Há uma semana, mais precisamente no domingo passado, 15 de abril, resolvi comemorar meu aniversário de forma diferente.
Queria rever um cena que havia presenciado na adolescência: a beleza do pôr do sol visto a partir da pedra do Arpoador, em direção ao Morro Dois Irmãos, no final do Leblon.
Estávamos em Copacabana e partimos para lá por volta das 16:30h. Acontece que a sorte não estava do meu lado. Um vento forte trouxe nuvens carregadas, a temperatura caiu. Não chegou a chover (só mais tarde) mas foi o suficiente para perder as fotografias que queria tirar do espetáculo da natureza.
Mesmo assim a beleza de Ipanema estava lá, ao anoitecer. A bem da verdade não era só o pôr do sol que estava buscando. Havia ali - em tempos imemoriais - um bar chamado Barril 1800. Também fazia parte de minhas reminiscências e eu queria tomar um chopp lá, naquele fim de tarde.
Pois não achei o Barril 1800. Ou errei de lugar ou ele acabou faz tempo. Deve ser a segunda opção. Provavelmente já estava antigo e ultrapassado. Precisava de um upgrade. E se estou citando isso não significa que também eu esteja na mesma situação. Apenas completei mais um ano de vida, ok?!
Pelo que percebi - se não estiver enganado de local da Vieira Souto - no lugar do Barril 1800 existe hoje um bar de grife paulistana (quem diria) chamado Astor.
Eu e Dácia fomos até lá, afinal a esquina de frente para o mar é irresistível e no final de domingo jovens andando de skate complementavam o visual e a movimentação. Pertinho dali o Hotel Fasano nos olhava com desdém.
Mais uma vez 'dançamos': o Astor (que parece ser bem simpático) estava lotado. Teríamos que enfrentar um bom tempo de espera. Sem chance.
Partimos de volta para Copacabana, em uma longa e agradável caminhada até o Devassa, equina de Bolívar com Atlântica, onde iríamos encarar umas geladas e uns bolinhos de aipim e carne sêca.
Foi nesse retorno, ainda nas fonteiras do Arpoador com Vieira Souto que nos deparamos com a cena que registrei na foto abaixo: um grupo de músicos de altíssimo nível tocando (e dançando) um Jazz ao modo Dixieland em pleno calçadão, já iniciando a noite, fim de domingo.
E é aí que o Rio faz toda a diferença. Além da beleza, cultura e lazer para todo lado. Não sei de onde eram os músicos mas acho que faziam parte de uma banda que acompanhava o Balé Folclórico Nacional da Ucrânia que estava na cidade.
Seria bom que essa efervecência cultural traduzida em shows internacionais, eventos, peças, etc. se espalhasse também para as cidades de porte médio que estão se desenvolvendo junto com o país.
Não basta ter só empregos, dinheiro circulando e shopping centers. Que venha também cultura para todos. Nas ruas, teatros, estádios, etc.
As cidades até podem não possuir pontos tão agradáveis como a Vieira Souto ou Atlântica, mas podem herdar da capital cultural elementos que fazem a vida ficar melhor.
Boa noite de sábado e bom domingo!
3 comentários:
Muito legal essa crônica, Marcos. Conheço o Astor e a Devassa, ambos muito legais. E Ipanema e Copacabana, é claro!
O Bar Astor é mesmo de São Paulo e abriu filial no Rio em 2010, no lugar do jurássico Barril 1800.
Valeu Alice!
Liaam, ainda bem que me reconheço como "jurássico"... Rs.
Quero meu Barril 1800 de volta! :)
Abraços.
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