Eu bem que tentei nesta semana responder aquela carta dirigida a mim, dias atrás, pelo amigo Marcos Cardozo, muito sobre as fotos em Madri e muito do como lidar com as profundas diferenças no trato dos espaços públicos no Brasil e acolá nas terras dos antigos e atuais colonizadores de povos e nações. Eu tentei mas não consegui, iniciei, abri uma garrafa de vinho e programei uma seleção de Yanni, infelizmente a internet deu um pane lá pelas 2h da madruga e aí nada de resposta ao amigo e última seleção de fotos da viagem à Madri e arredores. Vamos tentar agora, mantendo o que já havia escrito logo abaixo:
É verdade, meu amigo Marcos Cardozo, não há regras aqui neste blog. Nós tentamos destemidos - e também ousadinhos que somos - manter uma regra de não termos regras por aqui, pelo menos no que diz respeito ao belo, ao mais ajustado das coisas e à beleza feminina! Antes de mais nada: meus parabéns pela escolha da musa desta semana, um deslumbrante ornamento em fina textura e arrojadas composições curvilíneas, lindíssima!
Em uma recente postagem anterior vc nos convidou em texto esplêndido, com o seu nobre requinte de sempre, a traçar breves colocações sobre a Madri que visitamos, desbravamos e nos encantamos. Parte disso em função de vc saber dos novos desafios da filha em estudos por lá, por outro lado também em função de nossas caminhadas atentas a procura de algum detalhe mais sedutor - nós bem sabemos o quanto apreciamos os detalhes, né não?! - porém sempre desgarrados de quaisquer pretensões, por aquela capital espanhola...uma liberdade de caminhar pelas ruas, pelos parques e recantos aos plenos 52 anos de idade bem curtidos, em terras absolutamente estranhas, acompanhados tão somente pelo descompromisso, um pelo outro, uma câmera, uma mochila, e claro, pelo frio intenso em radiante período de céu azul e sol brilhante, uma sorte deliciosa!
Fiquei particularmente feliz com o fato de ter conseguido, com as fotos de minha Canon EOS semi-automática digital, sensibilizar e aguçar as suas (e provavelmente de alguns outros nossos visitantes) visões sobre a Madri de hoje, de outrora e a pensar em nosso Brasil, nossa história, nossa tropicalidade. O seu texto acabou refletindo muito de meus pensamentos ao caminhar, ao focar, ao escolher uma imagem para ser deliciada por outros, ao desejar meu aqueles instantes...tivemos um comentário de um anônimo aqui no blog no post: Lentes em Madri IV que me foi fascinante ler naqueles instantes lá em Madri e que publico logo abaixo para contextualizar bem o que eu sentia e sinto ao fotografar naquelas condições:
É verdade, meu amigo Marcos Cardozo, não há regras aqui neste blog. Nós tentamos destemidos - e também ousadinhos que somos - manter uma regra de não termos regras por aqui, pelo menos no que diz respeito ao belo, ao mais ajustado das coisas e à beleza feminina! Antes de mais nada: meus parabéns pela escolha da musa desta semana, um deslumbrante ornamento em fina textura e arrojadas composições curvilíneas, lindíssima!
Em uma recente postagem anterior vc nos convidou em texto esplêndido, com o seu nobre requinte de sempre, a traçar breves colocações sobre a Madri que visitamos, desbravamos e nos encantamos. Parte disso em função de vc saber dos novos desafios da filha em estudos por lá, por outro lado também em função de nossas caminhadas atentas a procura de algum detalhe mais sedutor - nós bem sabemos o quanto apreciamos os detalhes, né não?! - porém sempre desgarrados de quaisquer pretensões, por aquela capital espanhola...uma liberdade de caminhar pelas ruas, pelos parques e recantos aos plenos 52 anos de idade bem curtidos, em terras absolutamente estranhas, acompanhados tão somente pelo descompromisso, um pelo outro, uma câmera, uma mochila, e claro, pelo frio intenso em radiante período de céu azul e sol brilhante, uma sorte deliciosa!
Fiquei particularmente feliz com o fato de ter conseguido, com as fotos de minha Canon EOS semi-automática digital, sensibilizar e aguçar as suas (e provavelmente de alguns outros nossos visitantes) visões sobre a Madri de hoje, de outrora e a pensar em nosso Brasil, nossa história, nossa tropicalidade. O seu texto acabou refletindo muito de meus pensamentos ao caminhar, ao focar, ao escolher uma imagem para ser deliciada por outros, ao desejar meu aqueles instantes...tivemos um comentário de um anônimo aqui no blog no post: Lentes em Madri IV que me foi fascinante ler naqueles instantes lá em Madri e que publico logo abaixo para contextualizar bem o que eu sentia e sinto ao fotografar naquelas condições:
" "A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são." Peter Urmenyi
"A fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história, cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-las." Ivan Lima
"De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-Ias voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória." Henri Cartier-Bresson
"A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registro da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira." Gérard Castello Lopes
"Fotografia é a poesia dos olhos, traduzida na essência das emoções." Michelle Ramos
"Não fazemos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos,os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos." Ansel Adams
Não é fácil e nem é tão simples assim deixar uma filha em uma terra tão estranha aos tropicais e longínqua do continente sul! No entanto, o que muito me move é saber que o Brasil precisará cada vez mais de mentes aprimoradas e espíritos elevados para o enfrentamento inevitável da história que nos é reservada em tempos tão complexos, transitórios e mutantes! Que tentemos cada um contribuir com a sua cota nesta nova página!
A história da Europa, vc bem sabe meu amigo, está repleta de sangues derramados por todas as ruas que hoje são orgânicas e retiníneas, ordenadas e cristalinas. Não há uma fresta sequer de uma harmonia histórica com a paz ou com os direitos humanos elementares, a comandar os desígnios do dito primeiríssimo mundo. Se hoje a radiante Madri é a exuberância que é para aqueles mais ou menos 4 milhões de habitantes, com um dos melhores serviços de transporte público do mundo (trens e metro), um patrimônio histórico incomum e explêndido, parques magníficos...boa parte de tudo isso se deve a uma história rica de guerras, ditaduras, reinados, colonizações, mortes sangrentas e revoluções desumanas de toda ordem...e essa é a história de boa parte da Europa, tanto aquela que serviu de palco e cenário de conflitos, destruições e reconstruções, como aquela que foi responsável pela dominação de outros povos e nações, condenando gerações e gerações à desgraça e à fome, à desordem e à abominação...nunca será fácil para quaisquer destas outras nações invadidas, dilapidadas, desidentificadas e amontuadas de gentes escravizadas...romper com os "karmas" que lhes foram encomendados pelos reis e rainhas em comunhão com os deuses e deusas em plantão constante...basta conhecer uma destas enormes e fascinantes catedrais e castelos do século XVI - construções ainda inacreditáveis para nós para a época – para que tenhamos uma singela visão do que foram aqueles tempos de dominação, horror, sofrimento, ignorância...não tão remotos assim...as mudanças na humanidade, penso eu, são contadas tão gigantescamente como são as idades geológicas para o planeta Terra...as mudanças sempre serão traumáticas, mutantes mesmo, e sem destruições da ordem, novas ordens não surgirão...é assim que funcionam os ecossistemas na biosfera terrestre, e talvez seja também assim, o que se dará no atual fenômeno de mundialização e globalização hiper-velozes em que estamos todos inseridos incondicionalmente!
Já andei refletindo muito sobre o quanto a nossa tropicalidade poderia ser a responsável pelo nosso atraso estrutural, penso que há sim uma forte contribuição, mas certamente não é o grande fator determinante, o grande fator no meu modo de ver, ainda está associado ao processo de colonização, domagem, invasão...algo tão profundamente perverso que também associado à ausência de guerras sinistras de destruição real por aqui, nos plasmaram numa certa pasmaceira coletiva, sempre aguardando a ordem e sempre achando que alguém está tomando alguma providência em meu nome e em nome de todos...os vereadores, deputados, senadores da nossa república ainda nos tratam assim por toda parte!
Não haverá espaços nem tempo para disssertar tantas e complexas opiniões, mas o certo, Marquinhos, é que as fotos, ahh, cada foto me tirou um pouco do eixo e este sabor acaba sendo único mesmo, por mais que eu me esforce não conseguirei transmitir os impactos que se processaram. Conhecer e trilhar pelo Velho Mundo é de fato uma oportunidade e tanto, eu sempre irei sentir como um grande exercício de amplianção da consciência.
O povo brasileiro não aceitou a guerra de destruição como um modelo de desenvolvimento! Apostou tudo na complexa miscigenação forçada. Índios, negros e brancos invasores de estirpe duvidosa, formataram as diversas modelagens sócio-raciais de nossa gente de agora, e esta gente não quer a guerra, o sangue, a invasão de outros povos...esta gente bronzeada acredita na democracia, mais do que isso, deseja democracia e deseja que outras nações assim também o façam. Então, Marquinhos, durmamos com um barulho destes! Somos um gigante, não queremos guerras, apostamos e acreditamos na palavra empenhada, mas a maioria dos nossos líderes pensam num povo parvo, tolo, bobão...e daí se tiram como tiranos, aproveitadores e corruptos!
Neste instante estou ao sabor de um delicioso vinho verde português "Loureiro" e envolvido pelos encantadores acordãos de Yanni em majestosas composições...não poderia faltar!
Não conseguirei responder... ou melhor, corresponder ao Marquinhos à altura das provocações tão bem formuladas. Não se trata de me dar por vencido, é apenas a constatação de que as fotos, meu amigo Marcos Cardozo, são tão somente uma tentativa inglória de aprisionar a história para poder contá-la do meu, do seu, do nosso jeito...e isso não tem jeito...como dito antes, somente o olhar do fotógrafo viu de fato o que quis ver...e eu não nego: sofri profundamente em cada uma das belezas que vi por lá, por Madri, sofri a dor de quem parcialmente conhece da história - e quem conhece da história de fato? – sofri em cada pedra bem assentada, em cada polimento na escultura, em cada calçada bem acabada, em cada monumento preservado...em tudo isso eu sofria, em tudo eu chego à conclusão de que o contínuo sofrimento com tudo, pouco afeta o prosseguimento ou a mudança dos fatos e das coisas... o que mais tem a ver com as concretas mudanças para as gerações futuras são as ações corajosas dos destemidos em assumir o poder em nome agora da democracia sim e não das ditaduras de outrora e em nome da inclusão sócio-eco-ambiental incondicional...este parece ser o destino do Brasil, apesar da Rede Globo e dos Willian’s Bonner e das urubólogas globais de plantão, como a Mirian Leitão...
O nosso último dia em Madri foi quase um sonho mesmo. Decidimos acordar mais cedo, um frio do cão, pegamos o metrô (Principe Pio) e seguimos para estação de interligação (Chamartin) com os trens que partem para as regiões mais ao norte, como Segovia. Sim, trens "bala" como falamos no Brasil. Mais uma vez ficamos estarrecidos com a qualidade dos trens e serviços oferecidos...durante a viagem nos demos conta de que estávamos viajando a nada mais, nada menos do que 250 km/h, que beleza! Enquanto isso no Brasil continental que temos, alguns tolinhos acham que o projeto lançado pelo governo Lula do trem "bala" interligando Rio - SP é um absurdo e que não temos que apostar nisso!
A cidade de Segovia (para mim tinha q ter um acento no "o") é linda, e também muito fria! Chegamos cedo por lá, ninguém pelas ruas, acho que estávamos com uns -4 a -5º C, logo logo procuramos abrigo em um café e aguardamos o sol sair um pouco mais...a Catedral Gótica do séc. XVI é uma obra fantástica, o Castelo de Alcazar é outro monumento fenomenal, sem falar nas ruelas, e na incrível obra de engenharia para levar água para a cidade em tempos remotos, logo na chegada ao centro histórico de Segovia, o Aqueduto, vejam abaixo algumas fotos que adorei:
"Para todos aqueles realmente capazes de ver, a fotografia tirada por você, representa o testemunho da sua existência." Paulo Straub "
Não é fácil e nem é tão simples assim deixar uma filha em uma terra tão estranha aos tropicais e longínqua do continente sul! No entanto, o que muito me move é saber que o Brasil precisará cada vez mais de mentes aprimoradas e espíritos elevados para o enfrentamento inevitável da história que nos é reservada em tempos tão complexos, transitórios e mutantes! Que tentemos cada um contribuir com a sua cota nesta nova página!
A história da Europa, vc bem sabe meu amigo, está repleta de sangues derramados por todas as ruas que hoje são orgânicas e retiníneas, ordenadas e cristalinas. Não há uma fresta sequer de uma harmonia histórica com a paz ou com os direitos humanos elementares, a comandar os desígnios do dito primeiríssimo mundo. Se hoje a radiante Madri é a exuberância que é para aqueles mais ou menos 4 milhões de habitantes, com um dos melhores serviços de transporte público do mundo (trens e metro), um patrimônio histórico incomum e explêndido, parques magníficos...boa parte de tudo isso se deve a uma história rica de guerras, ditaduras, reinados, colonizações, mortes sangrentas e revoluções desumanas de toda ordem...e essa é a história de boa parte da Europa, tanto aquela que serviu de palco e cenário de conflitos, destruições e reconstruções, como aquela que foi responsável pela dominação de outros povos e nações, condenando gerações e gerações à desgraça e à fome, à desordem e à abominação...nunca será fácil para quaisquer destas outras nações invadidas, dilapidadas, desidentificadas e amontuadas de gentes escravizadas...romper com os "karmas" que lhes foram encomendados pelos reis e rainhas em comunhão com os deuses e deusas em plantão constante...basta conhecer uma destas enormes e fascinantes catedrais e castelos do século XVI - construções ainda inacreditáveis para nós para a época – para que tenhamos uma singela visão do que foram aqueles tempos de dominação, horror, sofrimento, ignorância...não tão remotos assim...as mudanças na humanidade, penso eu, são contadas tão gigantescamente como são as idades geológicas para o planeta Terra...as mudanças sempre serão traumáticas, mutantes mesmo, e sem destruições da ordem, novas ordens não surgirão...é assim que funcionam os ecossistemas na biosfera terrestre, e talvez seja também assim, o que se dará no atual fenômeno de mundialização e globalização hiper-velozes em que estamos todos inseridos incondicionalmente!
Já andei refletindo muito sobre o quanto a nossa tropicalidade poderia ser a responsável pelo nosso atraso estrutural, penso que há sim uma forte contribuição, mas certamente não é o grande fator determinante, o grande fator no meu modo de ver, ainda está associado ao processo de colonização, domagem, invasão...algo tão profundamente perverso que também associado à ausência de guerras sinistras de destruição real por aqui, nos plasmaram numa certa pasmaceira coletiva, sempre aguardando a ordem e sempre achando que alguém está tomando alguma providência em meu nome e em nome de todos...os vereadores, deputados, senadores da nossa república ainda nos tratam assim por toda parte!
Não haverá espaços nem tempo para disssertar tantas e complexas opiniões, mas o certo, Marquinhos, é que as fotos, ahh, cada foto me tirou um pouco do eixo e este sabor acaba sendo único mesmo, por mais que eu me esforce não conseguirei transmitir os impactos que se processaram. Conhecer e trilhar pelo Velho Mundo é de fato uma oportunidade e tanto, eu sempre irei sentir como um grande exercício de amplianção da consciência.
O povo brasileiro não aceitou a guerra de destruição como um modelo de desenvolvimento! Apostou tudo na complexa miscigenação forçada. Índios, negros e brancos invasores de estirpe duvidosa, formataram as diversas modelagens sócio-raciais de nossa gente de agora, e esta gente não quer a guerra, o sangue, a invasão de outros povos...esta gente bronzeada acredita na democracia, mais do que isso, deseja democracia e deseja que outras nações assim também o façam. Então, Marquinhos, durmamos com um barulho destes! Somos um gigante, não queremos guerras, apostamos e acreditamos na palavra empenhada, mas a maioria dos nossos líderes pensam num povo parvo, tolo, bobão...e daí se tiram como tiranos, aproveitadores e corruptos!
Neste instante estou ao sabor de um delicioso vinho verde português "Loureiro" e envolvido pelos encantadores acordãos de Yanni em majestosas composições...não poderia faltar!
Não conseguirei responder... ou melhor, corresponder ao Marquinhos à altura das provocações tão bem formuladas. Não se trata de me dar por vencido, é apenas a constatação de que as fotos, meu amigo Marcos Cardozo, são tão somente uma tentativa inglória de aprisionar a história para poder contá-la do meu, do seu, do nosso jeito...e isso não tem jeito...como dito antes, somente o olhar do fotógrafo viu de fato o que quis ver...e eu não nego: sofri profundamente em cada uma das belezas que vi por lá, por Madri, sofri a dor de quem parcialmente conhece da história - e quem conhece da história de fato? – sofri em cada pedra bem assentada, em cada polimento na escultura, em cada calçada bem acabada, em cada monumento preservado...em tudo isso eu sofria, em tudo eu chego à conclusão de que o contínuo sofrimento com tudo, pouco afeta o prosseguimento ou a mudança dos fatos e das coisas... o que mais tem a ver com as concretas mudanças para as gerações futuras são as ações corajosas dos destemidos em assumir o poder em nome agora da democracia sim e não das ditaduras de outrora e em nome da inclusão sócio-eco-ambiental incondicional...este parece ser o destino do Brasil, apesar da Rede Globo e dos Willian’s Bonner e das urubólogas globais de plantão, como a Mirian Leitão...
O nosso último dia em Madri foi quase um sonho mesmo. Decidimos acordar mais cedo, um frio do cão, pegamos o metrô (Principe Pio) e seguimos para estação de interligação (Chamartin) com os trens que partem para as regiões mais ao norte, como Segovia. Sim, trens "bala" como falamos no Brasil. Mais uma vez ficamos estarrecidos com a qualidade dos trens e serviços oferecidos...durante a viagem nos demos conta de que estávamos viajando a nada mais, nada menos do que 250 km/h, que beleza! Enquanto isso no Brasil continental que temos, alguns tolinhos acham que o projeto lançado pelo governo Lula do trem "bala" interligando Rio - SP é um absurdo e que não temos que apostar nisso!
A cidade de Segovia (para mim tinha q ter um acento no "o") é linda, e também muito fria! Chegamos cedo por lá, ninguém pelas ruas, acho que estávamos com uns -4 a -5º C, logo logo procuramos abrigo em um café e aguardamos o sol sair um pouco mais...a Catedral Gótica do séc. XVI é uma obra fantástica, o Castelo de Alcazar é outro monumento fenomenal, sem falar nas ruelas, e na incrível obra de engenharia para levar água para a cidade em tempos remotos, logo na chegada ao centro histórico de Segovia, o Aqueduto, vejam abaixo algumas fotos que adorei:
Um grande fim de semana pra vcs também!
4 comentários:
Lindas fotos e ótimo texto em resposta à também incrível carta lhe endereçada pelo amigo Marcos.
Parabéns a ambos e parabéns Luiz pela oportunidade e pelos registros. E parabéns pelo blog! Tudo muito legal.
Marcos, que tal citar alguma banda espanhola?
Viajar é muito bom. Conhecer novos e lindos lugares é como renascer. E a Europa é um sonho. Eu acompanho o blog e tinha adorado a carta que o Marcos te escreveu. Até comentei lá e ele me respondeu de forma mágica, como sempre. E em cima de uma música do Chico!!
A sua resposta foi ótima e as fotos continuam lindas.
Bjs aos dois. Vocês formam ótima parceria.
Olá Grande Felipe!
Você não só respondeu a carta como fez uma criação literária com envolvimento e análises históricas e muita emoção.
Uma intervenção que vai muito além de um mero “post” de um blog.
Agradeço a atenção e as referências.
É fato, as minhas palavras foram despertadas mesmo por suas fotos de Madri e aquilo que captava delas. Observar criticamente algumas características de nosso país fez com que uma coisa automaticamente puxasse outra.
Ao registrar e postar impressões pictóricas de Madri, você nos deu de presente um diário de viagem que – se não é a mesma coisa de estar lá – é sempre uma experiência além do óbvio para nós também.
Já esta reposta foi um complemento a tudo aquilo. Uma aula. Uma contextualização histórica da Europa para entendermos melhor o que temos hoje nos trópicos, incluindo a necessária qualificação mais ampla na área de atividade escolhida por sua filha.
É verdade quando você diz que o "velho mundo" foi forjado com muita história de dor e sofrimento e as belezas que vemos hoje resultam de um longo processo de idas e vindas no que tange ao conceito de evolução social.
Nós daqui somos muito jovens, faltam-nos milhares de anos de experiências e sobram processos de colonização perpetrados pela própria Europa e hoje - de uma forma indireta - pela colonização cultural do 'american way of life'.
E nessa "Parte 4" você nos brindou com descrições e imagens (fotos em forma de arte) mais interessantes ainda, como o transporte, o castelo, as ruelas, enfim, parecendo um outro mundo se compararmos com estas paragens tropicais (e nao falo só da temperatura, conforme já abordamos).
Trata-se de um post para ler e reler, ver e rever as belas imagens, da mesma forma que as partes I, II e III e é o que vou fazer e recomendo aos nossos (mais de) 17 leitores!
Mais uma vez parabéns a você e à sua família pelas oportunidades construídas e aproveitadas. E parabéns ao blog, né não?!
Obrigado e um grande abraço!
P.S.: Jefferson e Josiane obrigado pelos comentários. O post do Luiz Felipe merece o máximo de elogios.
Jefferson, você deve estar se referindo a uma matéria especial que fiz em uma edição do Metamúsica (anos 90) sobre o Rock Progressivo espanhol, onde - além da música - falei um pouco sobre cada uma das regiões daquele país, incluindo sua história.
Anotei a sugestão de postar alguma coisa aqui sobre o assunto, até para complementar o ótimo trabalho que o Luiz Felipe fez.
Me lembro que essa matéria me causou até um susto. O problema é que eu fiz um tipo de comentário sobre o País Basco e isso me causou um certo transtorno que eu nunca imaginaria. Mas isso é outra história, qualquer dia conto...
Só uma correção: O número de postagens que o Luiz Felipe fez direto de Madri foram seis (e não quatro) incluindo esta última abordando a belíssima Segovia.
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