Ainda submetido aos efeitos de 5 horas de fusos horários desencontrados (França), já chego ao Brasil me indignando com a parcialidade descarada da Rede Globo e com as mentiras vendidas ao povo brasileiro pelos Alexandres Garcia, pelos Willian's Boner'es e pela destrambelhada Mirian Leitão, acreditando eles que a inteligência da nação não corresponde hoje aos 7% de crescimento, com baixa inflação e com inclusão social recorde em todos os tempos de nosso desenvolvimento, algo que estamos estampando corajosamente na cara do mundo como pouquíssimos povos da atualidade!
Chego ao Brasil ainda mais convencido de nosso momento tão singular em toda a nossa história recente. As estruturas sociais, culturais e econômicas que vi em Portugal e na França não nos intimidaram nem um pouco! Devo registrar apenas que as magníficas e grandiosas obras de arte e monumentos históricos encantadores nos extasiam sim... o relevo das estruturas sociais de transporte, das ruas de Paris, dos "bristô's", dos encantos dos Castelos e Palácios..., mas reafirmo: são registros de tão somente um dos lados das inumeráveis e multiformes faces sociais daqueles tempos - nem tão remotos assim - de Poderes Divinos aos Reis e Rainhas em pátios repletos de sangue, glórias, misérias, violência, invasões de povos e territórios...e anos e anos de cenários locais de guerras vividos pelos europeus como povos em um continente sempre muito hostil e incerto.
Retorno ao Brasil muito feliz com a nossa tropicalidade mestiça magnifica, com a nossa exuberante qualidade de acolhimento, nossa fabulosa capacidade de tolerância inventiva mesmo diante de diferenças sociais crueis (historicamente construídas), com a nossa aposta corajosa no jogo da democracia radical sem os excessos desumanos das guerras, das traições golpistas...por mais que tenhamos em nossa história recente e remota o sempre presente papel dos vigaristas de plantão, que apostam invariavelmente no "quanto pior melhor", nós inventamos sim um "modus" de ser para além da violência fácil e barata dos "nobres" e "donos da verdade", como pensam e querem aqueles que distanciam o discurso de suas próprias expressões de vida, de relacionamento e de pregação.
A Rede Globo mente quase sempre! E o faz em nome de uma burguesia "nobre" que deseja manter o sucesso exponencial dos exemplos europeus e americanos em suas vidinhas mediocres, sem que precisemos derramar tanto sangue por aqui, sem abrir mão das conquistas de suas castas familiares - que herdaram rios de riqueza e oportunidades desde os tempos da invasão que aqui sofremos em todos os sentidos - e sem o esforço vital para a inclusão real das conquistas humanas aos marginais!
Não chego ao Brasil amargo, não! Chego cada vez mais confiante em nossa gente, em nossos líderes visionários e em nosso papel diante de tudo isso.
O Brasil de 180 milhões nunca mais será intimidado por esta minoria responsável por nosso atraso coletivo, estrutural, cultural...estamos num momento muitíssimo importante de nossa história e o Mundo sabe disso!
Se assinamos o documento da ONU contra os interesses do Irã é porque fomos voto vencido no Conselho, ou seja, o Brasil votou contra a Resolução de Sanções ao Irã e foi fiel aos princípios norteadores daquele organismo internacional democrático, e é só! Não há constrangimento da diplomacia brasileira diante do fato, como diz a Rede Globo! Numa votação vence a maioria e todos acolhem, o Brasil teve a coragem de publicamente apostar numa proposta diferente daquela defendida pelos EUA...contrariamente fez os EUA quando o mesmo Conselho negou a intervenção militar no Iraque, os americanos simplesmente invadiram o Iraque e a Rede Globo pouco disse ao povo brasileiro sobre os absurdos da guerra e da invasão, e que eles nada encontraram por lá que justificasse tamanha aberração em tempos de paz, apenas encontraram muito petróleo!
Pois bem, sem medo de ser feliz estamos retornando, ainda não organizei as fotos (mais de 900), pouco a pouco irei postando e fazendo alguns comentários aos bons momentos por lá.
4 comentários:
Benvindo, Felipe!
...de volta ao Brasil e ao Blog, depois da estadia europeia.
E já escrevendo um ótimo artigo analítico das estratégias globais.
Muito bom mesmo!
Abraço.
P.S.:
Em atenção ao texto, veja o que o linguista americano Noam Chomski escreveu:
A lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças
decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reaçã o-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem
sido aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá
melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como
se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
Em complemento:
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA
MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela
sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos
últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
o povo não é bobo, abaixo a rede globo.........
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