17 de maio de 2010

Mais uma vez a questão do tempo ou "A Bacia de Jabuticabas"

Acho que li esse artigo (cujo autor não sei quem é) pela primeira vez há uns dois anos. Agora recebi ele outra vez e resolvi colocar aqui no Blog. Não acredito muito que mensagens e livros de auto-ajuda transformem repentinamente a vida das pessoas. Mas podem dar algumas "dicas" ou mesmo fazer com que se acenda uma "luz de atenção" nos corações e mentes. É nesse espírito que muitos poderão se identificar com as opiniões contidas nesse texto.
E como hoje é segunda-feira, que todos tenham uma boa semana (independente do número de jabuticabas na bacia)!

Sobre o tempo e as jabuticabas
"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.

Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio. Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que, apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo". Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa…

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de Deus. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida valer a pena."

Um comentário:

Denise disse...

Marcos, muito bom esse texto. O essencial é o básico e muitas vezes não valorizamos e nos preocupamos com o que não deveria ter valor, pois só nos faz mais tensos e desanimados. Valorizemos nosso tempo com o simples, com o mais importante para nossa vida. Nossa passagem por esse mundo é muito rápida. De repente já estamos no final e nem vivenciamos a vida como deveríamos. Perdemos nosso tempo com valores errados. Só que aí, "já era"...
Bjs.