vc diz, welcome back my friend (ELP).
E recomeçou bem. Nem sabia que o Deuter ainda estava produzindo.
Como é da sua área, no início sempre era associado ao Rock Progressivo.
Sabe como é, alemão, anos 70.
Manda mais dessas lembranças!
Incluindo os pops de qualidade como o Alessi.
Espero que esteja tudo bem!
Abraços musicais (como vc diz)!

J. disse...

A.K.A. Jefferson Starship!

M.I.A. disse...

Olá Marcos!
Estava vigiando o seu retorno.
Saudades de seus posts musicais, sempre muito legais e fora dos padrões.
Valeu e continue por aqui.
Bjs.

Marcelo Lido disse...

Benvindo Marquinhos!
A sua abordagem é interessante pois sempre vi o Deuter mais linkado com o universo eletrônico de gente como Moebius & Roedelius e não com a New Age.
Valeu!