Vocês podem conferir esse post clicando aqui.
Nesse artigo o jornalista fazia algumas considerações interessantes, como por exemplo:
"É bem difícil para a grande imprensa assistir impávida ao autodesmoronamento da oposição no país, uma oposição tratada nos últimos oito anos a pão de ló, recebendo amplo noticiário para qualquer de suas teses, quer estivessem bem fincadas na realidade quer não. A experiência manda que tenhamos sempre um pé atrás quando, assim do nada ou do "quase nada", surge denúncia de enriquecimento ilícito envolvendo um figurão da República. Por trás da "história" pode existir lista em ordem alfabética de interesses a atender, de beneficiários a contemplar, ainda mais quando o procedimento padrão de investigação parece tão exato e preciso quanto a previsão da ocorrência concomitante de terremotos e de imensas ondas a varrer do mapa cidades e usinas nucleares."
Bem Palocci saiu e podemos perguntar: o que vem agora? Nos oito anos do governo Lula (que jogou esse país em outro patamar, para o alto, como todos sabemos) a perseguição foi grande e incansável.
Já era de se esperar o mesmo com Dilma (é claro que o alvo não era Palocci e sim a governabilidade de Dilma).
Buscando textos mais abalizados sobre esse assunto, achei esse no blog "Escrevinhador" do Rodrigo Vianna. Foi escrito por Izaías Almada e é tudo que gostaríamos de chamar a atenção neste momento, a começar pelo título: "A necessária união em torno de Dilma".
"Neste último final de semana almocei com o meu filho mais velho, o André, para comemorarmos o seu aniversário. Ele é designer e trabalha num escritório de arquitetura e decoração de São Paulo. Conversa vai, conversa vem, entre uma boa perna de cabrito e uma caipirinha, ele me contou a história de uma sua nova colega de trabalho, que voltou há pouco tempo da Inglaterra. Em resumo, sua colega resolveu, após cinco anos na Europa, voltar para o Brasil e disse que no momento o nosso país é “a bola da vez” na Europa. Irônico, perguntei: Mas por quê? Samba, carnaval, futebol, corrupção? Não, disse o meu filho, ela diz que por lá o Brasil apresenta um novo perfil: um país que está vencendo a crise econômica, que apresenta um bom índice de empregos formais, que apresenta índice de crescimento compatível com a sua economia, que tem liderança na América Latina sem ambições expansionistas, etc. Um exemplo, afinal.
Curioso, pensei. Não é exatamente o quadro que o velho e insistente PIG, com seus jornalões, revistões e televisões nos querem fazer crer. Aliás, como já o fizeram durante os oito anos do governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva. A mesma técnica do, sempre e quando puder, se criar fatos que possam ser explorados como uma perspectiva de crise política, encobrindo os fatos relevantes de programas do governo como o novo “Minha Casa, Minha Vida”, o “Brasil sem Miséria” (programa que atinge a 16 milhões de brasileiros), a defesa da indústria naval e petroleira do país, entre outros. Ou seja, a velha e surrada tentativa de esconder a incompetência de governos anteriores como os de FHC, Collor, Sarney et caterva…
A presidenta Dilma Roussef tomou posse há seis meses para um mandato de quatro anos. Com grande experiência em gestão e administração dos negócios públicos, depois de passar pelo Ministério das Minas e Energia e pela Casa Civil da Presidência, Dilma – pelo seu próprio currículo – ainda precisava ser testada num dos aspectos mais sensíveis para quem exerce a presidência de uma nação: as questões políticas. Nestas, muitas vezes, políticos mais experientes já escorregaram. Formar um ministério, por exemplo, é uma questão complexa num quadro de democracia representativa, onde o interesse do país é obrigatoriamente permeado por interesses e alianças que se fazem para alcançar a vitória, no caso, diante de adversários inescrupulosos, conservadores e de viés nitidamente antinacionais.
Há um compromisso da presidenta Dilma Rousseff com o país e com os mais de 60 milhões de eleitores que a sufragaram. Esse compromisso passa pelo aprofundamento das políticas sociais de inclusão, pela defesa da indústria nacional, pela defesa da nossa soberania, pela integração sul americana, pela autodeterminação dos povos, pela paz mundial, para ficarmos nos exemplos mais sonantes. Dilma Rousseff honrará esses compromissos, o seu passado político aponta nessa direção."
Leia o restante: Escrevinhador
Um comentário:
São Paulo – Sem Antonio Palocci na Casa Civil, a presidenta Dilma Rousseff começa agora a ter maior liberdade no seu governo, sem necessidade de padrinhos protetores. A avaliação é do El País. Para o jornal espanhol, "Dilma começa a ser Dilma", soltando, assim, as "amarras" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o periódico, um sinal significativo de sua independência é a escolha de não emplacar outro grande nome do governo Lula, optando por uma senadora representante de uma nova geração de políticos. "Gleisi Hoffman se parece muito com Dilma quando foi escolhida para ser ministra do que com Palocci", escreve El País.
O jornal também levanta dúvidas citadas por analistas políticos sobre a vulnerabilidade do governo com uma ministra inexperiente à frente da Casa Civil, já que Palocci era o encarregado de ser o articulador nas relações com os partidos no Congresso Nacional. Dessa forma, as circunstâncias obrigariam Dilma a criar marcas para seu verdadeiro governo, já que, até agora, o Executivo era de formação "Dilma-Lula".
A presidenta deverá esperar algum tempo para saber se sua decisão, que lhe custou "sangue e suor", terá resultados positivos, na análise do El País. Se assim for, começaria a caminhar com seus próprios pés e teria, ela própria, de assegurar a reeleição em 2014. "Do contrário, Lula já havia deixado claro que segue no banco de reservas, preparado para liderar o time, o que quer dizer voltar em 2014", escreve o jornal.
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