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28 de fevereiro de 2011
A felicidade surge do que trazemos ao mundo
Segunda-feira, último dia de fevereiro.
Já é semana de carnaval, mas amanheci com um estado de espírito mais... espiritual!
Não sei não. Tive alguns problemas de saúde, nada demais. Mas... pode ser que isso influencie.
Acho que o fato de ouvir Kitaro e Osamu Kitajima logo pela manhã ajudaram nessa sensação.
Mas nem sempre dá pra fazer isso. Segunda-feira é dia trabalho, estudo e o calor que está fazendo também não ajuda muito à meditações. E ainda trata-se de semana que começa o carnaval!
De qualquer forma apliquei no blog ou melhor, neste post, as sensações deste momento.
Primeiro, trecho de uma entrevista com o físico americano Allan Walace.
Ao final indico o link para lerem a entrevista toda. Não faço nenhum comentário sobre ela, mas poderão ver que o referido físico tem coisas interessantes a dizer.
B. Alan Wallace
"A felicidade surge do que trazemos ao mundo"
Um dos pioneiros na conciliação das modernas pesquisas sobre a consciência com as tradições contemplativas, o norte-americano B. Alan Wallace explica a importância de um modo de vida amoroso, compassivo e benevolente na conquista do bem-estar e do equilíbrio interior.
Para o físico norte-americano B. Alan Wallace, discípulo do dalai lama, a união entre fé e ciência pode ajudar a decifrar o poder terapêutico da mente. Pioneiro nas modernas pesquisas sobre a consciência, ele oferece um método prático e revolucionário que une insights de físicos e filósofos atuais com tradições contemplativas. Formado em física e filosofia da ciência, com doutorado em estudos religiosos pela Universidade de Stanford, Wallace criou na Califórnia o Instituto Santa Bárbara de Estudos da Consciência, que comanda em parceria com profissionais como o psicólogo norte-americano Paul Ekman.
Quais são as últimas descobertas sobre o estudo da mente?
Inúmeros estudos da mente estão sendo conduzidos em todo o mundo, por equipes de psicólogos e neurocientistas, e por isso não há como resumir as últimas descobertas. As mais significativas têm a ver com a "neuroplasticidade", que inclui a habilidade de mudar o cérebro por meio de treinamento mental. Um sumário recente, excelente, dessas pesquisas está no livro Train your mind, change your brain: how a new science reveals our extraordinary potential to transform ourselves ("Treine sua mente, mude seu cérebro: como uma nova ciência revela nosso extraordinário potencial para nos transformarmos"), de Sharon Begley (Ballantine Books). Muitos estudos científicos mostraram que o treinamento em meditação pode levar a uma redução do estresse, da depressão e da ansiedade, e melhorar nossa atenção, nosso equilíbrio emocional e nossa resiliência mental, levando-nos a uma sensação de maior bem-estar interior.
O que significa a expressão "ciência da felicidade "?
Ao usar esse termo, refirome a uma disciplina de busca racional e empírica das causas, da natureza e dos benefícios do cultivo da felicidade genuína. Esta última se refere a estados de bem-estar interior, que surgem não do que obtemos do mundo, mas do que trazemos a ele. Decorre de levar uma vida benevolente, não danosa, que resulta do refinamento e do equilíbrio do coração e da mente, por meio da meditação, e do ganho de uma visão experimental direta das verdades fundamentais sobre nossa natureza e o mundo que nos cerca. Como ela é experimental e surge de causas observáveis, pode ser estudada cientificamente. A ciência da felicidade genuína pode nos ajudar a obter a comunhão das religiões do mundo e a resolver os conflitos entre religião e ciência.
Deus existe? É impossível comentar a existência de Deus sem especificar o que exatamente estamos dizendo com a palavra "Deus". Há os que conside ram essa uma questão inteiramente de fé ou crença religiosa, e os que argumentam que é uma questão de experiência pessoal. Mesmo os que dizem conhecer Deus pela própria experiência costumam interpretá-la de acordo com crenças, suas ou de seus pares.
Não acredito na existência de um Deus independente do mundo natural, que o cria, o governa, causa desastres naturais, premia com salvação eterna os que o seguem e pune com a danação eterna os que nele não acreditam e os que levam suas vidas no mal. Não posso acreditar que um Deus compassivo infligiria punição infinita por crimes finitos, e muito menos que puniria pessoas eternamente por suas crenças, religiosas ou não. É igualmente implausível a hipótese de que o universo é uma máquina sem mente, e que a consciência misteriosamente surja de alguma "ainda-não-explicada" configuração de substâncias químicas. Essa é a crença dos materialistas - mas, já que eles não conseguem explicar como isso acontece e não têm nenhuma forma de submeter tal crença a testes empíricos, ela não é verdadeiramente uma hipótese científica.
Um comentário:
Como sempre, muito bom!
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