31 de agosto de 2011

Depois da Líbia...

Em uma rápida 'navegada' agora descobri o site Global Research e achei interessante por ser mais um a trazer um olhar diferente do que a grande midia nos mostra diariamente.
Selecionei trechos de um artigo sobre os planos EUA-OTAN com relação à Síria, já visando ataque ao Irã.
Vejam só...

(...) "Como parte deste cenário de guerra prolongada, a aliança EUA-OTAN planeja travar uma campanha militar contra a Síria sob um "mandato humanitário" patrocinado pela ONU.

A escalada é uma parte integral da agenda militar. A desestabilização de estados soberanos através da "mudança de regime" está estreitamente coordenada com o planeamento militar.

Há um roteiro militar caracterizado por uma sequência de teatros de guerra EUA-OTAN."

(...) "Os preparativos de guerra para atacar a Síria e o Irã tem estado num "estado avançado de prontidão" durante vários anos. O "Syria Accountability and Lebanese Sovereignty Restoration Act" , de 2003, classifica a Síria como um "estado vilão", como um país que apoia o terrorismo.

Uma guerra à Síria é encarada pelo Pentágono como parte da guerra mais vasta dirigida contra o Irã. O presidente George W. Bush confirmou nas suas Memórias que havia "ordenado ao Pentágono planear um ataque a instalações nucleares do Irã e [havia] considerado um ataque encoberto à Síria" (
George Bush's memoirs reveal how he considered attacks on Iran and Syria , The Guardian, November 8, 2010)

Esta agenda militar mais vasta está intimamente relacionada com reservas estratégicas de petróleo e rotas de oleodutos. Ela é apoiada pelos gigantes petrolíferos anglo-americanos."

(...)"
A estrada para Teerã passa por Damasco. Uma guerra promovida pelos EUA-OTAN contra o Irã envolveria, como primeiro passo, uma campanha de desestabilização ("mudança de regime") incluindo operações de inteligência encoberta em apoio de forças rebeldes dirigida contra o governo sírio.

Uma "guerra humanitária" sob o lema de "Responsabilidade para proteger" ("Responsibility to Protect", R2P) dirigida contra a Síria também contribuiria para a desestabilização em curso do Líbano.

Se se desenvolvesse uma campanha militar contra a Síria, Israel seria direta ou indiretamente envolvido nas operações militares e de inteligência.

Uma guerra à Síria levaria à escalada militar.

Há atualmente quatro diferentes teatros de guerra: Afeganistão-Paquistão, Iraque, Palestina e Líbia.

Um ataque à Síria levaria à integração destes teatros de guerra separados, conduzindo eventualmente a uma guerra mais vasta no Médio Oriente e Ásia Central, abarcando toda a região desde o Norte de África e o Mediterrâneo até o Afeganistão e o Paquistão.

O movimento de protesto agora em curso destina-se a servir de pretexto e justificação para uma intervenção militar contra a Síria. A existência de uma insurreição armada é negada."(...)

Leia mais em "Uma 'guerra humanitária' à Síria?"

Quanto à Líbia, recebi e conferi o artigo abaixo no site Patria Latina, procedente do mesmo Global Research:

I - SOBRE KADDAFI, SEJA O BIZARRO QUE FOR, A ONU CONSTATOU EM 2007:

1 - Maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África (até hoje é maior que o do Brasil);

2 - Ensino gratuito até a Universidade;

3 - 10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, tudo pago;

4 - Ao casar, o casal recebe até 50.000 US$ para adquirir seus bens;

5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc...;

6 - Empréstimos pelo banco estatal sem juros;

7 - Inaugurado em 2007, maior sistema de irrigação do mundo, vem tornando o deserto (95% da Líbia), em fazendas produtoras de alimentos.;
E assim vai....
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II - PORQUE DETONAR A LÍBIA ENTÃO?....
Três (3) principais motivos:

1 - Tomar seu petróleo de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas;

2 - Fazer com que todo mar Mediterrâneo fique sob controle da OTAN. Só falta agora a Síria;

3 - E o maior provavelmente. O Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema finaceiro mundial.
Suas reservas são toneladas de ouro, dando respaldo ao valor da moeda, o dinar, e desatrelando
das flutuações do dólar.
O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, após ele propor, e quase conseguir, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dolar.
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III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:
1 - A OTAN comandada pelos EUA, já bombardearam as
principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes
de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e infraestrutura de água, esgoto,
gás e luz estão seriamente danificados;
2 - As bombas usadas contem DU (Urânio depletado) tempo de vida 3 bilhões de ano
(causa câncer e deformações genéticas);
3 - Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicologicamente
por causa das explosões que parecem um terremoto e racham as casas;
4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da OTAN, principalmente as crianças sofrem com a
falta de remédios e alimentos;
5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo as crianças são as mais atingidas;
6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia estão deixando o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egito. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;
7 - Se o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de
ajuda humanitária para sobreviver: Água e comida. De uma população de 6,5 milhões de pessoas.
Em suma: O bombardeio "humanitário" acabou com a nação Líbia. Nunca mais haverá a nação Líbia.
Foram varridos do mapa.
SIMPLES ASSIM.

Um comentário:

J.C. disse...

Sempre achei que essa história da Libia tinha interesses escusos. Os caras sempre apoiaram essas ditaduras e agora posam de inimigos dos ditadores. Eles (as potências ocidentais) é que sempre viabilizaram a tomada e a permanência no poder desses ditadores.