De uns dez anos prá cá o carnaval do Rio tomou um novo impulso graças ao retorno triunfal dos Blocos de Rua, forma que marcava a festa descompromissada das folias de Momo fora da Sapucaí em épocas remotas na cidade maravilhosa.
É verdade que isso vem trazendo alguns problemas, como o trânsito, os beberrões e os mijões.
Confesso: me incluam fora dessa, ainda mais com esse calor.
Sou mais praia (desde que não muito lotada, o que é raro nessa época), churrasco, cerveja, boteco, livros e filmes.
Sem muitas agitações. Mas dá pra ver de longe.
O que mais gosto são os engraçados nomes de duplo sentido de alguns blocos.
Marcam a irreverência carioca.
Vejam só alguns deles com seus respectivos bairros:
- Imprensa que eu gamo (Laranjeiras)
- Tá na frente eu empurro (Bento Ribeiro)
- Calma, calma sua piranha! (Botafogo)
- Inova que eu gosto (Flamengo)
- Perereka sem dono (Botafogo)
- Vem cá me dá (Barra)
- Parei de beber, não de mentir (Curicica)
- Já comi pior pagando (Tijuca)
- Se não guenta por que veio? (Tijuca)
- O negócio tá feio e seu nome tá no meio (Engenho de Dentro)
- Xupa mas não baba (Laranjeiras)
- Velozes e Furiosas (São Conrado)
- Só o cume interessa (Urca)
- Eu choro curto mas rio comprido (Rio Comprido)
- Vai tomar no Grajaú (Grajaú)
- É mole mas é meu (Irajá)
- É pequeno mas vai crescer (Botafogo)
- Vem ni mim que sou facinha (Ipanema)
- Geriatria e pediatria (Campo Grande)
- Que merda é essa? (Ipanema)
- Associação Carnavalesca Infiéis (Centro)
- Empurra que entra (Freguesia)
- Meu bem, volto já (Leme)
- Me beija que sou cineasta (Gávea)
- Ninguém é dono de ninguém (Recreio)
- Tá cheio de maluco aí (Copacabana)
- Mulheres de Chico (Ipanema)
- Ai, que vergonha (São Conrado)
- Broxadão, a hora é essa! (Copacabana)
- Volta, Alice (Laranjeiras, na Rua Alice, onde mora nossa querida tia Carminha)
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