6 de março de 2012

Barcas Rio-Niterói: Classe A

Este ano é de eleições (Prefeitos e Vereadores) e aos poucos nosso blog vai retomando com mais intensidade a sua parcela política.
O vídeo ficcional abaixo deve ter sido encomendado por algum inimigo do Governador Sérgio Cabral.
Se for isso mesmo, provavelmente quem encomendou se já governou não fez muita coisa. E, se nunca foi eleito e vier a governar, não deverá fazer muita coisa também.
Não precisa ser um mago para adivinhar isso.
É que atirar pedras é mole.
É assim que funciona a política.
Mas porque nós adicionamos o vídeo aqui? Porque a passagem aumentou muito mesmo, porque o serviço deixa a desejar e porque ele - o vídeo - é muito bom na sua ironia.
Acima das posições políticas reina a piada bem feita, venha de onde vier.


Um comentário:

Anônimo disse...

É isso mesmo, prezado.
A seguir artigo recente do Artur Xexeo, sobre a atuação dos governantes.

A foto foi publicada na seção Eu-Repórter, aqui do GLOBO, na última quarta-feira. Exibia uma caixa d’água destampada à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, deixada lá pela prefeitura. À denúncia do leitor Olavo Pereira, a Secretaria municipal de Conservação respondeu, alegando que a caixa está lá para ser “utilizada na lavagem de material usado na reforma da pista de skate, em fase final de execução”. Quanto ao fato de a caixa d’água estar destampada, o que é um convite à visitação do mosquito da dengue, a prefeitura promete resolver ou problema, ou seja, tampá-la, “ainda esta semana”.

Deixa eu ver se entendi: a prefeitura admite que é um erro manter a caixa destampada e garante que, “ainda esta semana”, vai providenciar uma tampa? O que impede a prefeitura de tampar a caixa imediatamente? É necessário fazer uma reunião? Uma licitação para comprar a tampa? Um estudo de impacto ambiental?

Uma simples caixa d’água à beira da Lagoa mostra o imobilismo das nossas autoridades. Tudo parece que pode ser resolvido mais tarde. Nada é para agora. O noticiário dos últimos anos está cheio de promessas do governo do estado em relação à situação de nossos trens, de nosso metrô, de nossos bondinhos. A SuperVia está caindo aos pedaços. O metrô está uma bagunça. Os bondinhos de Santa Teresa sumiram do mapa. Mas o governo promete trens novos, promete cobrar uma boa administração do metrô, promete recuperar os bondinhos, mas só para o fim do ano, para 2013, para antes da Copa e até para depois da Copa! O governo de Sergio Cabral é um governo de reeleição. Quase na metade de sua segunda adminisração, Cabral deveria estar exibindo resultados, mas acha que ainda é tempo de fazer promessas. Com o caos em torno de todo o sistema de transportes do Rio, cabe a pergunta: afinal, o que faz o secretário de Tranportes, Julio Lopes? Seja qual for a resposta, posso garantir que ele faz muito devagar.

Esta semana, o “Jornal Nacional” exibiu uma série de reportagens sobre a situação dos aeroportos no país. Não apresentou novidade alguma. A situação é igualzinha à de reportagens feitas seis meses atrás, um
ano atrás ou dois anos atrás. No Galeão, então, a situação é ainda pior. Sei que reformar um aeroporto é tarefa complexa. Mas não me parece complexo acabar, por exemplo, com os táxis bandalhas ou com
carregadores de malas fazendo câmbio informal de dólares. O que impede a Infraero de terminar com a violação de bagagens antes que elas cheguem na esteira para os passageiros? No dia 24 de fevereiro do ano passado, Cora Rónai escreveu uma coluna sobre uma visita guiada que fez ao Galeão. Ali, a equipe da Infraero disse à cronista que os elevadores estavam “em vias de troca”. Um ano depois, a série da Globo mostrou que os elevadores continuam parados. O que impediu a Infraero, nos últimos 12 meses, de trocar os elevadores?

Diferentemente da população, as autoridades no Brasil não têm pressa. Nem para tampar uma caixa d’água.