Ao que parece a operação 'apaga-incêndio' do G7 no fim de semana não atingiu (pelo menos totalmente) os objetivos desejados.
Ou seja, a coisa tá ficando feia. E eu não sou o culpado. Nem você. Mas pode sobrar (pelo menos um pouco) pra gente, apesar da excelente posição do Brasil nesse quadro de crise (outra vez!) internacional.
Leiam a seguir artigo do Azenha, publicado em Viomundo.
Onde é que você estava em agosto de 2011?
por Luiz Carlos Azenha
"Autoridades bancárias europeias, autoridades do G7 — o grupo que reúne as economias industrializadas — e líderes políticos europeus deram passos extraordinários no dia de ontem.
Considerando que o Hemisfério Norte vive as férias de verão, em que todo mundo some de vista, deve mesmo ser grave a situação.
Todas as bolsas asiáticas abriram em baixa no pregão de segunda-feira, 8 de agosto de 2011. Só as próximas horas vão dizer se, de fato, teremos uma segunda-feira “negra” para os mercados mundiais.
Talvez os mercados se recuperem e você nem precise guardar o que fazia nesta data, do mesmo jeito que guardou o que fazia no 11 de setembro de 2001.
Seja como for, você está vivendo mais um momento histórico.
Dependendo da idade, você viu a queda do muro de Berlim e, em seguida, o fim da União Soviética.
Viu o surgimento do mundo unipolar e, incrivelmente, a perda de poder relativo da única superpotência, com ascensão equivalente dos BRICs.
A diferença, agora, como notou a economista Maria da Conceição Tavares, é que a grande crise que começou em 2008 é espasmódica.
Estou certo de que você não esperava, jamais, ver a China dizer que espera que os Estados Unidos se livrem do “vício” da dívida. Talvez os chineses não tenham entendido que a base industrial norte-americana e que o consumo dos norte-americanos gira 2/3 da economia. O desemprego formal está por volta dos 10%, mas se considerarmos os que já desistiram de buscar emprego…
Agora o medo dos investidores é de que Espanha e Itália não consigam honrar seus compromissos. Próximas na lista: Bélgica e França.
As coisas não precisam chegar à Alemanha para colocar em risco os bancos britânicos, que segundo o jornal Independent tem em suas carteiras o equivalente a 520 bilhões de reais em dívidas de paises da União Europeia.
Num mundo globalizado o risco de colapso, portanto, é global.
Barack Obama, à reboque do Tea Party, vai desmantelar a herança do New Deal nos Estados Unidos.
Partidos socialistas, à reboque dos mercados, vão desmantelar o estado de bem estar social europeu.
A própria União Europeia corre o risco de se desfazer, sob o stress da crise: os postos de controle nas fronteiras são apenas os sinais mais evidentes de que isso já começou.
Estados Unidos, União Europeia e Japão são os grandes mercados mundiais. O aprofundamento da crise, neles, com certeza afetará o Brasil.
Por via das dúvidas, faça uma anotação mental de onde você estava em agosto de 2011. Os netinhos, um dia, podem se interessar."
4 comentários:
É onde nos levaram as ideias e "ideais" neo-liberais dos multimilionários de ultra-direita que financiavam economistas e meios de comunicação.
E agora José?
Com a palavra os históricos neo-liberais e defensores desse tipo de economia.
Nenhum problema se não acabasse sobrando pra todos nós. Eles é que tinham de pagar o pato e não milhões de pessoas desprotegidas em todo mundo.
11:00 h.
Bovespa segue mercados mundiais e cai mais de 4%
Bolsas reagem ao rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos.
Neste momento em queda de 7%!
Dilma age como bombeira:
A presidente Dilma Rousseff considerou precipitada a avaliação feita pela agência Standard & Poor’s, que, na última sexta-feira à noite, rebaixou a nota de risco dos Estados Unidos. “Podemos deixar claro que não compartilhamos com a avaliação precipitada e um tanto rápida, eu diria, não correta da agência que diminuiu o grau de valorização de crédito dos Estados Unidos”, disse a presidente durante declaração à imprensa por ocasião da assinatura de atos com o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, no Palácio do Planalto.
Dilma afirmou que hoje o Brasil está mais forte para enfrentar a crise do que estava no início de 2009, final de 2008.
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