Essa semana fizemos post com fotos sobre as premieres do lançamento de “Harry Potter e as relíquias da morte — Parte 2” em Londres e Nova Iorque.
Na madrugada desta sexta-feira aconteceu a pré-estreia no Brasil e agora à tarde começa a ser exibido nos cinemas de todo o mundo o derradeiro episódio da série.
O primeiro livro foi publicado em 1997. Sete livros (que já venderam 450 milhões de exemplares) e oito filmes depois chega ao fim a série que foi um marco do final do século XX e início do século XXI.
Um pré-adolescente que leu "A Pedra Filosofal" aos 11 anos - por exemplo - e acompanhou toda a série (livros e filmes) está agora com 25 anos! Isso significa que Harry Potter acompanhou toda sua juventude. Mil vezes melhor que o programa da Xuxa!
Fizemos esse post especial para homenagear os fãs e registrar o evento. Como só vamos assistir na semana que vem pesquei na Internet uma crítica do último filme, de autoria do crítico André Miranda.
Inserimos também entrevistas dos protagonistas e a palavra de uma fã que resume bem o que significou a série para essa geração.
Nada de lágrimas pelo fim da série, jovens. A magia de Harry Potter e de todos os personagens ficará para sempre em seus corações e mentes.
A magia das palavras
André Miranda
É uma década de cultura pop que chega ao fim. Hoje, com a estreia de “Harry Potter e as relíquias da morte — Parte 2” ficam para trás sete livros, oito filmes, 11 games e centenas de subprodutos que vão de cuecas a parques de diversão. O diretor David Yates teve em suas mãos, portanto, a imensa responsabilidade de dar fim à série mais bem-sucedida dos últimos anos. Por isso, ele praticamente tinha a obrigação de não decepcionar, sob a ameaça de despertar a ira de crianças que descobriram o bruxinho inglês outro dia ou de jovens adultos que leram seu primeiro livro no lançamento, em 1997, e cresceram junto com seus personagens.
Mas o que o novo “Harry Potter” tem de melhor é justamente a compreensão de que a história criada por J. K. Rowling não se limita a um menino amadurecendo em meio a um mundo maior do que ele. O Harry (Daniel Radcliffe) de Yates, ele mesmo diretor dos três filmes anteriores da franquia, é um rapaz com uma responsabilidade que não pediu para carregar e da qual não entende bem a origem. Elementos como família, amizade, lealdade, vingança e desejo, que foram sendo explorados ao longo da série, se unem e resultam num homem completamente atormentado com as questões mais básicas da filosofia. “Quem sou eu?”; “Para onde eu vou?” Em “Harry Potter e as relíquias da morte — Parte 2”, o bruxo tem as duas perguntas finalmente respondidas pela morte de um importante personagem e pelo “renascimento” de outro.
A esta altura, todo mundo, bruxo ou trouxa, já deve estar cansado de saber, mas não custa explicar a trama da série. Harry é o filho órfão de magos poderosos que, quando bebê, teria sido responsável pela maior derrota da vida do malvadão Lorde Voldemort (Ralph Fiennes). Daí para a frente, o vilão quer retornar para se vingar, mas Harry e seus amigos, principalmente Hermione (Emma Watson) e Ron (Rupert Grint), ficam se esforçando para impedir.
“Harry Potter e as relíquias da morte — Parte 2” mostra como a turma de Harry se articula para destruir as tais relíquias e defender a escola de magia de Hogwarts dos ataques dos inimigos. A direção de Yates alterna planos retirados dos melhores épicos de guerra com situações típicas de filmes adolescentes. Num momento, as tropas de Voldemort cercam Hogwarts, em imagens lindíssimas; noutros, Hermione tasca um esperadíssimo beijo em Ron. Os meninos vibram, as meninas suspiram.
As descobertas do herói
Mas o que importa, e o que faz bem a este desfecho, é aquilo que se passa dentro da cabeça do protagonista, num tom sombrio que foi visto pela primeira vez em “Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban” (2004), de Alfonso Cuarón, o terceiro e talvez melhor filme da série. Lá, ficara claro para todos que o herói estava ficando mais velho e não poderia mais ser reduzido às piadas e travessuras infantis dos dois primeiros filmes. Agora, com “Relíquias da morte — Parte 2”, Harry descobre aonde suas escolhas vão levá-lo. Descobre que algumas vidas podem ser marcadas pelo sacrifício. Outras pelo amor. Descobre que alguns amigos não são tão perfeitos quanto se pensava, enquanto os aparentes inimigos podem trazer sentimentos bons escondidos embaixo de suas capas.
Harry compreende a mensagem que um velho amigo lhe diz: “Palavras são nossa maior fonte de magia.” O sucesso de uma série surgida nas palavras escritas por J. K Rowling comprova muito bem isso.
Fonte: RioShow
Dica para os fãs de Harry Potter: Potterish.com
4 comentários:
Vc falou pra ñ chorar mas eu já to chorando mto pelo fim da serie. :(
Harry Potter, forever in my life...
não vou chorar, não vou chorar .. ok, vou chorar D:
Para mim, a obra literária é especial porque ainda me lembro do que senti ao ler cada um dos livros, deixaram uma marca indelével. Porque choro sempre exatamente nas mesmas partes, não importa quantas vezes os tenha lido. Porque em cada livro, sob a capa de cada história, há sentimentos muito fortes e muito bonitos, maravilhosamente escritos. Porque, no seu conjunto, é a mais detalhada e sentida descrição de um percurso de maturidade, desde a infância até à idade adulta, passando pelo período sombrio da adolescência. Porque J.K. Rowling mostrou, através de um mundo imaginado, que o amor é o centro de tudo, é o nosso bem mais precioso, é o que nos define, é uma arma, é uma protecção contra o medo, a raiva, o desespero,... é o derradeiro sentido da vida.
Postar um comentário