20 de abril de 2012

...quem disse que os Bancos não iam reduzir os juros absurdos no Brasil?

A frase de ordem no Brasil é: tudo ao mesmo tempo agora! 


Com a palavra a urubóloga global e cia...

E vou dizer mais, que se preparem para os choques de ordem que estão na agulha, pois não somos mais os otários da vez, e creio que os argentinos também acordaram para isso!

O artigo do Carta Maior dá boa forma e dimensão para mais esta conquista histórica da sociedade brasileira diante da ganância desavergonhada do sistema bancário e financeiro.

É verdade, a redução dos juros foi significativa e há anos que ouvimos que seria algo impensável a redução!

"Juros: a lição que fica

A rendição dos bancos ao novo ciclo de queda dos juros marca um divisor na forma de se fazer política econômica no país. Quebrou-se um lacre político. Rompeu-se uma parede hegemônica ardilosamente defendida durante décadas com argumentos supostamente técnicos. Em uma semana, o que era uma impossibilidade esférica, condicionada ao atendimento de uma soberba lista de 20 'contrapartidas' comunicada a Brasília com deselegância pelo presidente do sindicato dos bancos (Febraban) , Murilo Portugal, reverteu-se em adesão maciça ao corte das taxas.

Como se deu a transmutação da inflexibilidade em cordura? O governo e os partidos progressistas não devem temer a resposta que os fatos comunicam. Ela pode ser resumida numa constatação:o Estado brasileiro deixou de ser, exclusivamente, um agente passivo da ganância e mero coadjuvante das 'forças de mercado' e de seus impulsos gananciosos.

É apenas o começo de uma travessia tateada desde o segundo mandato de Lula e que ganharia importante margem de manobra ideológica no colapso da ordem neoliberal, em 2008. Neste braço-de-ferro dos juros, superou-se a fronteira da ação meramente defensiva para se testar um movimento coordenado, bem sucedido, de cerco e corte dos spreads bancários. Em 15 dias o governo arregimentou os bancos estatais para um corte exemplar nas taxas de até 50% em algumas linhas. Ato contínuo, traduziu-se esse movimento em vantagens para milhões de pessoas oferecendo-se aos correntistas de instituições privadas a oportunidade de trocar de banco e de dívida, em condições vantajosas. A Presidenta da República e o ministro da Fazenda fecharam o cerco contra o bunker argentário com um discurso ineditamente político, incisivo e inteligível à maioria da população. 'Fundamentos técnicos' alegados para a persistência da usura foram esfarelados em praça pública."

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