Oscar 2010

Amanhã é a grande noite anual do Oscar. Sem dúvida é a maior festa do cinema e um atrativo para quem gosta de ver bons filmes.

As indicações para melhor diretor, ator, atriz, roteiro, efeitos, trilha sonora, etc. prometem boas disputas, mas sempre o mais aguardado é o premio de melhor filme.

Segundo especialistas a grande disputa está entre Avatar e Guerra ao Terror. Tenho minhas dúvidas. Expressei bem minha opinião no artigo que escrevi em fevereiro e que recoloquei aqui ontem (vejam abaixo).

Independente disso nosso Blog fez um pequeno resumo da disputa. Dos dez concorrentes assisti até o momento seis, mas complemento minha análise me baseando em diversos artigos que li ao longo dos últimos meses.

Avatar, de James Cameron – Uma fantasia de ficção-científica mas que traz uma mensagem anti-militarista, anti-imperialista, anti-neoliberal e ecológica. Mistura ação e incríveis visuais em uma fantasia espacial, ambientada no mundo de Pandora. Ganhou fãs incondicionais no mundo inteiro. Conheço pessoas que assistiram quatro vezes! Ganhou o Globo de Ouro de melhor filme de drama. É o meu favorito.

Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino – Típico de Tarantino. Subverte a história da Segunda Guerra e coloca judeus revoltados caçando e matando impiedosamente os soldados nazistas. Longos diálogos de histórias em quadrinhos que prendem a atenção e muita ação violenta. Dos que eu vi, é a minha segunda opção de melhor filme.

Guerra ao Terror, de Kathryn Bigelow – Está sendo tratado como a grande surpresa de 2009. Realmente tem ótimos atores e procura criar tensão o tempo todo. É um bom filme, mas quando passou no cinema ninguém deu bola. De repente começou a ganhar uma porção de prêmios. Muito estranho... Traz a presença dos soldados americanos no Iraque desmontando bombas. Para mim a quarta opção, porque acho que tem política pró-americana aí no meio... Se ganhar é marmelada!

Um Sonho Possível, de John Lee Hancock – Não tive tempo de ver ainda, mas já saiu em DVD e minha cópia já está comigo. Vou ver se consigo assistir antes da premiação de amanhã. A simpática atriz Sandra Bullock deve leve o Oscar. É a história de um garoto pobre adotado por uma família rica, que faz de tudo para transformá-lo em um grande jogador de futebol americano.

Amor Sem Escalas, de Jason Reitman – Nem ia ver esse filme, pensei que era uma comédia “água com açúcar” (nada contra), mas li um comentário que me chamou a atenção: “filme que fala sobre solidão, individualismo e relacionamentos. Interpretações marcantes de George Clooney, Vera Farmiga e Anna Kendrick, indicados ao prêmio de Ator e Atriz Coadjuvante, respectivamente”. Não acho que tenha chances, mas merece ser visto.

Educação, de Lone Scherfig – Também não vi e provavelmente não estaria na lista se o número de indicados fosse cinco, ao invés de dez (mudaram esse ano). No entanto, alguns analistas o estão tratando como outra boa surpresa. É a história de uma garota que se deixa seduzir por um cara bem mais velho que ela. Parece que é um filme que prende a atenção o tempo todo. Vou ver assim que tiver oportunidade.

Preciosa, de Lee Daniels – Copiei e colei um comentário que li na Internet: “Dramalhão no melhor estilo de Hollywood, onde garota é abusada física e psicologicamente por praticamente todos que a cercam. Filmes deste estilo, que levam às lagrimas sempre têm chance de ganhar o prêmio”. Será?

Distrito 9, de Neill Blomkamp – Esse eu vi e o coloco na terceira posição. Totalmente fora dos padrões (é feito parcialmente como um documentário “fake”) é um ousado “pseudo” ficção-científica (extraterrestres são o foco principal). Na verdade trata do poder das corporações, da fraqueza do estado em resolver conflitos sociais, racismo, guetos, refugiados, etc. Por seu estilo, não acho que tenhas chances.

Um Homem Sério, de Joel e Ethan Coen – Quem conhece os filmes dos irmãos Coen costumam ter uma das duas reações: ou amam ou odeiam. Em seus filmes impera a tragicomédia, o distanciamento, o não julgamento. Para os personagens, costuma dar tudo errado o tempo todo. Eles ganharam o Oscar em 2008 com o ótimo (e estranho) “Onde Os Fracos Não Têm Vez”. Acho que desta vez não levam a estatueta

Up - Altas Aventuras, de Pete Docter e Bob Peterson - Animação da Pixar. Muito boa. A melhor do ano, sem dúvida. No entanto, se existe o Oscar de melhor animação, o que esse filme está fazendo aqui uma vez que deve ganhar lá? Resposta: para completar a lista dos dez! Acho que deveriam ter mantido em cinco o número de indicações...

Bem vamos aguardar até amanhã. Bom fim de semana!