7 de setembro de 2012

Feriado em casa, as lições de Clint e as Pontes de Madison

Pelo menos por uns três motivos diferentes não fomos para a casinha litorânea neste feriado. Um deles bem nobre, diga-se de passagem (não de minha parte - que sempre deixo a desejar - mas da esposa que está dando apoio a parente que precisa).
Mas o fato é que o dia amanheceu bonito e o sol convidativo para uma 'praia de primavera' (bem, já estamos quase na primavera).
Tudo certo. Aproveita-se como pode, inclusive para tentar minimizar o número de pendências aguardando organização em casa.
E sempre sobra um tempinho para ver um bom filme com a família, ouvir música, ler.
No momento em que escrevo essas mal traçadas linhas (epa! Isso é coisa do tempo da caneta e do papel sem pauta...), por exemplo, ouço o pianista alemão Bernward Koch.
E acabei de ler uma entrevista do cineasta e ator Clint Eastwood ("O Último Durão"). Detalhe: na revista Alpha de julho de 2011! Esta edição estava jogada lá no porta-revistas do banheiro e eu estava guardando exatamente para ler o depoimento de vida deste octogenário. Hoje consegui.
Aos 82 anos - nasceu em 1930 - Clint pode se dar ao luxo de dar algumas dicas de vida. 
Casado com uma mulher de 45 anos com quem tem uma filha de 15 (mas já teve umas cinco esposas e mais sete filhos), Eastwood continua trabalhando, realizando filmes maravilhosos tipo "Gran Torino", "Garota de Ouro", "Invictus", "J. Edgar", etc.
E ainda é um apaixonado por Jazz com uma extensa coleção de LPs, toca piano e já foi até prefeito de uma cidadezinha na California. E faz muita atividade física, sobretudo musculação.
Duas declarações desta entrevista me chamaram mais atenção:
"Quando você envelhece, pode tornar-se introvertido e ficar nostálgico por coisas que fez ou não durante a vida ou tentar crescer e tornar-se um ser humano melhor".
"É preciso estar faminto e curioso com a vida para que sua mente não seja levada para um estágio de senilidade. Se você desfruta do que está fazendo e continua aprendendo, permanece vivo. Os anos não significam nada. É preciso estar ativo, ocupado. Não estou pronto para sentar perto de um rio, com uma cerveja na mão, pensando no passado. Ainda há muito por conquistar".
Não são ótimas dicas?
Sou fã da obra de Clint. O filme dele que primeiro me vem à memória sempre é a pequena obra-prima "As Pontes de Madison" (com a fenomenal Meryl Streep), onde ele foi ator e diretor e ainda fez a adaptação do roteiro do livro original ("The Bridges of Madison County" de Robert James Waller).
É isto.
No momento em que termino essas mal...(lá vou eu de novo) já passa das nove e trinta da manhã. Cedo para um feriado mas ótimo horário para começar a organizar as coisas que desejo, já que não fui para aquela casinha litorânea...
E neste instante está rolando no player "The Koln Concert", obra fundamental do genial pianista Keith Jarrett.
Bom feriado e bom fim de semana!



"Conta a história de uma mulher casada (Francesca), já em idade madura, que se envolve com um fotógrafo da revista National Geographic que vai a Madison, em Iowa, captar imagens das famosas pontes.
Os quatro dias que passam juntos são para ela um momento fundamental na sua vida, pela relação extra-matrimonial que mantém com Robert, história que escreve no seu diário encontrado por seus filhos depois de sua morte".

P.S.: Estava esquecendo que hoje é o "Dia da Pátria". Desfilei muito no 7 de setembro. Já foi um dia de festa. Hoje é pouco lembrado a não ser pelo feriado.

2 comentários:

Denise D+ disse...

Sempre ótimos os seus textos Marcos. Deliciosos de ler. E a cena do filme é emocionante. Esse filme é inesquecível.
Bom final de semana!

Anônimo disse...

Excelente, Marcos. Nao conhecia esse filme. Vou procurar em DVD.