Como divulguei o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival aqui, nada mais justo que fazer um balanço de como foi a edição 2011.
Mas não vou me estender muito. Quer dizer, mais ou menos.
Esse ano foi ótimo porque não choveu e a temperatura estava muito agradável.
Tanto os shows diurnos como os noturnos foram beneficiados com essa colaboração de São Pedro (até porque o dia dele é esta semana).
Firma-se ainda mais o festival como um dos mais importantes eventos musicais do país.
A plateia receptiva, de alto nível (só vai quem é mesmo ligado em Blues, Jazz e Música Instrumental de forma geral) e de diversas partes do país esteve presente mais do que nunca, com uma expectativa de público de cerca de 125.000 pessoas.
Não posso dizer qual foi o melhor show porque - como de hábito - não assisti a todos.
Mas todos que vi gostei muito.
Só vou frisar um detalhe: fui surpreendido por uma banda desconhecida (para mim) e que eu classifico como o melhor show que vi em nove anos de festival.
Não foi a mais técnica. Foi a apresentação mais gostosa de se ver e participar.
Na quinta eu assisti a Saskia Laroo Band à noite em Costazul. Como estava um pouco distante (a própria grandiosidade do palco já dá um distanciamento do público) comentei com o amigo Gil e com minha esposa: - esse mesmo show à tarde no pequeno palco da Lagoa de Iriri vai pegar fogo.
Não deu outra.
Partimos prá lá às 14:00 h de sábado e o resultado foi esse que eu falei: o melhor show que já vi nos nove anos do evento!
Saskia é uma trompetista holandesa de formação jazzística tradicional. No entanto ela não montou uma banda pra ela. Montou uma festa itinerante onde existem componentes de diversas partes do mundo (europeus, americanos, africanos) e cujo gênero "Jazz" se subverte e avança por tudo que possam imaginar: do Pop/Rock à World Music, num mix que tem salsa, música africana, rap, bossa-nova, electro, etc.etc... E Jazz & Blues também.
A animação transbordante e a interação com o público presente fizeram toda a diferença, chegando a ser emocionante.
A muito tempo acho que o futuro da música, assim como tudo, não pode ser estanque. Somente a união de tudo e de todos dá um sopro de vida a esse mar de complexidade e perplexidade em que estamos submersos.
Acho que gostei tanto porque vi naquele grupo multinacional - melhor dizendo, transnacional - essa metáfora de uma "salvação" do mundo.
Em determinado momento o percussionista africano (Senegal) incitado por Saskia, cantou no idioma pátrio (dele) o que parecia ser uma oração. Belíssima.
No final ele juntou as mãos e falou "Senegal-Brasil, juntos".
É esse o resumo. Todos juntos, rumo ao futuro. Não existe outra saída.
The Saskia Laroo Band
2 comentários:
Pelo video, fotos e seu comentário, deve ser muito legal mesmo.
Amei o festival e fui lá seguindo as dicas do blog!
Obrigada!
Também adorei a banda da Saskia, sobretudo do cantor da Guiana.
Bjs.
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