17 de março de 2010

Retaliação contra os EUA aprovada pela OMC ressalta o papel do Brasil no novo cenário internacional de comércio, veja o que diz O ESTADÃO:

Enquanto a Miriam Leitão e os seus companheiros globais se cansam em emitir conselhos ao governo para não retaliar os americanos pelas infrações cometidas no comércio bi-lateral com o Brasil - vai entender(?) -, outros segmentos no país entendem exatamento o contrário! Eu também!

"Por que retaliar os EUA

- O Estadao de S.Paulo


O Brasil poderá ser o primeiro país a impor uma retaliação comercial aos Estados Unidos, quebrando patentes de medicamentos ou de outros produtos, como resposta à manutenção de subsídios ilegais a produtores e exportadores americanos de algodão. Se for preciso chegar a esse ponto, o governo agirá com o respaldo da Organização Mundial do Comércio (OMC). Neste momento, as autoridades brasileiras não têm escolha. São obrigadas a ir em frente e aplicar as sanções autorizadas com base em normas internacionais, se não receberem de Washington uma proposta séria e razoável de acordo. Na semana passada, Brasília publicou uma relação de 102 produtos americanos passíveis de tributação aduaneira mais alta, como parte da retaliação. Nessa segunda-feira, divulgou uma lista de 21 itens para possível suspensão de direitos na área da propriedade intelectual. A lista foi apresentada, por enquanto, para consulta pública aos setores interessados.

"Estamos decepcionados com o fato de o Brasil ter adotado essas medidas", disse Nefeterius Akeli McPherson, porta-voz do Representante dos Estados Unidos para Comércio Exterior (USTR). O uso da palavra decepção é injustificável. Quem se omitiu, nesse caso, foi o governo dos Estados Unidos. As autoridades de Washington falam de negociação, mas não houve até agora nenhuma tentativa séria de conversa a respeito do assunto. No intervalo de uma semana estiveram em Brasília três funcionários americanos de alto nível ? a secretária de Estado, Hillary Clinton, o secretário de Comércio, Gary Locke, e o conselheiro adjunto de Segurança da Casa Branca para Assuntos Econômicos Internacionais, Michael Froman. A relação de 201 produtos já era conhecida, quando os dois últimos chegaram ao País. Funcionários brasileiros mostraram otimismo quanto ao início de uma negociação. Nada ocorreu.

Nenhuma autoridade americana fez mais, nos dias seguintes, do que falar vagamente sobre a possibilidade de um acordo. Mas o governo brasileiro não poderia interromper sua iniciativa para esperar indefinidamente uma demonstração de boa vontade de Washington."

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