Não é introdução de filme de ficção científica, mas... "houve um tempo" em que eu ia cedo para praia e só voltava ao anoitecer; "houve um tempo" em que eu brincava o carnaval em salões de clubes ou seguindo blocos; "houve um tempo" etc.
O sol forte, a praia muito cheia, um carnaval que eu não consigo mais entender (não me perguntem detalhes) e uma idade que não ajuda muito me faz apenas olhar a folia de longe e ir à praia, normalmente, em horário vespertino (pelo menos até o movimento diminuir).
Isso tem algumas vantagens: protejo a pele cansada de guerra de milhares de sóis ao longo da vida; diminuo o consumo do suco de cevada (um pouquinho); sobra tempo para ler um pouco mais (será que vou conseguir terminar ainda no carnaval "O Anjo Pornográfico" - biografia de Nelson Rodrigues - que estou lendo desde dezembro?), inclusive os jornais do dia de onde trago essa interessante matéria.
Ah! Sim. Consigo também colocar algumas coisinhas aqui no blog!
Não é de hoje que lemos informações sobre o avanço no tratamento e cura do câncer. Mas não é papo furado. Realmente o tratamento avançou imensamente nos últimos anos e algumas formas - quando descobertas no início - já são 100% curáveis.
Pois vejam esse inusitado artigo que apresenta uma pesquisa muito interessante feita por uma chinesa de... 17 anos!
Cientista de 17 anos perto da cura do câncer
Chinesa que vive nos EUA descobriu forma de diagnosticar tumores com precisão e destruí-los sem afetar as células sadias do paciente
POR CLARISSA MELLO
Rio - Com apenas 17 anos, uma jovem conseguiu realizar um feito que cientistas tentam há décadas: elaborar uma substância capaz de localizar com precisão células cancerígenas e destruí-las sem afetar as sadias. A descoberta da chinesa Angela Zhang (que se autointitula “Cinderela Nerd”) promete revolucionar a área de pesquisa oncológica no que diz respeito ao tratamento de tumores — ao menos pelos próximos 15 anos.
Para chegar à biomolécula, a chinesinha americanizada que vive na Califórnia investiu dois anos de sua vida no projeto. Enquanto suas amigas dedicavam-se a escolher o melhor vestido para abocanhar o bonitinho da escola, a jovem selecionava a dedo — ou melhor, microscópio — a nanopartícula ideal para fisgar tumores.
Tanta abdicação foi motivada por sua família: seu bisavô teve câncer de fígado e seu avô morreu de câncer no pulmão. O esforço rendeu uma bolsa de estudos de R$ 170 mil — o equivalente a ao menos 400 vestidinhos.
“Ela trabalhou em uma área muito promissora, a de nanotecnologia, e conseguiu utilizar essa inovação não só no tratamento do câncer, mas também no diagnóstico. A descoberta permite que os tumores possam ser visualizados de forma muito mais precisa por meio da ressonância magnética”, explica a coordenadora de Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Pilar Estevez.
Segundo Pilar, a melhor vantagem da pesquisa de Angela é reduzir os efeitos colaterais do tratamento. “Uma vez que o medicamento foi colocado numa molécula programada para se unir somente a células com características de câncer, a droga só vai atuar nessas células doentes. Manter as outras células sadias é um passo importante para evitar os efeitos colaterais típicos da quimioterapia, por exemplo”, disse. “Mas é cedo para dizer que é a cura do câncer. O que há hoje são buscas de opções de tratamento. E ainda são necessários testes em humanos”, pondera Pilar.
Fonte: O Dia
3 comentários:
Rs.
Muito boa. Eu também estou pulando o carnaval. Pulando fora.
Sobre a chinesa eu tinha lido algo a respeito mas pensei que fosse mentira da rede. Valeu pela informação.
Abraço.
O que você estava fazendo quando tinha 17 anos? Jogando videogame? Matando aula? Fumando escondido?
A menos que você tenha respondido “curando o câncer”, prepare-se para se sentir um fracassado em comparação com Angela Zhang.
A garota da Califórnia – nos seus impressionantes 17 anos de idade – acaba de ganhar 100.000 dólares (cerca de 180 mil reais) no Grande Prêmio de Matemática, Ciência e Tecnologia do Concurso da Siemens com o projeto “Design da liberação de drogas guiada por imagem e controlada fototermicamente através de um nanosistema multifuntional para o tratamento de células-tronco cancerosas”.
É ainda mais impressionante quando você entende o que esse título realmente significa: basicamente, Angela criou uma nanopartícula que mata células cancerosas.
Ela disse que a partícula melhora os tratamentos atuais contra o câncer porque oferece uma maneira de entregar a droga diretamente nas células tumorais, sem afetar as células saudáveis ao redor delas. A partícula também é capaz de liberar uma droga quando ativada por um laser.
Sua criação está sendo anunciada como um “canivete suíço no tratamento do câncer”, porque tem muitos usos potenciais diferentes.
Como é frequentemente o caso com esses tipos de inovações, ainda está muitos anos longe de ser usada em pacientes reais, mas ainda é um grande feito, especialmente para uma adolescente.
A vitória de Angela não veio sem dedicação. Ela trabalhou nestas nanopartículas desde 2009 e passou mais de 1.000 horas no projeto. Sua pesquisa foi estimulada pela morte de seu avô e bisavô, ambos de câncer. Tudo o que a garota pudesse fazer para impedir a doença de matar mais pessoas, ela queria fazer. E parece que conseguiu.
Sobre o citado livro "O Anjo Pornográfico" soube agora seu autor, o excelente Ruy Castro, foi internado ontem no Rio. Estamos torcendo por sua recuperação.
"Internado na UTI do Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio, o escritor e jornalista Ruy Castro, 63, está lúcido e respirando sem auxílio de aparelhos, segundo boletim médico divulgado na manhã desta segunda (20).
O escritor foi internado por volta das 23h do último domingo, no Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio, após sofrer uma crise convulsiva. Ruy chegou a passar primeiro pelo hospital municipal Miguel Couto, e foi transferido de ambulância para a unidade particular.
Até o momento, não existe evidência de que a causa da crise tenha sido um AVC (acidente vascular cerebral). Ruy permance em observação, e não há previsão de alta.
Nascido em Caratinga (MG), o jornalista é colunista da "Folha de S. Paulo" e já passou pelas redações do "Correio da Manhã", "O Pasquim", "Manchete", "Jornal do Brasil", "O Globo" e "O Estado de S. Paulo". Como escritor, ficou conhecido por biografias de personalidades, como "O Anjo Pornográfico", sobre Nelson Rodrigues, "Carmen: Uma biografia", sobre Carmem Miranda e "Estrela Solitária", sobre Mané Garrincha."
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