4 de março de 2011

Musa da Semana: Benício

Calma pessoal. Não mudei de preferências. Sem chance. rs.
Também não se trata de um(a) transexual.
O título é uma piada. O certo seria "As Divas do Benício".
Já vou explicar.
A ideia deste post foi repetir a estratégia da semana passada. Musas inseridas em um contexto.
Na semana passada foram as capas de discos.
Essa semana, o trabalho de um ilustrador.
Vamos à historinha para vocês entenderem melhor e não ficaram com nenhuma "pulga atrás da orelha".
Lá pelos anos 60 e 70 (de novo, outra vez, novamente) você entrava em uma banca de jornal e lá estavam aos montes uns livrinhos de 128 páginas que eram consumidos por muita gente (a maioria pobre, igual a mim).
Eram baratos, quase o mesmo preço dos gibis (História em Quadrinhos) e contavam histórias de Oeste (bang-bang), espionagem (ainda existia a “guerra fria”), policiais, erotismo (light), romances, etc.
Foram os precursores dos pockets books. Só que não era considerada literatura séria. Aliás não era considerada literatura. Na Espanha era chamada de “literatura de passatempo”. Nos Estados Unidos “Pulp Fiction” (que, aliás, foi o título de um filme do Tarantino, tudo a ver). No Brasil, apenas Livro de Bolso.
Na adolescência eu dividia minhas leituras entre HQs e esses livrinhos. Eu tinha dezenas deles. Não guardei nenhum. Talvez sejam encontrados ainda em sebos.
Existiam autores famosos entre o público fã, como os espanhóis Lou Carrigan e (Marcial Lafuente) Estefania, esse último especializado em contar histórias da época da conquista do oeste americano.
Existiam editoras especializadas como a Cedibra e a Monterrey.
Pois esta última tinha um destaque a mais: as ótimas capas que traziam quase sempre mulheres sensuais desenhadas por um tal Benício.
Muitos anos depois descobri, na verdade nesta semana, que essa pessoa chama-se José Luiz Benício, tem 74 anos hoje e mora no Leblon. E mais: está lançando neste mês o seu primeiro livro e continua produzindo em grande escala.
Além das capinhas para os livrinhos ele fez muitos posters para filmes brasileiros (sobretudo as chamadas “pornochanchadas” daquela época), trabalhos de publicidade, etc.
Benício desenhou pin-ups, fêmeas fatais, voluptosas, cheias de curvas. Tudo com muita sensualidade.
Dos livros de bolso, suas mais famosas criações foram as representações (ou retratos) das espiãs Giselle Montfort (“a espião nua que abalou Paris”) e de sua sobrinha Brigitte.
O livro está sendo editado pela Reference Press e chama-se "Sex & Crime - The Book Cover Art of Benicio". O blog recomenda.
Mas chega de papo. Vamos às Musas (femininas!) da Semana!










5 comentários:

F.S.P. disse...

Pô mermão, só aqui nesse blog de vcs é que pinta esse tipo de coisa.
A da Sandy Devassa foi ótima.
Agora essa das capas dos livrinhos de bolso é histórica.
Eu também lia aqueles troços. Devorava. E levava para ler no banheiro os que tinham as capas feitas pelo Benício (Kkkkk).
Parabéns, valeu! Me trouxe boas recordações de tempos que já se foram para sempre.

F.D.P. e P.Q.P. disse...

São apetitosas mesmo. Trata-se de um ótimo artista.

Clapton's... disse...

An Old friend would say:
"IT'S THE MOTHER!!!
MISERABLE!!!
I say: Lord, have mercy on us!

Anônimo disse...

A arte de transformar curvas em elixir para aqueles que já perderam até a vontade de "comer"!

Lindíssimas imagens.

Anônimo disse...

Grande Briggite