27 de março de 2010

Literatura: De Volta Aos Clássicos Ou O Mundo Pós-Aniversário?

Acho que a última vez que colocamos alguma coisa aqui no Blog sobre literatura foi em dezembro. Faz tempo, né? Não tenho tido muito tempo de colocar as leituras em dia e acho que o Luiz Felipe também não, mas vamos lá...

No verão li apenas três livros: "O Símbolo Perdido" (Dan Brown), "A Verdadeira História Sobre Tina Turner" (Ike Turner) e "O Estrangeiro" (Albert Camus).
Os três são apenas razoáveis. "Símbolo" é inferior a "Anjos e Demonios" e "O Código Da Vinci", mas é interessante por abordar a Maçonaria e por defender uma ideia meio "New Age" de uma era de mudanças positivas na humanidade, além de revelar alguns (apenas alguns) segredos da Maçonaria. Vai dar um bom filme, sobretudo por causa das cenas de ação e por ter criado um vilão bem "casca grossa".





Já o livro do pioneiro músico Ike Turner (que morreu em 2007 aos 76 anos devido a altas doses de cocaína e heroína – e até que resistiu muito tempo...), conta um pouco de sua história. Na verdade é uma resposta ao livro da Tina Turner, sua ex-esposa e parceira musical, que detonou ele, contando detalhes de suas atitudes pouco ortodoxas. O livro é bom porque foi escrito sem meias palavras e ele abre o jogo, com relatos auto biográficos de toda sua vida difícil (negro pobre nos EUA do anos 50).






"O Estrangeiro" do escritor e filósofo franco-argelino Albert Camus (Prêmio Nobel em 1959) é um clássico existencialista. Trata-se de uma obra que traduz o ponto central das ideias de Camus, sobretudo com referência ao “absurdo que é a vida”. É um livro seco e direto sem espaço para sentimentos. Vejam a clássica frase de abertura do romance: "Hoje mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei. Recebi um telegrama do asilo: ‘Mãe morta. Enterro amanhã. Sinceros sentimentos.’ Isso não quer dizer nada. Talvez tenha sido ontem." Confesso que desconfio que Existencialismo é uma filosofia feita por pessoas que tinham problema de embotamento afetivo, depressão, etc. Bem, pode ser que grande parte da filosofia seja mesmo uma questão também psiquiátrica ou neurológica (e olha que eu gosto de filosofia...).

Mas a grande dica do Blog é a banca de jornal! É que, depois de uns 20 anos (eu sei disso porque colecionei naquela época e até hoje tenho alguns exemplares, como "O Morro dos Ventos Uivantes", que minha esposa está lendo agora), retorna a coleção "Grandes Clássicos" da Editora Abril.
Trata-se de uma ótima opção: capa dura em tecido, ótima impressão e preço acessível: R$ 14,90 (eu comprei os dois volumes de "Irmãos Karamazov" para meu filho por R$ 100,00!). Assim, a nossa proposta é o retorno aos clássicos e eu começo a ler hoje o primeiro volume de "Crime e Castigo" de Dostoievski (tá na banca!).
No entanto... se você não quer nada de antigo e sim uma história bem atual, vou tomar a liberdade de indicar um livro que nem li ainda. Na verdade vai ser a minha próxima compra. Como não posso comentar o que não li, copiei e colei logo a seguir uma resenha resumo do livro “O Mundo Pós-Aniversário” (Lionel Shriver). Vejam se não é uma boa opção...
Boa noite de sábado e bom domingo a todos!

O Mundo Pós-Aniversário
Confirmado o talento para o retrato psicológico demonstrado em seu premiado romance Precisamos falar sobre o Kevin, Lionel Shriver, em O Mundo Pós-aniversário, propõe um olhar corajoso sobre as implicações de uma escolha: quem amar. A autora nos envolve em uma história sobre infidelidade, expondo com muita franqueza os dilemas entre a segurança e a paixão, que podem determinar o fim ou o começo de um casamento.
O Mundo Pós-aniversário retrata o relacionamento aparentemente sólido de um casal de americanos radicado em Londres. Ele é um disciplinado pesquisador de um instituto de estudos estratégicos; ela, uma acomodada ilustradora de livros que depara com uma vontade incontrolável de beijar outro homem; um velho amigo do casal, impetuoso jogador de sinuca que figura no topo do ranking do esporte, um dos mais populares entre os britânicos.
Capítulo a capítulo, Lionel Shriver nos oferece desdobramentos do futuro dessa mulher sob a influência de dois homens radicalmente diferentes, e assim escreve duas histórias. A partir daquele único beijo, mostra alternativas de união ou rompimento, e explora as conseqüências e as motivações mais íntimas de uma escolha.


6 comentários:

Denise disse...

Ótimas críticas literárias e ótimas dicas.
Eu já tinha ouvido falar desse livro O mundo pós aniversário, dizem que é mesmo muito bom. O Morro dos Ventos Uivantes é inesquecível e eu vou colecionar esses clássicos que você falou. Amanhã passo na banca bem cedo!
Bjs. a todos.
Ah! E não esqueçam de apagar as luzes às 20:30 h de hoje!

Mary disse...

Dos citados eu li o emocionante e viciante Morro dos Ventos Uivantes, mas não sei qualquer pessoa vai gostar. Depois vc comenta sobre Crime e Castigo. Sobre O mundo pós aniversário, deve ser muito bom.

SANDRA REGINA disse...

havia tempos que eu devorava livros, hoje o tempo de devora e mal tenho me cuidado e ouvido de lonje entre pia e fogão o jornal nacional.
q caos essa vida de tripla jornada da mulher moderna!!!!

Marcos Oliveira disse...

Obrigado pelos comentários e pela 'audiência'.
Acho que vale a pena tentar arranjar um tempinho para ler um bom livro, pelo menos de vez em quando...
Como foram apenas mulheres que comentaram, beijos!

Unknown disse...

Obrigado pelas dicas vou deixar uma tmb....o livro A Ordem é Amém de john Chelh eu li e fiquei encantada com o livro pois ele fascinante muito bom mesmo...espero que gostem!!!

eu o achei no site: www.seteseveneditora.com.br

Marcos Oliveira disse...

Suelen, obrigado pela dica! Dei uma olhada no site indicado e parece que o livro é interessante (o que mais tem é gente "faturando" em nome de Deus... Tem muitos milionários nessa área).
Abraço.