11 de abril de 2012

O Paulo Henrique Amorim produz entrevista que desmascara o Demóstenes, o Cachoeira e boa parte da extrema direita do Brasil.

Parece incrível, mas hoje fiquei sabendo que o falastrão do Senador Agripino Maia está partindo para uma, como se diz: "agenda positiva", ou melhor, uma temporada na Europa, mais precisamente na Espanha - é claro, fugindo do furacão Demóstenes, que desmascarou os demo do país -, onde a ala mais poderosa da direita daquele continente resolveu levar a sociedade espanhola aos mesmos limites criminosos que levaram na Grécia!

Mas este post tem mesmo a ver é com o furo de reportagem do Paulo Henrique Amorim no último domingo, quando entrevistou o ex-prefeito da segunda maior cidade de Goiás, Anápolis! O Ernani conhece de perto toda a trama montada pelo Carlinhos Cachoeira e o Senador Demóstenes Torres, ex-Dem, para balançar a República e derrubar o Governo do Lula e da Dilma.

Pelo que parece a coisa somente está començando. Veremos nos próximos dias a abertura de uma CPMI mista, envolvendo a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, e muito provavelmente o povo brasileiro ficará muito surpreso com os envolvimentos e crimes praticados largamente por políticos de renome nacional, juntamente com a imprensa de massa e elitista.

Novos capítulos da novela muito em breve!   



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CARTA CAPITAL

2 comentários:

Antonio Carlos disse...

Esta CPI vai mesmo mostrar muita coisa que a população precisa ficar sabendo Luiz Felipe.
É bom que o blog de vocês mostre isso. E cobrar que a CPI não se encaminhe apenas para interesses que se queiram mostrar. Tem que abrir toda a caixa preta.
Parabéns pelo blog.

Marcos Oliveira disse...

Ótima, Felipe! Muito boa mesmo! Começam a ser esclarecidos temas que culminaram com a 'crucifixação' de Zé Dirceu.
Veja (epa!) essa análise sobre a trajetória imposta ao Zé Dirceu, publicada no "Portal Vermelho":

"(...)Desde 2002, paira sobre Dirceu o estigma de maquiavelismo. Seria apenas um homem de poder, basicamente orientado para sua conservação, um homem do contingente, que não faz política para a história? Os fatos e o decurso do tempo respondem à acusação. O que torna impossível à grande imprensa aceitar um retrato favorável do ex-ministro é a sua originalidade como operador político de esquerda.

Todos sabemos que um fato notável da política brasileira é que, apesar de sucessivos deslocamentos políticos, desde a redemocratização do país, a hegemonia dos processos de transição encontra-se com a mesma burguesia, condutora do golpe de 1964. Hábil nas transações com o capital estrangeiro, das quais auferiu vantagens para fortalecimento próprio, a burguesia brasileira não foi menos sagaz no manejo do jogo político.

Comprova-o a obra-prima que foi a eleição de Tancredo Neves (por mecanismo antidemocrático imposto pelo regime militar), os anos Collor e os dois mandatos de FHC. Para termos noção do que isso representou, até o PT, oposto à coligação tancredista, não deixou de sentir a sua pressão, que lhe provocou rachaduras parlamentares e perda de apoio em setores expressivos da classe média.

Desde a política de alianças que levou Lula à presidência, em 2002, às articulações na Casa Civil, Dirceu frustrou expectativas que alimentavam os cálculos das elites desde sempre encasteladas nas estruturas do Estado. O PT que chegava ao poder seria um partido atordoado por suas divisões internas e mergulhado em indefinições estratégicas. Um desvio de curso que não teria vida longa.

A direita apostava na incapacidade do PT em administrar o pragmatismo de um Estado corrupto e patrimonialista, como o nosso. Lembram-se do Bornhausen e do Delfim? Previam, no máximo, dois anos de governo para o PT em meio a crises institucionais. Coube ao Zé Dirceu, o "mensaleiro", a função de viabilizar a governabilidade de Lula e não permitir que esse governo fosse vítima de crises agudas e sucessivas.

Quando Dilma Vana Rousseff, oito anos depois, foi eleita a primeira mulher presidente da República do Brasil, com mais de dez pontos de vantagem sobre seu adversário, José Serra, muitos exaltaram a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Do alto de seu capital político, Lula teria passado por cima do PT, escolhido sua candidata e conseguido eleger como sucessora uma ex-assessora de perfil técnico, estabelecendo um fato inédito: o terceiro mandato presidencial consecutivo para um mesmo partido eleito democraticamente.

Nada disso está incorreto, mas peca pela incompletude. Ferido, contundido nos seus direitos, o operador político José Dirceu teve um papel fundamental para o aprofundamento da democracia brasileira. Talvez, quando o então presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, confirmou oficialmente a vitória de Dilma, Dirceu tenha cantarolado os versos de Aldir Blanc: “Mas sei / que uma dor assim pungente / não há de ser inutilmente”.

Questões de justiça são questões de princípio. Ao contrário do que pensam a imprensa golpista, seus intelectuais orgânicos e acadêmicos subservientes."