A 'tragédia grega' que estamos vendo em pleno século XXI é assustadora.
A crise européia toma um caminho difícil de avaliar.
Sacrifícios muito pesados à população da grécia e preocupações com Portugal e Espanha entre outros, colocam em dúvida o sucesso da ideia maravilhosa que é (ou era) a União Europeia.
É uma discussão complexa e os ânimos estão exacerbados.
Não é para menos pois medidas duríssimas estão sendo implementadas.
O texto abaixo é uma pequena amostra do que é esta crise.
Mas, de quem é a culpa? Dá para concluir sim - como sempre - que temos aqui mais uma prova clara da derrocada neoliberal. Até aí tudo bem. O problema é que sabemos quem paga a conta no final: assalariados, pobres, aposentados, o povão...
A involução irreversível da Europa
Por robertog
"Direitos sociais e trabalhistas duramente conquistados desde o início do século XX, especialmente depois do final do salazarismo e da ditadura militar grega estão sendo tragados a canetada. Estamos assistindo uma gigantesca regressão social. E agora na Espanha também. Seria cômico se não fosse trágico: o chamado "bom senso dos mercados financeiros" acaba prevalecendo justamente para "curar as economias" da doença que a própria ciranda financeira trouxe para as sociedades.
Por trás da fumaça da crítica das aposentadorias precoces e da evasão fiscal que realmente existem na Grécia e das "pontes" de feriados portugueses vai passando a precarização quase completa do trabalho e a reversão dos direitos a aposentadoria e mesmo à saúde e escolarização das camadas menos favorecidas daqueles países.
E além da desgraça intrínseca da regressão ao estado liberal mais tradicional temos a constatação cada vez mais óbvia que as economias dos países destituídos se tornam anêmicas e caem em estagnação de longo prazo. A grande diferença é que a paulada social de agora é na cabeça de uma população mais instruída e acostumada com um nível de segurança e bem-estar sem precedentes. A pergunta é como ela irá reagir no médio e longo prazo. No final do XIX e início do século XX enormes contingentes desses países imigraram para as Américas e outros espaços mais promissores. Hoje em dia não há mais espaços vazios."
Fonte: Luis Nassif Online
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