Faz tempo que não fazemos um "Fim de Semana Musical no Blog".
Seguem algumas para vocês relembrarem neste sábado claro de julho, noite de lua cheia.
Espero que gostem.
Anunciado ontem no front line do Rock in Rio, o grande Stevie Wonder está comemorando 50 anos de carreira. Um dos maiores de todos os tempos.
Em termos de quantidade e qualidade da produção musical (nesse caso música Pop) os Bee Gees foram um dos poucos grupos que (a meu ver) se aproximaram dos Beatles. Top Line.
Trilha do clássico filme "Sem Destino". Classic Rock.
Uma das canções da maravilhosa trilha-sonora do ótimo filme "Na Natureza Selvagem" ("Into The Wild"), que eu recomendo. Eddie Vedder do Pearl Jam.
O desafio de aproximar a sofisticação do Rock Progressivo com a música Pop mais acessível é a proposta do estilo que foi chamado A.O.R. (Adult Oriented Rock). O Alan Parsons Project conseguiu isso muito bem. A bela (e melancólica) "Time" é uma prova disso.
Para que não digam que só coloco aqui música internacional, seguem duas de dois mestres do soul brasileiro.
As últimas noites tem sido brindadas como uma lua linda. Me lembrei dessa do grande Cassiano.
Outro gênio da Soul Music Brasil: o baiano Hyldon. "As Dores do Mundo", de 1974.
6 comentários:
Dorei.
Me emocionei recordando.
Obrigada!
Bjs!
Música muito boa mesmo, Marcos. Adoro suas seleções. Gostei de ver o Cassiano e o Hyldon aqui. Mas a surpresa foi o Eddie Vedder. Fiquei curiosa com o filme.
E a lua tá linda mesmo! ;)
Ótima música do Eddie Vedder e o filme é sensacional. Segue a sinopse.
nto the Wild (br: Na Natureza Selvagem / pt: O Lado Selvagem) é um filme de longa-metragem do gênero drama estadunidense de 2007, dirigido por Sean Penn, baseado no livro homônimo, do jornalista Jon Krakauer, que conta a história verídica de Christopher McCandless, um jovem recém-formado que se aventura pelos Estados Unidos da América até chegar ao inóspito Alasca.
Em 1990, com 22 anos e recém-licenciado, Christopher McCandless ao terminar a faculdade, doa todo o seu dinheiro a uma instituição de caridade, muda de identidade e parte em busca de uma experiência genuína que transcendesse o materialismo do cotidiano. Abandona, assim, a próspera casa paterna sem que ninguém saiba e mete-se à estrada. Deambula por uma boa parte da América (chegando mesmo ao México) à boleia, a pé, ou até de canoa, arranjando empregos temporários sempre que o dinheiro faltasse pois, Chris acaba por abandonar o seu carro e queimar todo o dinheiro que levava consigo para se sentir mais livre, mas nunca se fixando muito tempo no mesmo local. Desconfiado das relações humanas e influenciado pelas suas leituras, que incluíam Tolstoi e Thoreau, ansiava por chegar ao Alasca, onde poderia estar longe do homem e em comunhão com a natureza selvagem e pura. O que lhe acontece durante este percurso transforma o jovem num símbolo de resistência para inúmeras pessoas.
Christopher dá igualmente início a uma aventura que mais tarde viria a encher as páginas dos jornais e que termina com a sua morte no Alasca.
Sean Penn vai intercalando a viagem de McCandless com breves flashbacks do seu passado, narrados em voz off pela irmã de Chris. Chistopher quer fugir a uma família materialista, hipócrita e cheia de mentiras. Penn tem olho de cineasta e a sua câmara vai captando melancolicamente, com vagar e gosto, a paisagem americana, ao som da excelente banda sonora de Eddie Vedder, embalando o espectador, que é quase hipnotizado pelas imagens e som. Penn tem ainda a mestria de não entrar muito pelo lado místico ou esotérico do rapaz timido, mostrando-nos apenas o lado de McCandless extremamente simpático, uma pessoa que faz amigos com facilidade, com uma simpatia espontânea, onde apenas se entrevê uma certa tristeza interior, não obstante toda a força que possui. Claro que a isto não é estranha a tranquila mas marcante interpretação de Emile Hirsch.
Tal como aconteceu com o excêntrico Timothy Treadwell, retratado em 'Grizzly Man', também aqui McCandless não é bem tratado pela rude e impiedosa natureza que tanto amou, e onde procurou uma solução para o seu vazio. O tocante final do filme, é o derradeiro motivo para admirarmos esta sétima obra de Sean Penn atrás da câmara.
Era Christopher McCandless um aventureiro heróico ou um idealista ingénuo, um Thoreau rebelde dos anos 1990 ou mais um filho americano perdido, uma pessoa que tudo arriscava ou uma trágica figura que lutava com o precário balanço entre homem e Natureza e contra o materialismo da sociedade?
Podem se seguir discussões e debates para decidir se era ele uma resposta a uma sociedade doente ou um jovem intenso demais em tudo que fazia. Porém, todo julgamento que fizermos dele será hipotetico: sobre alguem que atravessou as fronteiras de si mesmo e chegou onde poucos habitam, que experimentou o seu jeito de viver e concluiu que seu lugar no mundo não era tão ruim assim. Mas já era tarde demais para voltar, ele já estava onde o julgamento nem bem compreende e nossa sociedade isolada em suas redes de comunicação não pode sequer supor.
A banda/trilha sonora do filme ficou a cargo de Michael Brook, Kaki King, e Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam). Esse trabalho de Eddie Vedder foi seu primeiro álbum solo e obteve nomeação para vários prêmios nas categorias de melhor canção e melhor banda sonora.
"Dorei" too!
Marquinhos, a seleção mais uma vez ótima. Acompanhou melhor ainda a sequência de postagens anteriores, dando um sentido profundo ao chamamento da crise, do vazio e do luar magnífico do fim-de-semana.
Adorei rever o Steve e o Bee G...
M.I.A. e Josi: obrigado pela presença aqui no blog. Que bom que gostaram!
Anônimo: Valeu por ter enfatizado o filme da canção "Society" do Eddie Vedder. Muito boa a crítica e o filme vale a pena ser visto. É o tipo de filme "cult" que infelizmente não alcançou maiores platéias.
Luiz Felipe: eu tinha lido todos os seus últimos posts. Quando seleciono músicas não penso muito, procuro no You Tube as primeiras que me vierem à mente. Daí a ligação no inconsciente...
P.S.: vou tirar uns dias de 'folga'. :) Abração.
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