15 de junho de 2011

Brasil, "uma referência positiva para outras nações".

As questões internacionais - políticas, econômicas, sociais, ambientais, etc - sempre foram muito atraentes para mim, pena que acordei um pouco tarde para desbravar caminhos profissionais neste campo, dominar idiomas, buscar brechas no Instituto Rio Branco...

No entanto, realizo-me um pouco assistindo e testemunhando com prazer a desenvoltura fantástica de alguns indivíduos públicos brasileiros, verdadeiramente os grandes responsáveis pelo arremesso atual do país num seleto grupo de países admirados e invejados por várias nações e povos, como é o caso do ex-ministro Celso Amorim, atualmente também um colunista - Radical Livre - da Revista CartaCapital

Ainda que a ira cultivada pela mídia tradicional brasileira - direitista por natureza e neoliberalista por conveniência - ainda invista fortemente dentro das fronteiras contra a política internacional vitoriosa do governo Lula, lá fora o mundo inteiro nos olha com incomum admiração e flerta conosco por oportunidades de negócios e parcerias.

Na coluna Radical Livre desta semana o ex-ministro é mais uma vez muito feliz na abordagem, e continua firme no propósito de ajudar o nosso povo a entender melhor a lógica das nações e os interesses não declarados de uma elite brasileira que fincou o pé no passado...pela ótica, é claro, de um verdadeiro democrata nacionalista e homem público por excelência.

“O Egito será o próximo Brasil”

Essa frase pronunciada pela presidenta (reitora) da Universidade Americana do Cairo, Lisa Anderson, ao fazer a apresentação da conferência que proferi no tradicional Oriental Hall, defronte à Praça Tahrir, no domingo passado, é cheia de significação. Por um lado, denota o otimismo de muitos dos que participaram da revolução de janeiro-fevereiro e cujos desdobramentos continuam a ocorrer. Por outro, demonstra como o nosso país se tornou referência positiva para outras nações em desenvolvimento em busca de seu destino. O próprio objeto da palestra para uma plateia de ministros, diplomatas, professores e jovens estudantes já era revelador do desejo que os egípcios de todas as idades e classes sociais (e mesmo confissões religiosas) têm de aprender com outras experiências de transição política.
No mesmo dia, mais cedo, tive a ocasião de participar de uma mesa-redonda durante uma audiência de, sem exagero, umas mil pessoas sobre o mesmo tema. Havia jovens, professores, moças com o hijab e outras de cabeça descoberta. A que fez parte da minha mesa incluía-se nessa categoria, mas muitas outras demonstravam com sua vestimenta sua convicção religiosa. O traço comum era o desejo de encontrar respostas para o momento crítico que o Egito vive. Muitas dessas questões nós enfrentamos no passado, com respostas que muitos até hoje não consideram satisfatórias, entre elas as relações entre o poder civil e os militares, a responsabilidade por atos cometidos durante o ancien régime ou enquanto durou a repressão, a conveniência de uma Constituinte exclusiva ou a realização, de acordo com as regras atuais, de eleições legislativas, no Egito já fixadas para setembro, ou das presidenciais, ainda não marcadas, mas que presumivelmente deverão realizar-se no início do próximo ano." 
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