24 de agosto de 2010

Sei que é terça, mas e daí? Não resisti a esta Piadinha...

...que recebi hoje de uma amiga:

"A apresentadora de um programa feminino de variedades pergunta à D.Irene, uma jovem senhora:


- A Senhora pode contar aos nossos telespectadores quais são as atividades de uma típica dona de casa?

- Ah, sim... De manhã, levo os meninos ao colégio. Depois, na volta do colégio, tenho três horas de atividades sexuais... Então, meu marido e filhos chegam pro almoço, almoçam, ele volta pro trabalho e as crianças vão fazer os deveres... Aí, tenho mais algumas horas de atividades sexuais até a noite, quando jantamos e vamos todos pra cama!


- Minha nossa! Desculpe, mas a senhora pode nos explicar em que consiste essas atividades sexuais?


Ah, lógico, explico sim! Atividade sexual é fazer tudo o que é foda: é foda varrer, é foda passar pano no chão, é foda lavar roupa, é foda arear as panelas, é foda lavar cachorro, é foda arrumar camas, é foda costurar, é foda passar roupas, é foda limpar os vidros... Etc..etc..."

4 comentários:

Marcos Oliveira disse...

Boa Felipe!
A dona de casa tem ótimo senso de humor.
O bom dessas histórias é que de um assunto podemos navegar para outro relacionado.
É que recentemente li uma matéria interessante sobre executivas que tinham vontade de retornar ao antigo estilo, abandonar estressantes reuniões de diretoria e retornar para casa, fazer a comida da família, pegar as crianças no colégio, etc.
No fundo (quase) ninguém está totalmente satisfeito com o que tem ou onde está.
O que me leva a um outro livro (ou será um filme? Não lembro bem) cujo título era: "Afinal, o querem as mulheres?".
Abraços.

M. disse...

É verdade Marcos.
Essa é minha história.
Trabalho fora, quase não vejo meus filhos, mas não posso deixar de ser mãe e dona de casa.
Gostaria de voltar definitivamente para casa e não ficar de cara para um computador o dia todo.
Muito bom o seu comentário.

Luiz Felipe Muniz disse...

Marquinho, o seu último parágrafo me fez lembrar de um livro de Nilton Bonder: "Alma Imoral", muito, muito bom.

Este livro inclusive foi a inspiração para uma peça de teatro que eu não consegui assisti porque sempre estava com lotação completa, e aí não tive oportunidade de ver...mas conheço quem viu e amou de paixão...dentre as expressões ditas durante o espetáculo, estava lá esta: "Afinal, o querem as mulheres?".

Vou postar uma indicação para leitura do livro no blog.

Marcos Oliveira disse...

Obrigado pelo depoimento, M. Esse é mesmo um paradoxo do nosso tempo e é o que está por traz de muitos problemas de saúde da mulher.

Felipe, já ouvi falar desse livro e da peça adaptada, mas não vi nem li.
Dei uma rápida pesquisada agora e descobri que está sendo gravada uma minisérie com esse título, não sei se baseado nesse mesmo livro. Acho que não (veja abaixo).
Sei que um dos roteiristas é o ótimo João Paulo Cuenca.
'Pesquei' o seguinte comentário dele a respeito:

"Afinal, o que querem as mulheres?"
"Sucessivas gerações de homens retomaram essa pergunta, desde que Freud confessou sua perplexidade à amiga Marie Bonaparte no começo do século passado. Ninguém conseguiu ou conseguirá respondê-la. Uma psicanalista diria que o desejo é enigmático para homens e mulheres – e, ainda, que só pode ser desvendado caso a caso, tornando qualquer generalização uma banalidade.

Eu não pararia por aí. E arrisco dizer que sim, existe uma fórmula inequívoca para saber o que querem as mulheres.

Inventá-las.

Que é também a única forma possível de conhecê-las por baixo da superfície dos seus gestos e palavras. Perguntar o que ela está pensando ou qual foi o sonho de ontem à noite são estratégias de dominação ensaiadas por machos há milênios, sem qualquer sucesso. E com resultados normalmente desastrosos - quem viu “Anticristo”, do Lars Von Trier, sabe o que pode acontecer com um homem que tenta psicanalisar a própria mulher.

Mais felizes são os quixotes que passam a vida escrevendo – não sobre mulheres, mas escrevendo mulheres. Ou escrevendo a mulher.

***

Nos últimos meses, essa foi a minha vida: escrever mulher para este que será o meu primeiro seriado de TV – e que terá o mesmo título da crônica. Não tenho tempo para nada que não seja tentar responder essa pergunta. Por esse motivo, aliás, telefonei às pacientes editoras do jornal há dez minutos dizendo que não tenho nenhum texto para mandar. E pedi que me esticassem o prazo até amanhã.

Elas foram duronas e inflexíveis, como costumam ser as mulheres de personalidade que escrevo, e negaram meu pedido com voz doce. E aqui estou, ajoelhado no genuflexório de sua capela. Sou um escravo delas.

***

“Afinal, o que querem as mulheres?” terá seis episódios. O seriado terá direção do Luiz Fernando Carvalho (tentamos trabalhar juntos há anos, mas parece que agora sai). Eu escrevo com a colaboração do Michel Melamed e da Cecilia Giannetti – a única de nós que realmente tem como saber o que quer uma mulher.

Cecilia diz que, mais importante do que saber o que querem as mulheres, é descobrir o que nós mesmos queremos. Pergunta, aliás, que está na raiz da revolução freudiana. A descoberta do inconsciente ocorre justamente para responder essa pergunta: por que os seres humanos costumam fazer coisas que não querem? Ou que não sabem que querem? Ou que não acham que querem?

***

“O que eu quero?” talvez seja pergunta mais difícil de responder do que “Afinal, o que querem as mulheres?” A solução provisória (como todas) que tomo para mim é fragmentar o desejo em curtos intervalos de tempo: um dia, três horas, cinco minutos, um minuto – trinta segundos."