17 de agosto de 2009

Ministério Público Federal entrou com Ação Civil Pública contra o Porto do Açu, saiu no Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim:

"MPF contesta construção de porto privado de R$ 6 bilhões Procuradores pedem inconstitucionalidade da Lei dos Portos
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública contra a LLX Açu Operações Portuárias e LLX Minas-Rio Logística Comercial Exportadora por causa da construção irregular do Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra (RJ). O projeto prevê o movimento de 25 milhões de toneladas em mercadorias por ano. O MPF pede também que seja declarada a inconstitucionalidade da lei que regulamenta os portos brasileiros (Lei 8.630/93), que permite a privatização sem Fiscalização do poder público, o que é vedado pela Constituição, pois apenas a União pode explorar os portos marítimos, diretamente ou por delegação. A ação, com pedido de liminar, foi movida pelos procuradores da República em Campos dos Goytacazes, Eduardo Santos e Carmen Sant’anna e tramita na 1ª Vara Federal de Campos (proc. 20095103002048-8).
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) também são réus na ação. O INEA forneceu licenças ambientais sem um Estudo Prévio de Impactos Ambientais (EPIA) aprovado e a Antaq autorizou a exploração do porto, por tempo indeterminado, alegando que ele seria de pequeno porte. O complexo, que também abrange o pátio logístico do porto, ocupará uma área acima de 7.500 hectares. Em liminar, o MPF pede que sejam anuladas as licenças ambientais e a autorização fornecidas pelo Inea e a Antaq, bem como a imediata paralisação de qualquer atividade por parte dos empreendedores.
Outra irregularidade apontada na ação é a falta de licitação para a construção do complexo, avaliado em R$ 6 bilhões. A licitação seria obrigatória se o empreendimento tivesse sido corretamente enquadrado como porto público. O porto está previsto para ser o maior da América Latina. O MPF suspeita que houve também desapropriação de terras de uma fazenda por meio de decreto do Estado. Em 2007, o governo do Rio de Janeiro declarou as obras e as atividades de infra-estrutura para a instalação do porto como de utilidade pública.
“Como o Porto do Açu escoará as cargas que bem entender o seu proprietário, pode-se dizer que o Brasil terá uma nova e grande porta de entrada e que a chave foi entregue pela União a um de seus cidadãos em detrimento e à revelia de todos os demais”, afirma o procurador da República Eduardo Santos, que lamenta a forma como esse empreendimento foi projetado e autorizado.
O professor da Universidade Federal Fluminense, Aristides Soffiati, que analisou o EPIA, aponta diversos danos ambientais do complexo, como uma grande mortandade de peixes, camarões e tartarugas marinhas devido à dragagem em andamento. Além dos prejuízos à pesca na região, poderá haver destruição dos ecossistemas de várias lagoas, entre elas, a Lagoa Salgada, que poderá ser considerada monumento palenteológico da humanidade pela Unesco. O complexo também invade Área de Proteção Permanente (APP).
(*) Eike Batista, sócio de Daniel Dantas, segundo a Satiagraha, recebe tratamento VIP no PiG (***), especialmente na coluna do Ancelmo Góis, no Globo, que o trata como se fosse uma combinação de Henry Ford com Madre Teresa de Calcutá. Essa LLX é uma das obras primas de Eike. Eike Batista, que a coluna do Ancelmo descreve como um gênio caridoso, só não foi preso numa operação da Polícia Federal, porque houve um pequeno “deslize de conduta” de um delegado ….
(**) Daniel Dantas também levará uma cacetada, se a Justiça acatar o pedido do MPF de cancelar a Lei dos Portos, que abriu os portos do Brasil aos amigos de Daniel Dantas.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
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CONVERSA AFIADA

Quem sabe agora os mega-especuladores e mega-mercadores, Eike Batista e sua tropa de ex-petroleiros, não expliquem melhor o que de fato estão aprontando nesta região miserável e abandonada pelos órgãos de fiscalização da Prefeitura de São João da Barra, do Estado do Rio de Janeiro e do Governo Federal!!?

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